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Tratamento de Hérnia de Disco para Atletas

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Médico explica novos tratamentos para acabar com as dores na coluna (Foto: Getty Images)

A hérnia de disco é uma lesão frequente no esporte e causa comum de dores nas costas. Dependendo do caso, um atleta com esse problema pode ficar afastado por meses. Esportes que exigem posturas fixas por muito tempo, como o ciclismo, ou que seguem com aumento da pressão na coluna, como o levantamento de peso, principalmente se realizado de maneira errada, estão ligadas à sua maior incidência. Entretanto, com um tratamento adequado, os praticantes geralmente podem encontrar alívio nos discos e voltar aos treinos.

Alguns fatores estão ligados ao enfraquecimento do disco: idade, fatores genéticos, tabagismo, pouca ingestão de água, sobrepeso e o sedentarismo. Por este motivo, são mais suscetíveis à lesão esportistas esporádicos que não realizam treino funcional, com faixa etária entre 35 e 50 anos e que praticam esporte sem regularidade.

Curso de tratamento completo para Hérnia de Disco, utilizando terapias manuais

O tratamento primário é clínico, realizado com descanso das atividades, fisioterapia e medicamentos para aliviar os sintomas da dor. Se os métodos mais conservadores não funcionam, pode-se optar pelas infiltrações da coluna. Se os sintomas persistirem após algumas semanas de tratamento não-cirúrgico, a cirurgia pode ser considerada. Geralmente, envolve a remoção de toda ou parte da hérnia de disco para aliviar a pressão sobre os nervos.

A cirurgia tradicional é feita através de uma incisão para acessar a área afetada, onde é retirado parte ou de forma completa, o disco intervertebral que está prejudicado. O cirurgião pode usar enxertos ósseos do quadril do atleta para fundir as vértebras acima e abaixo da hérnia de disco, criando mais estabilidade na coluna vertebral.

Avanços contínuos das técnicas de cirurgia minimamente invasiva da coluna têm levado a popularização da cirurgia endoscópica, permitindo ao cirurgião realizar o procedimento através de uma incisão menor do que uma cirurgia aberta tradicional. Procedimentos minimamente invasivos são ideais para atletas, pois as técnicas utilizadas resultam em danos mínimos nos tecidos que rodeiam a coluna vertebral, muitas vezes resultando em um tempo de recuperação mais rápido.

O resultado desses procedimentos pode variar para os atletas, que colocam o corpo em estresse acima de pessoas inativas. Mas aproximadamente 90% dos atletas retornam aos esportes com o mesmo nível de função que tiveram antes da lesão e podem adicionar anos à carreira.

Felizmente, para a grande maioria dos casos, o tratamento conservador envolvendo repouso, uso de coletes e trabalho rigoroso do fortalecimento do conjunto muscular estabilizador do quadril e coluna lombar, também denominado CORE tem excelentes resultados para 80 a 90% dos casos. Medidas preventivas envolvem controle do peso, a inserção de técnicas como o pilates e RPG na rotina de treinos, abandono do tabagismo, hidratação correta durante e fora do esporte, dentre outras.


Tratamento em Lesões Desportivas

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O tratamento imediato para quase todas as lesões do desporto consiste em repouso, gelo, compressão e elevação. A parte lesada é imediatamente imobilizada para minimizar a hemorragia interna e o inchaço e para evitar que a lesão piore. A aplicação de gelo faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, ajudando a limitar a inflamação e a reduzir a dor. Ligar a parte lesionada com fita adesiva ou uma ligadura elástica (compressão) e colocá-la acima do coração (elevação) ajuda a limitar o inchaço. Uma bolsa de gelo como as que se encontram no comércio, ou uma bolsa de gelo triturado ou picado, que se molda ao contorno do corpo melhor do que o gelo em cubos, pode ser colocada numa toalha em cima da zona lesada durante 10 minutos. Uma ligadura elástica pode envolver, sem apertar, a bolsa de gelo e a zona lesada. A zona lesada deve manter-se elevada, mas o gelo deve ser retirado durante 10 minutos, com uma nova aplicação ao fim desse tempo durante outros 10 minutos e assim sucessivamente durante uma ou duas horas. Este processo pode repetir-se várias vezes durante as primeiras 24 horas.

O gelo acalma a dor e o inchaço de vários modos. A parte lesionada incha porque o líquido sai dos vasos sanguíneos. A aplicação de frio (que causa uma contração dos vasos sanguíneos) reduz essa tendência do líquido para sair; deste modo restringe-se a quantidade de líquido e o inchaço da parte lesada. Diminuindo a temperatura da pele sobre a lesão, pode-se reduzir a dor e os espasmos musculares. O gelo também limita a destruição dos tecidos mediante a diminuição da velocidade dos processos celulares.

Contudo, a aplicação demasiado prolongada de gelo pode lesar os tecidos. A pele reage por reflexo quando atinge uma temperatura baixa (cerca de 27ÞC), dilatando os vasos sanguíneos da zona. A pele torna-se avermelhada, aquece, causa ardor e pode doer. Estes efeitos aparecem geralmente de 9 a 16 minutos depois de se ter aplicado o gelo e diminuem em 4 a 8 minutos, depois de retirado o gelo. Portanto, deve-se tirar o gelo quando se manifestarem esses efeitos ou ao fim de 10 minutos de aplicação, mas pode-se repetir ao fim de outros 10 minutos.

As injeções de corticosteróides na articulação lesionada ou nos tecidos circundantes aliviam a dor, reduzem o edema e podem em certas ocasiões ser uma ajuda adicional para o repouso. Contudo, estas injecções podem atrasar o processo de cura, aumentando o risco de lesão do tendão ou da cartilagem. A lesão pode piorar se a pessoa usar a articulação lesada antes que esta sare.

Os fisioterapeutas podem aplicar calor, frio, eletroterapia, ultra-sons ou estabelecer a prática de exercícios na água como parte de um plano de reabilitação. Aconselha-se também o uso de palmilhas especiais para o calçado ou outros acessórios ortopédicos. A duração da terapia física depende do grau de gravidade e complexidade da lesão.

A atividade ou o desporto que causou a lesão devem ser evitados até à cura. A substituição por atividades que não forcem a zona lesionada é preferível à abstenção de toda a atividade física, dado que a inatividade completa causa a perda da massa muscular, da força e da resistência. Por exemplo, uma semana de repouso requer pelo menos duas semanas de exercício para voltar ao nível de estado físico anterior à lesão. As atividades que podem substituir a habitual incluem ciclismo, natação, esqui e remo, quando a parte inferior da perna ou do pé estão lesados; correr sem se mover do mesmo sítio ou sobre um trampolim, natação e remo quando as lesões se localizam na parte superior da perna; ciclismo e natação, quando são na zona inferior das costas, e corrida, patinagem e esqui, quando são no ombro ou no braço.

Publicada em 11/09/10 e revisada em 14/12/17

Exercícios terapêuticos para a síndrome da banda ílio-tibial

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A banda ílio-tibial é uma faixa espessa de tecido fibroso que se inicia na crista ilíaca (o bordo lateral do osso da bacia) e se vem inserir lateralmente ao joelho, na parte superior da tíbia. As fibras do músculo tensor da fáscia lata e algumas fibras do glúteo inserem-se na banda iliotibial, e esta atua coordenando a função muscular e estabilizando o joelho durante a corrida.
Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma síndrome da banda ílio-tibialDeverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.


Alongamento ativo da cadeia posterior
Deitado, com um elástico na ponta do pé, com a coxa e joelho dobrados a 90o. Mantenha a tensão no elástico enquanto estica o mais possível o joelho, puxado a ponta do pé para si. Mantenha a posição durante 20 segundos.

Repita entre 5 a 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.


 Alongamento ativo do tensor da fascia lata
Em pé, com a perna a alongar cruzada atrás da outra. Empurre a anca no sentido da perna a alongar.
Mantenha a posição durante 20 segundos.
Repita entre 5 a 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. 


 Fortalecimento isométrico do quadricípite
Sentado, com a perna estendida e um rolo sob o joelho. Esprema e o rolo e solte suavemente, enquanto sente a contração imediatamente acima do joelho.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.

Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

Fisioterapia Desportiva na Corrida

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A Fisioterapia desportiva é um ramo especializado de fisioterapia que trata de lesões e questões relacionadas às atividades físicas.

Sabemos que as lesões esportivas, geralmente provocadas por movimentos repetitivos, acidentes ou alterações estruturais, acabam trazendo dores e outros transtornos que podem ser resolvidos e evitados.

Por isso, avaliamos e acompanhamos cada caso de forma individualizada, prescrevemos os tratamentos mais eficazes e utilizamos equipamentos importados de alta tecnologia em sua reabilitação.

Especialistas em fisioterapia esportiva podem fazer pesquisas, ajudar os atletas na recuperação de lesões, e fornecer educação e recursos para evitar problemas. Serviços de terapia geralmente estão disponíveis para pessoas de todas as idades envolvidas no esporte, em qualquer nível de competição. Os profissionais podem trabalhar em clínicas particulares, hospitais, clínicas de reabilitação, ou no local de eventos esportivos.

As pesquisas da fisioterapia esportiva levam a uma melhor compreensão das lesões esportivas e melhoria das técnicas de reabilitação.

A corrida exige bastante do corpo e sua prática requer alguns cuidados prévios.  Por isso, quem tem uma rotina de exercícios específicos para as exigências desse esporte pode evitar os incômodos e dores e assegurar que o esporte seja praticado por muitos anos, alcançando o sonho de correr uma maratona, quem sabe!

E aonde a fisioterapia entra?

Embora muito se fale em prevenção, muitos ainda procuram a fisioterapia apenas quando a lesão já está instalada.A prevenção se baseia a partir da avaliação da função, desempenho, do movimento e não em sintomas.

 

Por isso, antes do desenvolvimento dos sintomas, os déficits funcionais são identificados e estratégias de correção são propostas. Realizar os treinos de corrida, fortalecimento e também a recuperação com consistência e regularidade, orientação adequada pode minimizar a incidência dessas lesões.

Caso você já apresente sintomas, seguem 3 bons motivos para você procurar um fisioterapeuta:

Dores persistentes após 3 a 4 dias de descanso da corrida e aplicação de gelo.

Se você notou algum sintoma de dor, o ideal é que descanse da corrida por alguns dias e aplique gelo por 20 minutos de 2 a 3 vezes ao dia no local. Se após esses cuidados a dor persistir no retorno a corrida, é hora de você visitar um fisioterapeuta.

Lesão traumática.

Durante uma corrida de montanha, por exemplo, se você torceu o tornozelo e ele inchou, procure um fisioterapeuta.

Mudanças visíveis no seu corpo.

Se você notar que após um dia de treino seu joelho ou tornozelo, por exemplo, estiverem inchados, você deve investigar a causa e tratar, caso contrário poderá levar a lesões mais graves e te deixar fora das corridas por mais tempo!

Exercícios Funcionais para Agilidade

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A agilidade consiste no poder ou aptidão de mudar de direção com rapidez, algo que pode ajudar em movimentos comuns do dia a dia até na prática de esportes.

Para aprimorar essas capacidade de forma lúdica e ainda obter benefícios como gasto energético e desenvolvimento do foco e memória muscular, os exercícios funcionais são uma boa opção.

Com ajuda de acessórios simples, como argolas, cones e escada "portátil", você consegue treinar as respostas neurológicas que seu cérebro dá ao corpo na execução de movimentos.

Tenha Exercícios Funcionais para Fisioterapeutas

A seguir, veja alguns exemplos de exercícios para melhorar a sua agilidade e, quem sabe, fazer você aquecer para o treino.

Correr entre argolas

É o primeiro da sessão. Para realizá-lo, você precisa colocar ar argolas pareadas no chão. Em seguida, realize saltos alternados, colocando os pés, ou a ponta deles, dentro das argolas. Faça o movimento de forma integrada, tomando cuidado para não pisar nas argolas, o que pode fazer você se desequilibrar e perder a direção.

"Pular" na escada portátil

Estique a escada no chão e faça movimentos semelhantes ao da amarelinha, pulando, com os pés juntos, dentro do retângulo, e depois, colocando um dos pés para fora e para os dois lados, com os joelhos flexionados. Mantenha a coluna ereta. Ao final, faça o mesmo, voltando.

Saltar e tocar os "minicones"

Disponha os cones no chão em formato de meia lua e tenha em mente uma sequência de cores. Posicionado ao centro, salte levemente, com os joelhos flexionados, seguindo a ordem de cores estabelecida, e toque na parte de cima de cada cone. Realize os saltos a cada cinco segundos e mantenha a coluna ereta.

Pular barreiras

Coloque as barreiras, em sequência, no chão, e pule, com os pés juntos, entre elas, saltando para frente ou para trás, continuamente.

Tenha Exercícios Funcionais para Fisioterapeutas

Entorse de tornozelo pode levar a lesões crônicas

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A cena é comum: você está andando na rua e de repente pisa num buraco. Em seguida, vem aquela dor no tornozelo. Pode ser que nada tenha acontecido, mas na maioria dos casos o momento de distração pode custar caro. Traumas como esse podem causar diversas lesões, mas a mais comum é o trauma torcional do tornozelo e leva muitos pacientes aos consultórios.

Nesses entorses, os ligamentos, estruturas fundamentais para manutenção da saúde de qualquer articulação, são os mais comumente lesionados. No tornozelo, eles são responsáveis pela estabilidade dinâmica, ou seja, além de manter os ossos em contato um com o outro, os mantêm firmes e limitam movimentos mais bruscos da articulação.

Quando ocorre o entorse e os ligamentos são rompidos, essa função estabilizadora fica prejudicada e a articulação se torna instável. Nesses casos, a severidade da lesão dependerá do tipo do rompimento – se parcial ou total – e a quantidade de ligamentos acometidos. Além disso, em casos mais graves, podem ocorrer fraturas associadas à torção.


Até por ser muito frequente, a torção do tornozelo costuma não receber a devida atenção do paciente, mas é importante tomar muito cuidado. Na maioria das vezes, tratar somente com aplicação de gelo e medicação não é suficiente. Caso não seja tratada corretamente, a instabilidade na articulação pode persistir e até se tornar um problema crônico, com desenvolvimento de lesões em cartilagem ou até uma artrose no futuro.

A recuperação dos ligamentos é mais lenta e varia de acordo com a gravidade da lesão. Quando não há a cicatrização completa dos ligamentos é muito comum ocorrerem novos entorses ao longo do tempo, provocados pela instabilidade da articulação.

O processo de cicatrização das fibras que formam o ligamento pode durar até 45 dias, dependendo da gravidade da lesão. Em alguns casos, por exemplo, pode levar de quatro a seis meses para a articulação voltar ao normal e os sintomas desaparecerem por completo.

Em casos mais severos de rupturas ligamentares, muitos necessitam de tratamento cirúrgico para reparação. Atualmente existem técnicas para reconstrução desses ligamentos por videoartroscopia, um procedimento minimamente invasivo e que proporciona rápida recuperação pós-operatória.

Alguns cuidados são importantes no momento do trauma. O primeiro passo é retirar o calçado com cuidado e afrouxar a área machucada. Em seguida, é importante aplicar gelo sobre o local lesionado para controlar o inchaço.

O gelo age como um anti-inflamatório. É a melhor maneira de reduzir o edema, uma vez que os vasos sanguíneos ficam mais estreitos em reflexo ao frio, reduzindo o sangramento local e a formação de hematomas. A seguir, é fundamental imobilizar o membro e procurar assistência médica o mais cedo possível.

Uma dica importante que o ortopedista ensina para prevenir os entorses é melhorar a capacidade de manter o equilíbrio e o reflexo das musculaturas com exercícios funcionais e treinos específicos nas pernas. Utilizar calçados adequados, bem ajustados, também auxilia na estabilidade dos pés, mas, em muitos casos, acidentes são inevitáveis. É essencial investigar todos os casos de entorses, até mesmo os leves, pois mesmo que não incomode, essa instabilidade crônica do tornozelo pode levar a sérias complicações no futuro.

Acesse o blog sobre Entorses do Chakalat.net

Aspectos Preventivos no Esporte

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Resultado de imagem para fisioterapia desportiva

O aspecto preventivo no tratamento das lesões esportivas reveste-se de muita importância quer se discuta atividade física de alto desempenho quer como mero coadjuvante de tratamentos médicos.

A necessidade de aumentar a longevidade dos atletas, a maior indicação terapêutica de atividade física e o próprio aumento do número de pessoas que querem usufruir de seus benefícios fazem com que os aspectos preventivos devam ser encarados com prioridade cada vez maior pelos profissionais da área de medicina esportiva.

O desempenho esportivo de cada pessoa é baseado na interação de aspectos cognitivos, capacidades físicas e psicológicas, que, na presença de certos fatores externos associados a condições limitantes, levam à aptidão física.

A ocorrência de lesões esportivas é decorrência de inter-relação ente o atleta e o esporte praticado.

Toda atividade física gera uma sobrecarga em algum ponto do aparelho locomotor. Se esta sobrecarga fica circunscrita à capacidade fisiológica do organismo de se recuperar, não há a instalação de um processo patológico.

A base de todas as teorias envolvidas no trabalho de prevenção das lesões leva em conta a capacidade de se avaliar adequadamente as limitações de quem pratica o esporte associada ao conhecimento da magnitude e tipo de sobrecarga que a prática do esporte gera. Atletas bem condicionados sofrem um menor número de lesões.

Os aspectos intrínsecos (relacionados ao atleta) como biótipo do atleta, presença de lesões prévias, capacidades físicas desenvolvidas, presença de alterações corporais, desequilíbrios musculares presentes, são tão importantes nesta análise quanto os extrínsecos (relacionados ao esporte), por exemplo: tipo de esporte, material utilizado, regras utilizadas, quantidade e tipo de treinamento ministrado.

Os erros de treinamento, porém, são os maiores responsáveis pelas lesões esportivas (60% segundo JAMES, 1978). Estes erros geralmente são causados por: quantidade inadequada de treino (muita intensidade), técnica inadequada de execução e avaliação inadequada das capacidades e/ou necessidades do atleta.

A quantidade de treino que se aplica a um atleta é um produto das variáveis: freqüência, intensidade e duração. Cada período de treino (preparatório, competição intermediário) tem sua quantidade específica previamente determinada segundo as peculiaridades de cada esporte e respectivo calendário. Cada período de treino será subdividido em: microciclos (por ex.: planilhas de treino semanais, mesociclos (planilhas de treino mensais ou bimensais) e macrociclos (uma visão mais panorâmica das atividades do atleta levando em conta seus ápices de desempenho escolhidos).

Organizar e quantificar um trabalho de treinamento é a melhor forma para que treinadores, médicos, profissionais de educação física e terapeutas falem a mesma língua visando identificar pontos de risco neste cronograma de treino, evitando tanto o supertreinamento ou o mal condicionamento, ambos muito frustrantes para toda a equipe.

Três aspectos são básicos quando se discute treinamento: força muscular, flexibilidade articular e capacidade cardio-respiratória.

O trabalho muscular tem como dado primordial a carga máxima que um músculo pode suportar num determinado movimento. Temos que lembrar que nunca um movimento é executado por apenas um músculo e que sempre existe um músculo antagonista modulando a execução deste movimento. O trabalho muscular como qualquer outro deve ser o mais específico possível para o esporte praticado, para que o músculo desenvolva as capacidades necessárias para a execução repetitiva dos atos motores seqüenciais determinados pelo esporte.

Devemos levar encontrar que os músculos compõem-se de fibras que possuem características metabólicas diferenciadas:

I - baixa velocidade de condução do impulso, suporta prolongada tensão, baixo índice de fadiga com alta atividade oxidativa;

II - alta velocidade de condução do impulso, suporta tensão maior por tempo menor, alto índice de fadiga com baixa capacidade oxidativa.

A composição muscular de um indivíduo é determinada geneticamente, embora estudos mais recentes mostram uma plasticidade maior das fibras tipo II. Esta plasticidade ocorre em função do tipo de sobrecarga que é imposta a estas fibras.

O treinamento muscular deve ser expresso em porcentagem da carga máxima levando-se em conta o número de repetições de cada exercício, o número de séries, o tempo de execução do exercício, o tempo de repouso entre as séries e a seqüência de sua execução.

O fortalecimento muscular pode ser dividido em componentes de potência e resistência de força, de acordo com o trabalho realizado. A manutenção do equilíbrio entre musculatura antagonista e agonista de um movimento é condição essencial para que este movimento seja executado sem sobrecargas biomecânicas articulares. Atualmente já existem sistemas computadorizados (Cybex, Kinkon, Merec, etc.) que podem aferir com precisão dados como: trabalho executado, equilíbrio muscular, picos de torque, dentre outros.

Quanto à flexibilidade articular, sabe-se que a sua determinante é anatômica e extremamente individualizada para cada pessoa. A capacidade de um bom programa de treino de melhorá-la gira em torno de 30%. A sua perda diminui a eficiência mecânica do movimento. Fatores como idade e sexo influem decisivamente, devido à maior ou menor concentração de água no colágeno que compõe as estruturas periarticulares (menor teor de água, maior rigidez do sistema).

O exercício clássico para melhora desta flexibilidade é o alongamento. É dividido em componentes passivo e ativo (ativo, o atleta executa e passivo, executam no atleta). Os exercícios de alongamento devem ser executados antes e depois da atividade física (aquecimento e relaxamento ou volta à calma) Antes ele prepara o músculo para o exercício e depois ele o recupera deste mesmo exercício. Isto se reveste de importância pois sabe-se que as lesões musculares geralmente ocorrem com exercícios excêntricos (tensão grande com alongamento do sistema miotendíneo) e na transição miotendínea.

A maneira comumente utilizada para sua execução é séries de 5 repetições, com manutenção por 15 a 30 segundos, sempre sem resistência e com relaxamento muscular. Existem outras técnicas que podem potencializar este trabalho como a facilitação neuro-proprioceptiva (o atleta faz alongamento progressivo até o limite, contração isométrica seguida de relaxamento e novo período de alongamento.

A capacidade cardio-respiratória é dividida em componentes aeróbio e anaeróbio. Dentre os três itens discutidos é a que é mais facilmente mensurável e tem tido maior destaque na literatura. O componente aeróbio é aquele de características metabólicas oxidativas, responsável pelos exercícios de longa duração (provas de fundo e o anaeróbio é caracterizado por vias glicolíticas (ATP - CP e ácido lático), responsável por aquelas de curta duração (provas de velocidade).

Existem várias formas de desenvolver a capacidade aeróbia: andar, trotar, correr, pedalar, nadar, remar e dançar são algumas delas. Quanto à capacidade anaeróbia são os exercícios de alta intensidade e curta duração ("sprints") que causam o seu aprimoramento.
Há vários protocolos já bem conhecidos (Bruce, Ellestad, Wingate) que podem avaliar estas capacidades. Salienta-se que a capacidade aeróbia é o primeiro componente que deve ser trabalhado em qualquer programa de condicionamento físico, pois ele fornece a base para o desenvolvimento de outras capacidades.

Os itens anteriormente abordados têm como finalidade discutir conceitos básicos, não tendo o objetivo outro que não o de alertar todos os profissionais da área esportiva para o estabelecimento objetivo e realista de metas para um programa de treinamento que leve em conta: as características fisiológicas do atleta, com reavaliações freqüentes destas capacidades, as características biomecânicas de cada esporte, para que se possa maximizar o desempenho esportivo minimizando o número de lesões.

Na ocorrência de uma lesão decorrente de treino, a quantificação, subdivisão e organização deste mesmo treino nos seus componentes permite uma rápida identificação do agente causal com pronta intervenção terapêutica ara diminuir suas conseqüências.

>> Referências bibliográficas

Barbanti, V. J. Treinamento físico: bases científicas. São Paulo, Balieiro, 1988.

Hollmann, W.; Hettinger, T. Medicina de esporte. Traduzido por Maurício Leal Rocha. São Paulo, Editora Manole, 1989.
 

5 Funções dos Músculos

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O sistema muscularé constituído de uma enorme variedade de músculos espalhados por todo o corpo, apresentando tamanhos, formas e funções diversas.

Os músculos são tecidos formados de fibras e células, e, devido a muitas de suas propriedades, desempenham funções de sustentação, locomoção, fornecimento de calor em homeotermos, pressão sanguínea (batimentos do coração), além de conferir forma ao corpo. A propriedade de movimento envolve não só os movimentos visíveis como andar, mas também movimentos microscópicos, como os dos órgãos internos do corpo.  Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.

O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração  avermelhada das fibras musculares se deve à mioglobina, proteína semelhante à hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o papel de conservar algum O2 proveniente da circulação para o metabolismo oxidativo.

Veja 5 importantes funções do músculo:

a) Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.

b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.

c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.

d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.

e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.

Entender o funcionamento muscular é muito importante para os estudantes de fisioterapia e profissionais da Fisioterapia.

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Cartilagem do tornozelo x Artrose em atletas

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Proteger a cartilagem do tornozelo ajuda a prevenir artrose em atletas

O objetivo desse artigo é mostrar o resultado de um trabalho recente que avalia a eficácia da viscossuplementação em pacientes com osteoartrite do tornozelo. Foi realizada uma revisão sistemática para verificar as evidências na literatura sobre o uso deste tratamento, sendo considerados estudos prospectivos randomizados cegos num total de 1.961 artigos identificados em várias bases de dados, onde concluiu-se que o tratamento com ácido hialurônico intra-articular é uma modalidade de tratamento segura que melhora significativamente os escores funcionais.

A doença da cartilagem pode ser traumática e aguda, ou crônica e degenerativa, conhecida aqui no Brasil como artrose, pode ser encontrada em artigos internacionais como osteoartrite e é uma doença de origem multifatorial que leva à degeneração da cartilagem articular, afetando todos os componentes da articulação. É um processo lento, progressivo e debilitante, com alta prevalência na população adulta ativa, ligada a práticas esportivas.

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A osteoartrite (OA) é mais prevalente entre pessoas com mais de 65 anos, mas em pessoas que começam a prática esportiva muito cedo pode adiantar o processo de degeneração. A doença pode ter impacto em diferentes aspectos da vida incluindo atividades sociais, relacionamentos, autoimagem corporal e bem-estar emocional.

Vários fatores podem influenciar o início e a progressão da OA, como idade, alterações no metabolismo, fatores genéticos e hormonais, alterações biomecânicas, modalidade esportiva e processos inflamatórios articulares. A osteoartrite primária do tornozelo é rara, mais comumente secundária à fratura ou instabilidade crônica do ligamento. Nos últimos anos tem havido, tanto no Brasil quanto no mundo, aumento da incidência de osteoartrite pós-traumática e inflamatória do tornozelo, devido ao aumento da prática de esportes de impacto.

Como identificar:

Quando clinicamente evidente, a OA é caracterizada por dor articular, limitação de movimento, crepitação (estalos), derrame ocasional (inchaço) e vários graus de inflamação sem variáveis sistêmicas. O tratamento conservador tradicional para o tornozelo OA inclui analgésicos simples, anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), injeções intra-articulares de corticosteróides, fisioterapia, atividade física e redução de peso.

Novas alternativas de tratamento cirúrgico têm sido desenvolvidas. No entanto, apesar da melhora nos resultados da artroplastia do tornozelo, a artrodese articular ainda é considerada o padrão ouro para o tratamento em casos de falha do tratamento conservador. A sobrecarga das articulações adjacentes e as consequentes sequelas, com deterioração da qualidade funcional do paciente após a artrodese tibiotársica, sustentam a busca de terapias alternativas.

O ácido hialurônico tem propriedades viscosas e elásticas. O grau em que cada recurso predomina depende das condições de carga. Isso permite que o fluido sinovial tenha a capacidade única de funcionar de maneira diferente, dependendo da quantidade de força de cisalhamento aplicada.

O que é o acido hialurônico?

O acido hialurônico é produzido naturalmente por células da membrana sinovial e, junto a outras moléculas, compõe o "líquido sinovial ", responsável pela lubrificação e nutrição do tecido cartilaginoso. A criação do acido hialurônico exógeno (sintético) para a infiltração articular começou nos anos 90. Inicialmente, acreditava-se que seu efeito seria puramente por mecanismo hidráulico. Ou seja, aumentando a superfície de contato cartilaginosa e assim reduzindo se a pressão articular.

Quais seus efeitos na articulação?

Os bons resultados iniciais encorajaram a comunidade científica a estudar melhor o efeito biológico dos produtos, e pesquisas publicadas em revistas científicas médicas nos últimos cinco anos mostraram efeito surpreendentes quem incluem:

- Redução da ativação de células inflamatórias responsáveis pelo desencadeamento da cascata inflamatória que causa destruição articular da artrose.

- Estímulo da produção do próprio acido hialurônico (endógeno), com melhoria da viscosidade do líquido sinovial.

- Estabilização da degradação da matriz cartilaginosa.

- Estímulo da produção de células cartilaginosas e do colágeno tipo II.

- Ação direta e receptores de dor articular causando analgesia prolongada.

Quem deve ser submetido à visco-suplementação?

A indicação da visco-suplementação varia de paciente para paciente, e a composição do produto, pelo grau da lesão cartilaginosa. É importante que além dos exames de imagem, seja feito um teste biomecânico direcionado ao esporte para avaliar a função muscular afetada pela doença pré-existente.

A visco-suplementação nunca deve ser instituída como terapia única, e sim sempre associada a uma boa reabilitação, seguida de fortalecimento e reequilíbrio muscular. Após a aplicação nos meus pacientes, sempre explico que a aplicação não isenta de ser realizado a reabilitação tradicional e fortalecimento muscular, mesmo muitos achando que a melhora da dor já é suficiente para retornar as atividades.

Várias técnicas podem ser empregadas para aumentar a precisão da infiltração, como ultrassonografia (US), fluoroscopia e tomografia computadorizada (TC). No entanto, a relação entre maior eficácia do procedimento de infiltração e melhores desfechos clínicos requer estudos adicionais, e na minha opinião, depende também da experiência de quem aplica. Nos artigos selecionados para este estudo, observamos que todos os autores optaram pela abordagem anterior e dois deles utilizaram a fluoroscopia.

Não encontramos evidências na literatura de que a fluoroscopia forneça benefícios aos pacientes submetidos à visco-suplementação no tornozelo. Esta questão é pessoal e sua aplicação, ao meu ver, depende da segurança de cada um que está aplicando.

É importantíssimo que o médico explique muito bem os efeitos desejados da aplicação, possíveis efeitos colaterais e que o paciente tenha sempre em mãos o nome do produto utilizado na infiltração no tornozelo. Sendo assim, o tratamento articular é uma modalidade terapêutica segura, que promove uma melhora significativa dos escores funcionais dos pacientes, sem evidência de superioridade em relação a outras medidas conservadoras de tratamento, entrando assim como tratamento adjuvante na melhora clínica e prevencão da evolução da artrose.

Overtraining é um dos principais motivos de lesões nos ombros

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Resultado de imagem para ombro overtraining

Acho que, se há dois fatores que realmente são os mais prejudiciais para os ombros, esses podem ser o treinamento incorreto, assim como para quaisquer outros músculos, mas, especificamente aos ombros, o overtraining e, não falo nem de overreaching.

A verdade é que os ombros estão sinérgicos a basicamente tudo, inclusive ao treinamento de pernas, pasme! Eles estão presentes desde as simples roscas para bíceps, as extensões para tríceps, o treinamento de peitoral (óbvio), de dorsais (em especial a região dos romboides e do trapézio), no treinamento de pernas (lembram-se das dicas básicas para um bom agachamento com adução escapular?) e, óbvio, no próprio dia de treino de ombros/deltoides.

Pois bem, agora, imagine que, se eles estão sinérgicos à tudo, são treinados direta ou indiretamente quase que em todas as sessões, proporcionando assim um desgaste e uma solicitação bastante grande desse complexo grupamento. Diferente, por exemplo dos antebraços, normalmente mais propensos a fibras slow Twich, ou vermelhas que tem uma recuperação relativamente mais rápida, os ombros possuem uma recuperação mais lenta, além de, termos de contar que não somente a musculatura necessitará recuperar-se, mas outras estruturas, como as tendinosas, as articulares etc.

Para se realizar uma boa rotina sem correr riscos de sobrecarregar os ombros, em primeiro lugar é importante uma boa divisão de treino. Por exemplo, não é conveniente que se treine ombros logo no dia seguinte ao treino de peitorais (visto ser o grupamento que mais solicita os ombros como auxiliares) e nem o treinamento de peitorais logo após o dia de ombros. Ao mesmo tempo, deve-se ter bastante cuidado, caso você proponha algumas divisões de ombros que os treine mais do que uma vez na semana, INCLUSIVE TREINAMENTOS QUE ENVOLVEM UM DIA PARA POSTERIOR E UM DIA PARA ANTERIOR. Neste segundo caso, por exemplo, pouquíssimos ou, para alguns mais extremáticos apenas um exercício deve (m) ser realizado (s) para cada parte.

O mais conveniente mesmo que se faça é reservar um dia na semana para o treino de ombros e descansar, pelo menos 7 dias, ou seja, uma semana. Também, deve-se priorizar o trabalho na porção lateral dos deltoides e não principalmente nas frontais como muitos costumam fazer. Lembre-se que os supinos já fazem um bom trabalho nesse ponto.

Por fim, vale sempre lembrar que, um período totalmente sem treino, isto é, algo como uma semaninha, pode ser de suma importância para uma boa recuperação. Muitos atletas do passado e atuais, mesmo com seus altos usos de ergogênicos e todo o suporte que tem, assim o fazem.

Publicado em 08/04/14 e revisado em 26/10/18

Fisioterapia e os estalos nos joelhos do corredor

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Estalo no joelho

Acabou o treino da corrida e você começa a escutar um estalo no joelho. Imediatamente, sua cabeça já acende o sinal amarelo, trazendo à tona uma série de questionamentos. Esse som representa algum problema sério nas minhas articulações? Devo diminuir o ritmo nos treinos? Procuro um ortopedista?

Acesse o blog da Fisioterapia

É importante saber como surgem esses estalos. O líquido sinovial, presente nos joelhos, atua como um lubrificante nas articulações. Esse fluido possui alguns gases, que são liberados quando há a dobra da articulação. É essa liberação gasosa que gera o barulho. Você também pode notar os sons quando a articulação se move e retorna à sua posição original. Nesses casos, não há motivo para preocupação.

O ponto-chave para saber se o estalo no joelho deve gerar apreensão é a dor. Se esse som não é associado a um incômodo na região, fique tranquilo. Estalos que não são acompanhados de dor não trazem problema algum às nossas cartilagens e articulações, seja quando estalamos um dedo voluntariamente ou quando os estalos são espontâneos, algo comum nos joelhos e quadris.

Se o estalido vier acompanhado de dor ou inchaço, pode ser indicativo de alguma lesão e necessita de um profissional adequado. Não se deve confundir os estalos com rangidos e crepitações. Esses sons são característicos de uma cartilagem desgastada, já com uma superfície rugosa em vez de uma lisa e sem atrito.

Como a cartilagem se desgasta?

Dentro dos joelhos, há uma camada de cartilagem, que atua como um amortecedor natural para que os ossos não entrem em atrito. Com as atividades de impacto, principalmente quando há uma carga excessiva, esse tecido começa a se degenerar. Perdendo sua capacidade amortecedora, a cartilagem torna-se menos volumosa. No caso do processo degenerativo, esse atrito gera os rangidos e crepitações.

Acesse o blog de Corredores online

O sobrepeso e uma planilha muito puxada podem contribuir para o processo de desgaste da cartilagem, explica a ortopedista Ana Paula Simões. Uma pessoa sem força muscular também está mais suscetível a sofrer com o desgaste da cartilagem, uma vez que a musculatura não absorve o impacto dos movimentos.

Outro fator que influencia é o terreno onde são feitos os treinos. O asfalto castiga mais os joelhos, por exemplo, enquanto grama e areia proporcionam mais conforto às articulações.

Se o praticante corre errado e não faz a parte da correção dos exercícios, provavelmente ele entra em um processo degenerativo acelerado.

Caso o estalo no joelho gere uma insegurança na hora de praticar esportes, é uma boa ideia procurar a opinião de um profissional especializado.

A Fisioterapia traz grandes benefícios para o atleta, como por exemplo o reequilíbrio muscular após uma lesão, a melhora da postura para prevenção de problemas futuros e a orientação quanto aos perigos do treinamento excessiva.  A fisioterapia também pode ajudar os corredores na prevenção de lesões e na melhora da performance, com orientações em relação a postura, pisada e fortalecimentos musculares.Inclusive ajuda para que esses estalos não aconteçam de forma tão repetitiva.

Saiba mais sobre o Tenis Elbow

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tennis elbow, its causes, symptoms and treatment


Como não poderia deixar de ser, não se pode falar em tênis e fisioterapia sem falarmos do tennis elbow, porém tentaremos abordar também outras patologias que podem aparecer devido à técnica inadequada e suas relações com as raquetes.

Antes de qualquer coisa é importante definir dois grandes grupos, o primeiro dos atletas de elite e também dos amadores competitivos e o segundo, o dos atletas recreacionais, que também são chamados de atletas de fim-de-semana. O primeiro grupo tem características bem diferentes do segundo, de maneira geral o atleta está bem preparado fisicamente, joga tênis desde criança, tem técnica apurada e atividade específica constante, já o segundo grupo não apresenta bom condicionamento físico, tem uma técnica pobre e não apresentam uma regularidade na prática do tênis. E porque fazer essa diferença entre os dois grupos, simplesmente porque atleta de elite não apresenta esse tipo de lesão, só o atleta recreacional é que vai apresenta-los.


Resultado de imagem para tennis elbow

O tennis elbow, cujo nome correto da patologia é epicondilite lateral do úmero, normalmente vai aparecer no cotovelo do atleta de fim-de-semana, que bate o backhand (golpe de revés ou esquerda no tênis) com uma das mãos, com o cotovelo flexionado, usando os músculos extensores do punho para resistir ao impacto contra a bola. Porém, o golpe correto deve ser realizado como um "desembainhar de uma espada", cotovelo estendido no contato com a bola, usando o punho apenas para acelerá-la usando o spin no fim do movimento, porém mesmo que ele tenha uma técnica apurada.

Acesse o blog de Fisioterapia

Se o condicionamento físico não estiver em dia, depois de alguns games ele não vai mais conseguir entrar na bola para golpear e começará a esticar o braço à frente para aumentar o alcance e novamente utilizará os músculos do punho para golpear, e ainda assim, mesmo tendo a boa técnica e o bom condicionamento, o atleta recreacional ainda pode favorecer o aparecimento da patologia devido a uma troca de raquetes, por exemplo, na mudança de uma mais pesada para uma de titânio. O atleta precisará aumentar a aceleração no golpe e consequentemente aumentará a vibração na mão, no punho e no cotovelo do tenista, o que também pode acontecer pelo aumento inadvertido da tensão nas cordas da raquete, em ambas as situações o produto final do aumento da vibração provocada pelas raquetes e/ou cordas será a irritação das estruturas miotendinosas da loja extensora do punho, junto ao cotovelo.

Outras patologias também estão ficando comuns, com a era Guga, os golpes de direita ou o forehand têm sido treinados mais de frente para a bola, onde um movimento extremo de extensão de ombro e principalmente de punho é necessário para golpear bem, porém é também muito estressante para a musculatura flexora do punho, o que pode provocar uma epicondilite medial do cotovelo também conhecida como golf elbow, apesar de aparecer jogando tênis. A dor no ombro do tenista também pode aparecer. Nesse caso principalmente pelo erro da técnica onde rotações da articulação do são solicitadas para realizar um movimento que seria realizado por toda unidade funcional superior (coluna dorsal, cervical, escápula, ombro, cotovelo, punho e mão), pode também aparecer no início da utilização do saque com topspin onde uma rotação interna excessiva do ombro será solicitada no ponto mais alto de elevação do braço na hora do contato com a bola, o que pode provocar uma inflamação das estruturas do ombro.

Dicas importantes: Lembre-se, sempre é melhor prevenir que remediar,

- Alongue bem a musculatura do membro superior sempre, principalmente se for jogar no saibro (depois da coluna passada você já sabe porque);

- Procure tomar aulas para melhorar a técnica dos golpes;

- Melhore o seu condicionamento físico;

- Procure assistência especializada na hora de comprar uma raquete nova ou na hora de mudar a tensão do cordoamento.

Porém se a alteração já está instalada, não adianta chorar, é melhor parar um pouco e procurar um especialista na área desportiva para tratamento clínico e funcional. Depois de tratada a inflamação e restaurada a boa função do membro superior, o retorno à atividade é estimulado, porém no período inicial só batendo bola com um acordoamento 10% mais leve e de preferência com cordas de material orgânico, devido a menor vibração gerada por elas, após um mês com aumento gradativo da tensão das cordas, pode-se muda-las para as sintéticas que têm maior durabilidade. Alguns pacientes relatam alívio com o uso do brace de ante-braço porém sua eficácia na prevenção dos problemas descritos não apresenta embasamento científico.

Publicado em 01/12/10 e revisado em 20/12/18

Bolsa de água quente ou gelo? Veja as diferenças no tratamento de lesões

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O uso de gelo ou bolsa de água quente é comum entre praticantes de atividade física, pois esses são recursos de utilização simples e bastante acessíveis. Porém, eles causam resultados diferentes no corpo e é muito importante saber em qual ocasião utilizar cada um. Afinal, por mais que pareçam inofensivos, sua utilização incorreta pode agravar o caso.


Veja abaixo quando e como devemos usar cada um dos tratamentos.

Gelo deve ser utilizado quando há inflamação

Os sinais que indicam inflamação são: dor, inchaço, vermelhidão, aumento da temperatura do local e diminuição da função (como amplitude de movimento ou força). O gelo nessa situação ajuda a reduzir o inchaço e a dor, além de limitar a extensão da lesão. Em casos de lesões agudas, como entorses de tornozelo, quanto mais rápido o uso do gelo melhor.

Uma proteção deve ser utilizada entre o gelo e a pele, como um pano ou plástico, e o tempo da aplicação deve ser de 20 minutos. É necessário um período de no mínimo duas horas entre uma aplicação e outra, mas se você não tem recomendação médica faça uso do gelo no máximo duas vezes ao dia.

Importante lembrar que o cotovelo e região lateral do joelho (próximo à cabeça da fíbula) devem ser locais evitados por alojarem nervos superficiais, e nas extremidades do corpo (dedos das mãos e dos pés) o tempo de aplicação deve ser menor e a precaução redobrada

Existem novas evidências científicas mostrando que o gelo tem efeito no começo da lesão. Por exemplo, se você teve uma entorse de tornozelo, vai colocar gelo nos dois primeiros dias. Esse é o indicado. Depois disso, já não tem tanto efeito e pode prejudicar a recuperação.

Para uma lesão melhorar, tem que chegar célular inflamatória naquele local. Pois ela não serve só para gerar dor e problema, mas também para reparar o tecido lesionado. Se você botar gelo dias depois da lesão iniciada, inibe demais a chegada dessas células, que são benéficas.

Calor gerado pela bolsa de água quente ajuda no relaxamento muscular

Sendo assim deve ser utilizado em casos de tensões musculares esporádicas. Se você tem alguma tensão muscular crônica, isto é, você sempre sente algum músculo tenso, o calor vai aliviar a contração muscular excessiva apenas temporariamente, e o real motivo dessa tensão deve ser diagnosticado e tratado por um profissional.

Portanto, nunca use bolsa de água quente logo após uma lesão ou se o local apresenta alguns dos sinais inflamatórios citados acima. O calor irá piorar o quadro. A temperatura deve ser alta porém suportável, sem causar queimadura, e o tempo de utilização é até não estar mais quente.

Fisioterapia preventiva no Esporte Coletivo

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A evolução esportiva ocorrida nas últimas décadas exige um nível cada vez mais alto de aproveitamento das equipes e atletas. Os quais ficam muito próximos de seus limites fisiológicos e expostos, então, a um maior risco de lesões nos treinos e jogos. Embora os técnicos, atletas e espectadores envolvidos nos desportos tenham reconhecido que a lesão física é um fator de risco inerente à atividade esportiva, o trabalho de prevenção ainda é pouco difundido comparado às conseqüências dessas lesões para o atleta e a equipe (ANDREWS, 2000). Quando falamos de um esporte coletivo percebemos a permanente exigência da alta qualidade técnica e física, que se não for bem programado, corretamente executado e supervisionado pode predispor seus praticantes a lesões.

A fisioterapia desportiva, através do trabalho preventivo, é de extrema importância nas equipes, pois vem quebrando os paradigmas da vertente curativa em saúde, já que, segundo Deliberatto (2002), é frequentemente visto como "o profissional da reabilitação", ou seja, aquele que atua exclusivamente no momento em que a doença, a lesão ou a disfunção já está estabelecida. Através de programas preventivos elaborados juntamente com a preparação física busca-se a melhora do desempenho físico e o bem estar geral do atleta.

 A prática esportiva vem sendo difundida por todo o mundo, devido os seus benefícios, dentre eles a melhora da qualidade de vida. Segundo Kettunem et al. (2001), o aumento da demanda de exercícios modernos e competitivos provocou o aumento simultâneo no risco de lesões, causando preocupações tanto para os praticantes de atividades físicas, quanto para treinadores e atletas de todas as esferas de rendimento, pois interrompem o processo evolutivo de adaptações sistemáticas impostas pelo treinamento.

O local de lesão varia com o tipo de esporte praticado. O membro inferior é o local acometido pelo maior número de lesões, por existir íntima relação entre os esportes mais praticados pela população em geral, e os gestos esportivos como o alto e as corridas bruscas. Cerca de 90% das lesões esportivas localizam-se no quadril, coxa, joelho, perna, tornozelo e pé, dessas, 53,9% das lesões envolviam as partes moles. (COHEN, 2005).

    Para Gissane et al. (2001), os fatores intrínsecos podem ser definidos como os fatores individuais biomecânicos, psicossociais e biológicos que podem predispor os atletas a uma lesão. Os fatores mais citados na literatura são: as características físicas como idade, sexo, altura, peso, lesões precedentes, tipo físico, frouxidão ligamentar, tensão muscular, níveis de habilidade, nível de força estática e dinâmica, características psicológicas e psicosociais, nível escolaridade, experiência no esporte, interação com os demais atletas e voluntariedade de fazer exames preventivos.

    Já Gould (1993) classifica esses fatores como:

Estruturais, onde a estrutura do jovem atleta com suas condições especificas, defeitos congênitos potencialmente não detectáveis e mau alinhamento merecem nossa atenção como fator de risco;

Crescimento, que envolve o aumento da massa e tamanho dos tecidos músculo-esquelético do corpo.

    Sullivan (2004) afirma que, durante o inicio da adolescência, o nível de maturidade física e de força varia bastante entre os atletas. Ocorre um rápido ganho de força nos garotos durante o processo de maturação. Dessa maneira, quando a participação esportiva é dividida por idade, é muito difícil evitar desequilíbrios fisiológicos, principalmente quando tamanho e força são fatores importantes para a performance. Se a maturação tardia contribuir para o insucesso do atleta, pode haver comprometimento de sua auto-estima.

    Ainda Birrer (2004) relata que a participação nos esportes comporta o potencial de proporcionar experiências e resultados tanto positivos quanto negativos para crianças e adolescentes. A linha entre benefícios e riscos pode ser extremamente delicada, sendo importante aprimorar a relação de risco para beneficio para crianças e adolescentes que participam nos desportos. Técnicos, pais e a comunidade medica devem estar cientes dos benefícios e riscos potenciais, e deverão ser também bons administradores das experiências de crianças e adolescentes.

    O papel do profissional da saúde no cuidado do atleta lesado tem dois aspectos: o profissional deve orientar indivíduos sobre maneiras de diminuir o risco de lesões durante a atividade; e quando ocorrer uma lesão, ajudar o indivíduo a alcançar a mais completa recuperação possível (BONETTI apud AGRE, 2006).

    Deliberatto (2002) considera que o fisioterapeuta que atua na área desportiva, não deve se esquecer de que o conhecimento do nível de preparo do atleta não é tudo em relação à prevenção contra lesões esportivas. O índice de ansiedade e preparo psicológico do atleta e sua maior ou menor necessidade de retorno rápido, também devem ser considerados na análise e no programa de trabalho do fisioterapeuta desportivo.

    Verhagen et al (2004), afirma que a lesão no tornozelo é uma das lesões mais recorrentes na grande variedade de esportes, com a maioria dos atletas que já sofreram lesões apresentando maior tendência de sofrerem uma relesão. Segundo Birrer et.. al. (2002), o American College of Sports Medicine estimou que 50% das lesões por uso excessivo em crianças e adolescentes podem ser prevenidas. Duas tendências podem acarretar o atleta jovem a sofrer lesões, a disparidade entre o seu tamanho e sua força e as considerações relacionadas ao seu crescimento. Durante o crescimento rápido, pode haver retração (rigidez) articular quando os ossos aumentam de comprimento com maior rapidez que as unidades músculotendinosas, produzindo assim, inflexibilidade e desequilíbrios musculares dinâmicos que podem resultar lesões. Se forem observados esses achados, mudanças preventivas nos esquemas e nas técnicas de treinamento podem ser instituídas para reduzir o risco de lesão.

    O treino proprioceptivo é frequentemente usado na reabilitação de lesões relacionadas ao esporte, tornando-se atualmente um elemento importante na prevenção de lesões (EMERY, 2005). Prentice e Voight (2003) afirma que a consciência de do movimento e do posicionamento articular são essenciais para a função articular apropriada no esporte e nas atividades físicas. Para Silvestre apud Xhardes (2002) a reeducação proprioceptiva, tem por finalidade arquivar uma série de novos esquemas de coordenação neuromuscular, assegurando assim a base da segurança fisiológica.

    Sendo assim, torna-se importante a divulgação do profissional de fisioterapia e a sua inserção na equipe técnica de esportes auxiliando, não somente na recuperação dos atletas, mas principalmente, na prevenção através de um programa fisioterapêutico com exercícios proprioceptivos e pliométricos, evitando que lesões venham a prejudicar o desempenho individual ou da equipe e para um melhor rendimento dos atletas em situações de jogos.

    Este trabalho teve como objetivo principal, avaliar as declarações dos atletas sobre o impacto da introdução da Fisioterapia na equipe desportiva, e também, por em prática um programa de exercícios com ênfase na prevenção de lesões.

Leia o restante do artigo, com metodologia e conclusão

Publicado em 18/11/11 e revisado em 20/02/19 

Cuidados durante a Avaliação Funcional

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A avaliação dentro da Fisioterapia é muito importante para um bom resultado. A avaliação funcional de um paciente dentro da Fisioterapia, não só da área desportiva, requer alguns cuidados para que os resultados sejam potencializados.

Portanto, para se ter resultados fidedignos, é importante tomar alguns cuidados. Errar na avaliação funcional é algo imperdoável que criará problemas para você e o paciente.

Deixar o Aluno/paciente a vontade durante a avaliação

Cuidado com o que você fala para o aluno. Chegar na aula e dizer "hoje será só avaliação"é praticamente pedir para ser enganado.

Não leve o aluno a mal, ele não está querendo te passar para trás. O problema está no sentido mais comum da palavra "avaliação". Ela traz uma ideia de prova de escola. Pensando que existe "ir bem" ou "ir mal" na prova, os alunos ficam com vontade de tirar uma nota alta.

Ou seja, eles vão corrigir suas posturas e movimentos errados se souberem que estão sendo avaliados. Como resultado você terá uma falsa impressão de que ele não apresenta desvios posturais. Mas essa é uma condição induzida pelo próprio aluno que só vai te atrapalhar mais tarde.

O mesmo acontece com qualquer exercício. Os alunos começam a se preocupar com a qualidade de movimento quando estão sendo avaliados. Infelizmente, esse é o momento da aula em que queremos ver seus erros.

Respeite os limites do aluno

Nem sempre o aluno consegue fazer o exercício do protocolo de avaliação e isso é normal. Nunca force um aluno a continuar se ele está com dificuldade extrema. Só de ele não conseguir fazer aquilo você já conseguiu uma informação valiosa.

Mesmo em aulas de para pessoas saudáveis, você encontraria alunos incapazes de fazer alguns movimentos. Então imagine como isso será com alguém com dores, lesões ou uma patologia em alguma parte.

A dor é outro sinal importante que você sempre deve anotar na sua avaliação. O aluno relatou dor no ombro esquerdo enquanto fazia uma prancha? Anote, isso será importante mais tarde.

Se o paciente não conseguir fazer algum movimento da avaliação, existe a possibilidade de você estar exigindo demais daquele aluno com exercícios muito avançados. Tente adaptar os exercícios, facilitar um pouco ou escolher outros que sirvam o mesmo propósito. Temos um repertório infinito de movimentos do Treinamento Funcional para usar na avaliação.

Escolha o momento certo

Essa semana você percebeu que sua paciente com lesão no ombro está melhorando e resolveu avalia-la. Marcou a avaliação para a próxima segunda, foi lá e começou a avaliar. Mas deu uma hora de aula e você não conseguiu terminar, ou os exercícios acabaram antes do fim da aula. E agora?

Sem desespero, não precisamos fazer todos os exercícios da avaliação no mesmo dia ou um depois do outro. Caso o aluno não saiba que está num teste (que é o recomendado), você pode até colocar alguns exercícios misturados à aula normal ou em dias diferentes.

O que importa é ir anotando os resultados que obteve e depois analisar tudo em conjunto. Tome cuidado com o nível de cansaço do aluno. Deixando um exercício avançado da avaliação para o fim da aula talvez o corpo esteja fadigado demais para fazer.

Teste os resultados

Depois de um exercício podemos perceber uma falha motora, mas estarmos incertos quanto à causa. Calma que isso também é normal.

Nada te impede de adicionar um exercício para confirmar se era mesmo aquele o problema. Você também pode observar a região com dificuldades em outros exercícios da avaliação para ter certeza de que está certo.

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Para ter segurança de avaliar o seu aluno/paciente usando vários aspectos a serem analisados, eu recomendo um combo maravilhoso com 10 cursos de Avaliação com o preço de 1. Aproveite e clique aqui!

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Saiba mais sobre Lesões no Voleibol

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Lesão é qualquer descontinuidade traumática ou patológica do tecido, ou perda de função de uma parte. Lesão esportiva é um tipo de lesão que é acidental em muitos esportes e mais incidente em outros (como esportes de alto contato, individuais ou coletivos). Quase todo o esporte apresenta risco de lesões musculares, stress psicológico e machucados menores.

Segundo Peterson e Renströn (2001) podemos classificar as lesões em duas categorias básicas: lesões traumáticas agudas e síndromes por uso excessivo. De acordo com sua gravidade, podem ser classificadas como do tipo I ou leve, do tipo II ou moderada e do tipo III ou grave. A do tipo I mantém o atleta afastado por até sete dias da prática esportiva; lesão do tipo II ou moderada afastam o atleta de sete a trinta dias e a lesão do tipo III ou grave mantém o atleta fora de treinos e jogos por no mínimo trinta dias

Lesões traumáticas agudas

Lesões traumáticas agudas são responsáveis pela maior parte das pesquisas na área de medicina esportiva principalmente, por serem fáceis de identificar, e por terem causa e gravidade óbvias. Podem ser provocadas por acontecimentos súbitos, de causa e efeitos imediatos, como dor com desenvolvimento de inchaço, podendo também ocorrer edema, escoriações ou até mesmo uma ferida (macrotraumas). Para Grisogono (1989) as lesões agudas podem ser de causa extrínseca, ou seja, devido a uma causa externa como um golpe direto, uma torção brusca (quando se muda de direção) ou uma queda; ou de causa intrínseca, sem uma causa óbvia, como estiramento súbito de uma musculatura ou ruptura de um tendão.

Síndromes por uso excessivo

Síndromes por uso excessivo, segundo Peterson e Renströn (2001), são lesões de difícil diagnóstico e tratamento. Tornaram-se mais comuns devido ao aumento da intensidade e duração dos treinamentos, no caso dos esportes de alto rendimento, e do aumento da prática de esportes em geral. Atinge 25 a 50 % dos atletas que procuram tratamento, na faixa etária entre 20 a 29 anos, ou nos amadores entre 30 a 49 anos, em média após dois anos de treinamento regular. Podem ser causadas por excesso de cargas repetitivas, resultando em lesões microscópicas no sistema músculoesquelético (microtraumas repetitivos). Frequentemente provocam reações inflamatórias e sua principal consequência é a degeneração dos tecidos envolvidos. Podem ser de causa intrínseca, como desalinhamento dos membros, desigualdade muscular, e problemas anatômicos em geral, ou de causa extrínseca, como erro na prescrição do treinamento, falha na execução da técnica, equipamento e superfícies inapropriadas e falta de estrutura. A maioria dos casos (80 %) ocorre nos esportes de alta resistência ou que exigem técnica habilidosa e movimentos repetitivos, com maior incidência nos membros inferiores (80 %), principalmente joelho (28 %) e tornozelo, pé e calcanhar (21 %).

Fatores que influenciam a ocorrência da lesão

A lesão ocorre como resultado de uma soma de diversos fatores numa determinada ocasião. È difícil estabelecer a linha divisória entre causa e efeito devido à multiplicidade de fatores interagindo em cada atleta. Esses fatores incluem o tipo de esporte em que o atleta participa, o nível competitivo, o equipamento utilizado, a experiência, as técnicas do treinador e as condições de jogo. Estas variáveis interagem com as características físicas do atleta e traços de personalidade que, por sua vez, também determinam o desempenho do indivíduo (Jackson et al. 1978).

Com base nisso, podemos dividir os fatores de risco para lesão em duas categorias (Lysens et al, 1995):

Fatores de risco extrínsecos: relacionados com o tipo de atividade esportiva, o modo de praticar o esporte, as condições ambientais, o equipamento utilizado; Tem relação, portanto, com a exposição, tipo do esporte, tempo de jogo, posição no time, nível de competição, treinamento, ambiente (tipo e condição da superfície de jogo, condições do tempo, hora do dia, época da temporada) e equipamentos (equipamentos protetores e calçados).

Fatores de risco intrínsecos: mais relacionados às características físicas individuais e aos traços psicológicos, portanto, com as características físicas (idade, sexo, somatotipo, lesão anterior, aptidão física, mobilidade articular, rigidez muscular, frouxidão ligamentosa, mau alinhamento das extremidades inferiores) e características psicológicas e psico-sociais.

Lesões no voleibol

    O conhecimento da epidemiologia das lesões do voleibol apresenta grandes dificuldades. Aspectos como os critérios de categorização dos conceitos de lesão, a descrição da incidência de lesões, a inclusão das lesões nos protocolos de estudo e a inclusão de sua própria denominação são importantes e variam segundo os autores estudados. Por outro lado, a impossibilidade de poder reconhecer todos os casos de lesões produzidas e por último, a diversidade dos grupos de atletas estudados: profissionais da Superliga Nacional, profissionais do voleibol feminino e masculino, de alto nível (Ferreti et al., 1990).

    A entorse de tornozelo por inversão é a lesão traumática aguda mais comum em jogadores de voleibol (Hirstman, 1998; Brinner e Kacmar, 1997). Isso deve-se principalmente ao fato de os jogadores poderem tocar o pé na linha central da quadra , aumentando o risco de choques com o adversário. Muitas ocorrem na aterrissagem de um salto sobre o pé do jogador oponente (50%) ou quando o jogador, ao saltar na execução de um bloqueio duplo, por exemplo, aterriza no pé de seu parceiro (25%). Muitas destas lesões ocorrem na ação de bloqueio (60%) ou ataque (30%), porque, como esperado, existe uma diferença de tempo de execução entre o salto do atacante e do bloqueador (o primeiro salta antes) (Hirstman, 1998).

    No estudo de Solgard et al. (1995) sobre lesões esportivas, 5222 indivíduos atendidos em emergências de traumatologia foram avaliados através de questionário, apresentando um total de 278 lesões em 269 praticantes do voleibol, representando 5,3% de todas as lesões associadas com esporte (quarto maior responsável pelas lesões reportadas). As áreas mais afetadas, comparadas com outras modalidades, foram as mãos/dedos (45% / 25%) e tornozelo (31% / 20%), porém poucas lesões em outra regiões anatômicas. Nestas regiões, a lesão mais freqüente foi a entorse. Comparando atletas com não-atletas, a incidência de lesões nos atletas foi maior. Muitas das lesões de joelho (82%) e tornozelo/pé (79%) foram lesões sem contato. Nos atletas são comuns as lesões sem contato, durante o salto, e nos demais praticantes (principalmente os jovens), lesões por contato na bola, principalmente ao executar o toque.

    Porém Nardelli (2001), para coletar dados necessários para seu estudo sobre lesões, acompanhou uma equipe de alto nível durante 5 anos e encontrou a lesão do tipo tendinite como a lesão mais freqüente, seguida de entorse (20%), lesão muscular (13%) e fratura (4%).

    No estudo de Bahr e Bahr (1997), cujo objetivo era analisar incidências de lesões agudas no voleibol e sua relação com fatores de risco e mecanismo da lesão, foram entrevistados treinadores e atletas de duas divisões da Federação Norueguesa de Voleibol. Encontrou-se 89 lesões em 272 atletas, em 45837 horas de treinamento e 5751 horas de partidas jogadas. O total de incidência de lesões foi de 1,7 +/- 0,2 por 1000 horas jogadas (1,5 +/- 0,2 durante treinamento e 3,5 +/- 0,8 durante partidas jogadas). A região corporal mais atingida foi o tornozelo (58%), seguido da região lombar (11%), joelho (8%), ombro (8%) e dedos (7%).

    Aagaard e Jorgensen (1996) aplicaram um questionário de observação durante a temporada de 1993/1994 em jogadores das duas divisões de elite de Danish, Dinamarca. Oitenta por cento dos jogadores retornaram os questionários. Do total de atletas, 70 sexo feminino e 67 do sexo masculino, foram relatadas 79 lesões e 98 lesões, respectivamente, representando uma incidência total de 3,8 lesões por jogador por 1000 horas jogadas. A incidência de lesões foi a mesma para homens e mulheres. Entre as lesões agudas, a região corporal de maior ocorrência de lesões foram os dedos (21%) seguidos dos tornozelos (18%). Já entre as lesões crônicas foram os joelhos (16%) e ombros (15%).

    Referente aos dedos, um estudo de Bhairo et al. (1992) sobre lesões nas mãos em atletas de voleibol em retrospectiva mostrou que 226 indivíduos, no período de cinco anos, apresentaram este tipo de lesão. Entorse e distensão foram as lesões mais freqüentes (39%), seguidas de fraturas (25%) e contusões (16%). Os dedos estão envolvidos em 44% dos casos.

    Sobre os tornozelos, um estudo de Bahr et al. (1994) feito em retrospectiva durante a temporada 1991/1992 em duas divisões da Federação Norueguesa de Voleibol nos mostra 63 lesões em 318 atletas em 60.612 horas de treino e 928 partidas. A incidência total de lesões foi de 0,9 +/- 0,12 por 1000 horas jogadas O risco relativo de lesão entre treino e partida jogada ficou em 3,9 (p< 0,001). A maioria dos jogadores (78%) já tinha sofrido lesão no mesmo tornozelo anteriormente.

    Num estudo sobre as lesões no ombro, de Wang e Cochrane (2001), o objetivo foi descobrir a prevalência e incidência de lesões no ombro em atletas de alto nível do sexo masculino. Foram investigadas as principais ações associadas a este tipo de lesão e as características físicas comparativas entre os atletas lesionados e não-lesionados. Cinqüenta e nove atletas da primeira divisão da liga inglesa de voleibol responderam a questionários nas temporadas 1997/1998 e 1998/1999. Vinte e sete atletas tiveram lesão, num total de 29 lesões relatadas. Lesões do tipo por overuse foram as mais comuns.

    No estudo de Carazzato (1992), os locais apontados como os de maior incidência de lesões foram: o joelho (26%), o tornozelo (19%), a coluna (13%), a mão (13%) e o ombro (7%).

    Enfim, vários estudos apontam para as causas, incidências, tipos de lesão e regiões corporais acometidas, mas, segundo Chiappa (2001), para o conhecimento da epidemiologia do voleibol deve-se primeiramente padronizar os conceitos de lesão e dos seus tipos, e incluir estas nomenclaturas padronizadas nas pesquisas; isto tornaria as pesquisas mais compreensivas e adequadas, além destas fornecerem dados "reais", dando uma dimensão mais próxima da incidência geral e incidência específica por tipos de lesão.

Exercícios Funcionais na Fisioterapia

Para quem lida com Fisioterapia Desportiva, os Exercícios Funcionais são uma importante ferramenta para a atuação do Fisioterapeuta. Se você quiser saber mais sobre o assunto, conheça o guia Exercicios Funcionais para Fisioterapia. Clique aqui e saiba mais!

Referencias bibliográficas:

Brinner, W.W.; Kacmar, L Common injuries in Volleyball: Mechanisms of injurie, prevention and reabilitation. Sports Medicine, vol. 24, N° 1, p. 65-71, Jul./ 1997.

Carazzato, J.G. et al. Incidência de lesões traumáticas em atletas competitivos de dez tipos de modalidade esportiva. Trabalho individual de duas décadas de especialistas em medicina esportiva. Revista Brasileira de Ortopedia, vol. 27, n° 10, p. 745-758,1992.

Chiappa, G.R. e Colaboradores. Fisioterapia das lesões no voleibol: abordagem das principais lesões, seus tipos, fatores biomecânicos. São Paulo: Robe Editorial, 2001.

Ferreti, A. et al. Knee injuries in volleyball. Sports Medicine, Vol 10, nº 2, p. 132-138, 1990.

Gaya, A. As Ciências do desporto: introdução ao estudo da epistemologia e metodologia da investigação científica referenciadas ao desporto. Portugal. {1990}

Lysens, R. J; Weerdt, W. ; Nieuwboer, A. Fatores associados com a predisposição para a lesão. Sprint, p. 40-44, Jul/Ago 1995.

Nardelli, J. C. C. Estudo Epidemiológico das lesões do Aparelho locomotor em atletas de voleibol de alto nível. 2001. Dissertação de mestrado. USP. São Paulo. 2001.

Nascimento, L. F. Preparação Física. In: Voleibol: Curso de treinadores nível I. Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), 1997.

Peterson, L; Renström, P. Lesões no Esporte: prevenção e tratamento. 3° Edição, São Paulo: Manole, 2001.

A principal causa de lesões do Joelho no Hiit

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Os treinos de alta intensidade (HIIT) realmente trazem bons resultados, mas, como qualquer atividade física, pode provocar danos à saúde quando realizados de forma equivocada, exagerada ou sem orientação de um profissional qualificado.

O joelho é uma articulação que pode sofrer com a forma equivocada e exagerada da prática do Hiit.  Um dos fatores que trazem um pouco mais de preocupação para as lesões no joelho são o fato de que a lesão, na maioria dos casos, só é percebida quando se sente incômodo ou muita dor na articulação.

As mais comuns são o desgaste das cartilagens e dos meniscos, assim como as lesões nos tendões e nos ligamentos.

Os ligamentos são responsáveis por estabilizar a articulação, limitando alguns movimentos e mantendo os ossos no seu devido lugar. Quando falamos em lesões no joelho relacionadas aos ligamentos, estas podem ser de dois tipos:

Lesões de estiramento: na qual não há a ruptura do ligamento, mas ocorre um alongamento dos ligamentos além dos limites normais;

Ruptura do ligamento: nesses casos o alongamento se dá de tal forma que ocorre a ruptura do ligamento, ou este se rompe devido a uma causa mecânica ou externa.

A maioria das lesões ocorrem entre jogadores de futebol, vôlei, tênis e atletas que realizam a corrida devido à sobrecarga exercida sobre a articulação.

Lesões durante a corrida: é comum não nos preocuparmos com o tipo \de pisada no chão nem com os declives e o relevo do percurso da corrida. Por vezes procuramos lugares assim para dar adrenalina ao treino. Eis o perigo. Locais irregulares podem ocasionar tendinopatias;

Lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA): lesões no LCA podem ser decorrentes de corrida, entorses ou excesso de carga. Uma preocupação é que a recuperação é lenta e difícil, além de vir acompanhada de muita dor e inflamação;

Luxação patelar: ocorre quando a patela é deslocada da articulação, muito frequente em mulheres;

Lesão no menisco: o menisco é responsável por absorver os impactos. Exercícios com movimentos de giro podem ocasionar esse tipo de lesão.

Principais sintomas das Lesões no Joelho

A sintomatologia das lesões é bem comum. O que varia é a intensidade dos sintomas.

A dor e o inchaço são geralmente os primeiros a aparecer. Além de fortes dores musculares na região do joelho e nas regiões próximas, podem ocorrer em alguns casos os chamados espasmos musculares. Também é comum a rigidez na região.

A principal forma de prevenção para essas lesões não se firmarem é o tratamento de desequilíbrios neuromusculares ou fraqueza em certos grupos musculares, que são muitas vezes as raízes das dores que os pacientes relatam.

Os treinos de alta intensidade são ótimos para a saúde física e mental, mas se você não estiver tão condicionado quanto acredita, acaba imprimindo estresse excessivo no tecido mole e nas articulações.

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Osteopatia e o Esporte

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A Osteopatia é uma técnica de terapia manual que visa restabelecer o equilíbrio do corpo. Não faz parte da fisioterapia convencional, e também não quer dizer “doença do osso”, como o nome pode sugerir.

O fisioterapeuta, apenas com o recurso de suas mãos, trata diversos tipos de patologias, atuando na CAUSA do problema, e não tratando apenas os sintomas de tal patologia. Na grande maioria das vezes, quando uma pessoa tem dor em uma articulação, alguma outra articulação próxima (ou algumas outras) também está envolvida na lesão. Tratando apenas o local da dor, esta lesão provavelmente terá recidiva, uma vez que o equilíbrio do corpo não foi priorizado e restabelecido.

E o mais interessante e gratificante da técnica é que os resultados são rápidos, e a melhora significativa. E esse é um dos pontos que esta técnica se encaixa tão bem com o esporte, pois atletas precisam de resultados rápidos, mas nada que camufle sua dor, e sim trate-a através de sua raíz.

Este método de tratamento é indicado principalmente para dores na coluna, tanto lombar, cervical ou torácica, dores na pelve, virilha e quadril, como também é indicado para dores no ombro, joelho, tornozelo. E para os famosos “jeitos”, é uma ótima solução!

Além do tratamento de dores, esta técnica trabalha também em cima da correção de alterações posturais. Um exemplo comum que acontece com atletas é de suas lesões se concentrarem sempre de um lado (na perna direita, por exemplo). Isso pode ser causado devido à um desequilíbrio da pelve, causa ou conseqüência de desequilíbrios dos músculos ao redor da pelve. Se um músculo está encurtado, ou rígido, ele pode “puxar” o osso o qual ele se insere, por exemplo, e isso já faria com que o osso “saísse fora do lugar”. Isso já causaria um desequilíbrio, e com isso outras estruturas iriam sair de seu equilíbrio também... A Osteopatia agiria em cima disso, ajudando todas as estruturas a voltarem a seu equilíbrio, acabando com qualquer tipo de compensação.

Além disso, ela também é indicado para atletas como prevenção de possíveis lesões.

O tratamento dura de 50 min a 1hora, e na primeira sessão já é possível obter resultados significativos. A técnica faz seu diagnóstico próprio, não excluindo o diagnóstico do médico, e durante a sessão, avalia e trata consecutivas vezes, buscando o melhor caminho para solucionar o problema.


Por Silvia Guedes – Fisioterapeuta formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais / Especialista em Fisioterapia Esportiva pela PUC-MG e em Osteopatia pela Escola Brasileira de Osteopatia

Efeito da Laserterapia de Baixa Intensidade no Tratamento de Lesões Musculares por Esforço em Atletas: Uma Revisão da Literatura

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Após grandes esforços em atividades físicas extenuantes, especialmente com contrações excêntricas, há um declínio no desempenho contrátil do músculo, que normalmente se recupera após descanso (ALMEIDA et al, 2012; LOPES-MARTINS, 2006). A partir desses esforços, a musculatura pode tornar-se mais suscetível a lesões musculares, que representam um dos traumas esportivos mais comuns nos atletas, adiando o retorno à modalidade esportiva por semanas ou meses (BORATO et al, 2008; SENE, SHEMANO, PICADO, 2008; RENNO et al, 2014).

Essa lesão muscular induzida pelo esforço é conhecida como fadiga muscular e tem como características comprometimento do controle motor, diminuição de força e dor muscular tardia (LOPES-MARTINS, 2006; LEAL JÚNIOR et al, 2010). Como causas da fadiga, estão a inibição neural de acoplamento excitação-contração e a hipóxia muscular (LOPES-MARTINS, 2006).

As células musculares lesionadas não são substituídas por células novas. No sistema musculoesquelético são obtidos núcleos satélites adicionais que se multiplicam, diferenciam em miofibrilas e se fundem com as fibras danificadas. Essas células diferenciadas auxiliam na capacidade regenerativa do músculo esquelético por meio de mecanismos intrínsecos, restabelecendo a função contrátil (BORATO et al, 2008; FERNANDES, PEDRINELLI, HERNANDEZ, 2011).

A laserterapia de baixa intensidade (LBI) é um procedimento fisioterapêutico utilizado nas lesões musculoesqueléticas devido às suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, cicatrizantes, de neoformação vascular e de reparação do músculo esquelético (BORATO et al, 2008; ALVES e ARAÚJO, 2011; MOREIRA et al, 2011; TUMILTY et al, 2012). Albertini et al (2004) afirmaram que há aumento do número de mitose e desenvolvimento de célula epitelial, o que promove um aumento da vascularização e da síntese de colágeno feita pelos fibroblastos no sítio da lesão, ocorrendo melhor organização do tecido após cinco dias de tratamento (REIS et al, 2008).

Borato et al (2008) e Santos et al (2010) relatam que a radiação laser ativa a síntese de proteínas regulatórias das células satélites do músculo esquelético, que irão se diferenciar e regenerar esse tecido após uma lesão.

A LBI também pode retardar a fadiga muscular devido ao aumento da microcirculação local e da função mitocondrial em células musculares, pois transfere elétrons ao longo da cadeia respiratória mitocondrial e gera adenosina tri-fosfato (ATP), inibindo a isquemia local e ativando o metabolismo celular (SANTOS et al, 2010; MACIEL et al, 2013; REIS, NOGUEIRA, 2013; GOMES et al, 2014). Este aumento de energia somado à elevação do gradiente iônico e da neurotransmissão pode aumentar a atividade muscular (MACIEL et al, 2013).

O objetivo deste trabalho é sintetizar os estudos sobre a utilização da LBI nas lesões musculares por esforço, visto que é um tratamento bastante utilizado na prática clínica da fisioterapia com o intuito de devolver o atleta à atividade física com maior desempenho e menor risco de novas lesões.


MATERIAIS E MÉTODOS

Desenho do estudo e coleta de dados:

Revisão de literatura realizada no período de abril a junho de 2014. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PEDro, PubMed e SciELO. Os descritores/palavras-chave utilizados foram: "laser terapia de baixa intensidade/ low level laser therapy", "laser terapia e músculo/ laser therapy and muscle", "laser terapia e músculo esquelético/ laser therapy and muscle skeletal".
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Critérios de elegibilidade:

Foram avaliados artigos que abordaram a utilização da radiação laser de baixa intensidade (1 a 300 mW) como tratamento de algum tipo de lesão muscular em atletas. Não houve restrição de data ou idioma. Os trabalhos feitos com diodo terapia (cluster) ou com combinação de mais de um laser (interferencial) não foram incluídos. Também foram excluídos os artigos que utilizavam outro tipo de tratamento para a lesão muscular; estudos realizados com idosos (>60 anos); as publicações em que a lesão muscular era ocasionada por alterações metabólicas, genéticas ou neurológicas; os estudos em que o laser de baixa potência era utilizado em lesão que não fosse muscular, os trabalhos realizados em animais e aqueles artigos que já tinham sido encontrados em base de dados anterior. Apenas os ensaios clínicos foram utilizados.

RESULTADOS

A pesquisa realizada em três bases de dados eletrônicas identificou 420 artigos. Neste grupo havia artigos que não correspondiam ao tema central de estudos, que foram excluídos a partir da pré-seleção feita com a leitura do título e do resumo (abstract). Desta forma, foram pré-selecionados 42 artigos, 24 estavam em duplicidade, restando 18 artigos para a produção deste estudo (Tabela 1).

efeito-da-laserterapia-1
Destes 18 artigos incluídos, 3 foram descartados por indisponibilidade ao acesso do texto completo e 10 foram descartados porque, embora no resumo a menção fosse de terapia laser, no corpo do texto a descrição era de terapia com clusters. Na tabela 2 estão os artigos selecionados e suas metodologias. As técnicas e resultados obtidos encontram-se na tabela 3.

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DISCUSSÃO

A fadiga muscular é uma situação muito comum na vida esportiva do atleta, que afeta o desempenho esportivo. Uma das formas de melhorar a performance na atividade física é aumentar a ação muscular, com maior número de repetições e ampliação da força antes da falha de contração muscular.

A literatura revisada apresentou resultados divergentes acerca da efetividade do laser de baixa intensidade (LBI) na recuperação da lesão muscular, devido à diversidade de populações estudadas. Em dois estudos (Leal Júnior et al, 2009b; Maciel et al, 2013) dos seis artigos avaliados, não houve diferenças do trabalho muscular entre os grupos de aplicação de laserterapia de baixa intensidade e grupo placebo. Entretanto, em dois destes trabalhos (Leal Júnior, 2008; Leal Júnior et al, 2009a) houve um aumento do número de repetições de contração muscular após a aplicação do laser, o que representaria uma melhora da performance muscular.

Nos estudos onde foram avaliados o trabalho muscular e a fadiga ao exercício, verificou-se a força através do teste de 1 repetição máxima (1-RM), e dois (Leal Júnior 2008; 2009a) mensuraram a fadiga com contrações de 75% 1-RM por 60 segundos, contando o número de repetições realizadas. Maciel et al (2013) também utilizaram eletromiógrafo para mensuração de força. Os demais autores acoplaram célula de carga a dinamômetro ou computador para verificar força e fadiga. Foi visto que no artigo de Maciel et al (2013) não houve alteração de força e fadiga, mas nos trabalhos de Leal Júnior et al (2008; 2009a) encontrou-se aumento do tempo de contração antes de ser detectada a fadiga.

Maciel et al (2013) aplicaram a menor potência de LBI dos estudos desta revisão (30mW) em atletas de voleibol feminino. Não houve modificação da altura do salto vertical e da distância do salto horizontal após a LBI, assim como não houve alterações da fadiga muscular. Entretanto, no grupo placebo, houve um aumento de atividade elétrica do m. gastrocnêmio lateral durante a plantiflexão isométrica em dinamômetro, com cadeia cinética fechada, que não foi estatisticamente significante.

Esses achados corroboram com os de Leal Júnior (2009b), que não verificaram diferença no trabalho muscular de atletas de vôlei e futebol masculino após a LBI. Porém estes autores acharam uma menor produção de enzima creatina-quinase (biomarcador de lesão muscular) após a LBI, o que representaria um menor dano muscular pelo exercício.

Em contrapartida, os estudos Leal Júnior (2008), Leal Júnior (2009a), e Almeida (2012) verificaram um aumento da força e resistência muscular após aplicação de LBI em atletas de atletas de vôlei masculino, vôlei masculino, e homens, respectivamente.

Por meio da medição de lactato sanguíneo no mesmo membro do exercício três minutos após o término da atividade, Leal Júnior et al (2008, 2009a e 2009b) não encontraram diferença significante na redução da produção de lactato após o exercício no grupo em que foi aplicado a LBI imediatamente antes do teste de fadiga, embora o artigo do ano de 2009b (laser de 830 nm) tenha apresentado níveis menores de lactato no sangue quando comparado ao grupo controle.

Ao analisar os artigos acima descritos, foi verificado que a laserterapia de baixa intensidade contribuiu para aumento da performance muscular antes de haver fadiga, seja por aumento de pico de força ou por aumento da resistência de contração. Entretanto, observou-se que a melhora do desempenho muscular não foi encontrada na mesma proporção nos trabalhos, havendo inclusive um artigo com a menor potência de laser sem benefícios de intervenção. A variedade dos parâmetros de intervenção da laserterapia somado ao pequeno número da amostra podem ser os responsáveis pela discrepância nos resultados, o que dificulta a validação dos resultados obtidos nesta revisão de literatura.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora não tenha ocorrido uma unanimidade dos resultados, esta revisão de literatura indica que a laserterapia de baixa intensidade pode atuar aumentando a força e a resistência do músculo, assim como diminuir os níveis de danos musculares após lesões por esforço. Devido a ausência de padronização dos dados e populações, as indicações para a clínica seriam de 100 segundos por ponto, com utilização de 50mW de potência para aumento de força e resistência; para a pesquisa científica seriam necessárias a verificação de quais parâmetros e medidas poderiam auxiliar na redução da produção de lactato e no aumento do trabalho muscular, assim como estudos que avaliassem os efeitos do aumento das dosagens para as medidas de força e fadiga nessa população.

REFERÊNCIAS

ALBERTINI, R. et al. Effects of different protocol doses of low power galliumaluminum- arsenate (Ga-Al-As) laser radiation (650 nm) on carrageenan -induced rat paw o edema. J. Photochem. Photobiol. B., v. 74, p. 101–107, 2004. IN: MOREIRA, F.F. et al. Laserterapia de baixa intensidade na expressão de colágeno após lesão muscular cirúrgica. Fisioterapia e Pesquisa: São Paulo, v. 18, n. 1, p.37-42, jan.-mar. 2011.

ALVES, M.P.T.; ARAÚJO, G.C.R. Laserterapia de baixa intensidade no pós-operatório as síndrome do túnel do carpo. Rev. Bras. Ortop., v. 46, n. 6, p. 697-701, 2011.

ALMEIDA, P. et al. Red (660 nm) and infrared (830 nm) low-level laser therapy in skeletal muscle fatigue in humans: what is better? Lasers Med. Sci., v. 27, p. 453-458, 2012.

BORATO, E. et al. Avaliação imediata da dor e edema em lesão muscular induzida por formalina e tratada com laser 808nm. Rev. Bras. Med. Esporte, v.14, n.5, p. 446-449, set.-out. 2008.

FERNANDES, T.L.; PEDRINELLI, A.; HERNANDEZ, A.J. Lesão muscular – fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e apresentação clínica. Rev.Bras. Ortop., v.46, n.3, p.247-255, 2011.

GOMES et al. Efficacy of pre-exercise low-level lasertherapy on isokinetic muscle performance in individuals with type 2 diabetes mellitus: study protocol for a randomized controlled trials. Trials, v. 15, n. 116, p. 1-8, 2014.

LEAL JÚNIOR, E.C.P. et al. Effect of 605-nm low level laser therapy on exercise-induced skeletal muscle fatigue in humans. Photomedicine and Laser Surgery, v. 26, n. 5, 2008.

LEAL JÚNIOR, E.C.P. et al. Effect of 830 nm low-level laser therapy in exercise-induced skeletal muscle fatigue in humans. Lasers Med. Sci, v. 24, n. 3, p. 425-31, mai. 2009a.

LEAL JÚNIOR, E.C.P. et al. Effect of 830 nm low-level laser therapy apllied before high-intensity exercises on skeletal muscle recovery in athletes. Lasers Med. Sci., v. 24, n. 6, p. 857-863, 2009b.

LEAL JÚNIOR, E.C.P. et al. A laserterapia de baixa potência melhora o desempenho muscular mensurado por dinamometria isocinética em humanos. Fisioter. Pesq., v. 17, n.4, p. 317-321, 2010.

LOPES-MARTINS, R.A.B. Effect of low-level laser (Ga-Al-As 655 nm) on skeletal muscle fatigue induced by electrical stimulation in rats. J. Appl. Physiol., v. 101, p. 283-288, jul. 2006.

MACIEL, T.S. et al. A influência do laser 830nm no desempenho do salto de atletas de voleibol feminino. Rev. Bras. Eng. Bioméd, v.29, n.2, p. 199-205, jun. 2013

MOREIRA, F.F. et al. Laserterapia de baixa intensidade na expressão de colágeno após lesão muscular cirúrgica. Fisioterapia e Pesquisa: São Paulo, v. 18, n. 1, p.37-42, jan.-mar. 2011.

REIS, S.R.A. et al. Effect of 670-nm Laser Therapy and Dexamethasone on Tissue Repair: A Histological and Ultrastructural Study. Photomed. Laser Surg. 2008;26:307-13. In: MOREIRA, F.F. et al. Laserterapia de baixa intensidade na expressão de colágeno após lesão muscular cirúrgica. Fisioterapia e Pesquisa: São Paulo, v. 18, n. 1, p.37-42, jan.-mar. 2011.

REIS, F.A.; NOGUEIRA, G.B. Laserterapia nas lesões musculares do esporte. In: Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva; MENDONÇA, L.M.; VEZZANI, S., organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Esportiva e Traumato-ortopédica: Ciclo 2, v.3. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 2013.p. 141-166.

RENNO, A.C.M. The effects of Low Level Laser Therapy on Injured Skeletal Muscle. Braz. Arch. Biol. Technol., v.57, n.1,p. 48-54, jan.-fev. 2014

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SENE, G.L.; SHIMANO, A.C.; PICADO, C.H.F. Recuperação mecânica muscular com laser. Acta Ortop Bras., v; 17, n. 2, p. 46-49, 2008.

TOMA, R.L. et al. Effect of 808 nm low-level laser therapy in exercise-induced skeletal muscle fatigue in elderly woman. Lasers Med. Sci., v. 28, p. 1375-1382, 2013.

TUMILTY, S. et al. Clinical Effectiveness of Low-Level Laser Therapy as an Adjunct to Eccentric Exercise for the Treatment of Achilles' Tendinopathy: A Randomized Controlled Trial. Arch Phys Med Rehabil, v. 93, p. 733-739, 2012.

Use o Treinamento em Suspensão na Fisioterapia Desportiva

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A Suspensão é uma forma de treinamento que une equilíbrio e coordenação motora a fim de garantir um melhor condicionamento físico tanto em alunos iniciantes quanto em alunos profissionais.

Os exercícios de suspensão trabalham com a  resistência corporal, equilíbrio e exigem uma grande força corporal do praticante. Vale ressaltar que exercícios em Suspensão não necessariamente executam movimentos acrobáticos ou invertidos.  O treino em suspensão está ganhando popularidade entre os praticantes de atividade física e claro, podem ser utilizados para prevenção de lesões dentro da Fisioterapia Desportiva. Por isso, esse post falará de 3 objetivos do Treinamento em Suspensão para Atletas.

1) É um ótimo trabalho de Core

Para o Fisioterapeuta que utiliza o Treinamento Funcional ou Pilates no seu trabalho de prevenção ou recuperação com atletas está cansado de saber sobre a importância do Core. É exatamente por esse motivo que o Treinamento Funcional utiliza tantos exercícios com foco no Core. Desde o agachamento até abdominais, todos ajudam a fortalecer e ativar a região.

Uma maneira interessante de ativar o Core é usando movimentos de base instável. Ao treinar o equilíbrio do seu aluno você o força a ativar essas musculaturas para manter a posição. E movimentos feitos no treino suspenso fornecem exatamente isso para a sua aula.

O Treinamento Funcional utiliza diversos acessórios para inserir alguma instabilidade nos seus exercícios: o Bosu, Fitball, balance pad e outros. Está na hora de incluir nessa lista as fitas de suspensão. Através delas seu aluno fará um exercício com instabilidade que pode ser adaptado para qualquer nível.

Durante um movimento o corpo utiliza as musculaturas do Core para manter seu centro de gravidade sob controle. Em movimentos instáveis, como os do treinamento suspenso, o centro de gravidade é deslocado. Dessa maneira conseguimos forçar a ativação do Core para manter a postura e posição ereta durante o exercício.

Essa ativação acontece em todos os exercícios do treinamento suspenso. Por sua eficiência no fortalecimento de Core, a fita de suspensão foi introduzida até na reabilitação.

2) Ajuda a Melhorar o Equilíbrio

Já tentou fazer uma prancha com os pés suspensos pela fita de suspensão? Se a resposta foi sim tenho certeza que você entende como o treinamento suspenso contribui para o equilíbrio.

A instabilidade está sempre presente nesses exercícios. Além de fortalecer o Core, essa característica também ajuda seu aluno a ficar mais equilibrado. Ele aprende a controlar o corpo e a postura durante os exercícios aos poucos, tornando-se cada vez melhor nesse tipo de movimento.

Lembrando que o exercício não precisa ser extremamente desafiante se o seu aluno for iniciante. Você pode começar com uma base mais estável e uma menor resistência na musculatura.

Não exija demais do seu aluno antes que ele esteja preparado para executar o movimento. Eventualmente ele começará a evoluir e conseguirá realizar exercícios com uma base bastante instável.

Por existir essa possibilidade de facilitar os exercícios no treino suspenso ele é também uma boa maneira de preparar seus alunos. Peguemos o exemplo de um aluno que tem dificuldade para realizar um exercício na Fitball, por exemplo. Para prepara-lo você pode utilizar o mesmo movimento na fita de suspensão, mas feito de maneira facilitada.

Assim o praticante consegue se acostumar à instabilidade moderada da fita de suspensão. Depois ele consegue evoluir para movimentos mais avançados em outros acessórios ou até na própria fita.

3) Ajuda a Melhorar a Postura

De certa maneira, esse motivo está relacionado ao resultado dos dois tópicos anteriores. Ao fortalecer o Core seu aluno está mais preparado para estabilizar a coluna durante os movimentos.

Precisamos sempre lembrar que não existe uma postura estática. Ela deve ser mantida durante todos os movimentos realizados no dia-a-dia, e a única maneira de fazer isso é com um Core bem ativado.

Na verdade, a fraqueza do Core está por trás de diversos problemas posturais.

Outro fator que auxilia na manutenção da postura é a instabilidade gerada pelo treinamento suspenso. Você sabe qual é o grande desafio dos alunos durante esses exercícios? Manter a coluna ereta sem realizar compensações.

Com eles conseguimos descobrir quais são as principais compensações que estão afetando os movimentos do aluno e corrigi-las. Isso vale para qualquer movimento, desde um agachamento até uma prancha em suspensão.

Use a fita de suspensão nas suas aulas como aliada para corrigir os problemas posturais. Sabemos que a vida sedentária levada por boa parte dos alunos é um vilão que causa cada vez mais problemas e dores na coluna. Se realmente queremos ajuda-los devemos lembrar sempre da postura.

Concluindo...

No caso dos atletas, o treino suspenso é bastante exigente em questões como coordenação motora, força e flexibilidade. Os movimentos realizados no equipamento envolvem diversas articulações e geralmente são realizados em todos os planos. Assim, exigimos mais do sistema nervoso que consegue aprimorar sua coordenação.

O melhor curso!

O melhor curso para aprender a trabalhar com fitas de suspensão é VOLL Suspension. Ele foi desenvolvido por profissionais da Fisioterapia e da Educação Física, com prática e teoria sempre alinhadas: oferecemos para nossos alunos um material didático GRATUITO para consulta. Além disso, você terá acesso à plataforma do aluno, com 80 exercícios bônus além do curso VOLL Suspension. Clique aqui!


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