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Channel: FISIOTERAPIA DESPORTIVA
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Treinamento muscular excêntrico na Fisioterapia Esportiva

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Nos últimos anos nenhum outro aspecto de carga muscular (tensão específica aplicada a unidade músculo-tendínea) tem sido mais descrito, discutido ou investigado na literatura científica e prática clínica do que o movimento excêntrico.

O termo excêntrico  é definido como sendo "uma carga muscular que envolve a aplicação de uma força externa com aumento de tensão durante o alongamento físico da unidade músculo-tendínea" ou seja (Fortalecer quando o musculo se alonga ou Fortalecer afastando origem da inserção).

A força gerada pelo músculo em contração e a alteração resultante de seu comprimento são dependentes de três fatores: do comprimento inicial; da velocidade com que ocorre a alteração do comprimento; e das cargas externas atuando em oposição ao movimento.

Evidentemente, com o crescente número de pesquisas e trabalhos científicos envolvendo o trabalho muscular excêntrico, alterou-se definitivamente a concepção equivocada e simplista de que a contração muscular excêntrica seria única e meramente o retorno, ou a segunda fase dos movimentos isotônicos.

Quando se leva em consideração a fase excêntrica do movimento, sobretudo aplicada aos programas de treinamento humano (na reabilitação ou não), devem-se avaliar os benefícios, vantagens e principalmente as precauções que são excepcionalmente distintas quando relacionadas à fase concêntrica dos exercícios isotônicos.

O treinamento excêntrico certamente aplica-se de forma bastante eficiente a várias populações, podendo ser útil desde disfunções geriátricas articulares até programas de treinamento atlético de elite.

Os Benefícios do treinamento muscular nos programas de fisioterapia desportiva e do treinamento muscular multimodal durante a reabilitação tem sido amplamente aceito, e a carga excêntrica fornece um elemento especializado durante a reabilitação do atleta lesionado, haja vista que o uso do treinamento excêntrico irá preparar o atleta de forma mais eficiente durante momentos em que uma ação excêntrica for requerida para a prática esportiva eficiente e segura ou mesmo para as demandas funcionais impostas pelo cotidiano.

Portanto, torna-se notório que o condicionamento muscular excêntrico reproduz as exigências biodinâmicas que serão impostas aos atletas ao retornarem à prática desportiva.

Muitas atividades esportivas requerem ação muscular excêntrica de alto nível (em termos de velocidade, repetição e intensidade) tanto para desempenho máximo quanto para proteção das articulações sinoviais e tecidos moles adjacentes.

Outra função extremamente relevante para a Fisioterapia acerca do condicionamento muscular excêntrico reside no fato deste poder atuar de forma preventiva em relação às lesões musculares induzidas pelo  over-training,  ou síndrome do super treinamento em atletas de alto nível. Embora uma simples sessão de exercício excêntrico possa induzir a uma lesão muscular significativa, ela também confere ao músculo uma proteção considerável contra lesões similares resultantes de sessões subsequentes de exercícios de alta intensidade que constituem prática corrente nos programas de treinamento desportivo de alto nível.

As contrações musculares excêntricas, particularmente empregadas na reabilitação de várias lesões relacionadas ao desporto, são fundamentais para desacelerar o movimento de um membro, sobretudo durante as atividades dinâmicas de alta velocidade inevitavelmente requeridas durante a prática esportiva.

Os déficits de força ou a incapacidade dos músculos em tolerar as cargas excêntricas a eles impostas (ressaltando que determinados gestos desportivos podem atingir uma velocidade angular de até 8000º/s – graus por segundo) podem predispor o atleta descondicionado excentricamente a inúmeras lesões. Alguns estudos sugerem que lesões na musculatura dos isquiotibiais, em atletas de corridas de curta distância, estão, dentro de outros fatores, relacionados a pouca força excêntrica dessa musculatura.

Tendo em vista essa problemática, torna-se imperativo que mais pesquisas acerca do Treinamento Excêntrico sejam produzidas e divulgadas nacionalmente tanto pelos fisioterapeutas quanto pelos educadores físicos para que cada vez mais pessoas (atletas profissionais ou não) possam se beneficiar amplamente do treinamento muscular multimodal, criativo e eficiente e que fundamentalmente não negligencie a devida importância que deve ser atribuída à fase excêntrica dos movimentos isodinâmicos durante o processo de reabilitacão e de preparação física funcional do atleta, levando a um retorno mais seguro e precoce à sua prática desportiva.


Hino, AAF; Reis, RS; Rodriguez-Añez, CR; Fermino, RC. Rev. bras. med. esporte;15(1):36-39, jan.-fev. 2009. tab.

Fisioterapia no Futsal

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O Futsal é um esporte muito rápido, com muitas mudanças de direções em um curto espaço, isso faz com que o contato seja inevitável e que além das lesões a
traumáticas também ocorram muitas lesões por traumas diretos.


As lesões que ocorrem nesse esporte estão relacionadas a fatores de risco que podem ser classificados em Fatores de risco Intrínsecos e Extrínsecos.

Fatores Intrínsecos: São aqueles que pertencem ao próprio indivíduo, como idade, gênero, déficit de flexibilidade e/ou força muscular, lesão prévia, déficit de controle neuromuscular (propriocepção), entre outras.

Fatores Extrínsecos: São fatores que não pertencem diretamente ao indivíduo como tipo de quadra, calçado esportivo, carga de treinamento, biomecânica do gesto esportivo, etc.

A necessidade de se obter resultados rápidos e eficientes no esporte tem feito com que a fisioterapia esportiva se desenvolva cada vez mais. Este desenvolvimento técnico cientifico tem beneficiado também aqueles que não são profissionais do esporte. Na fase de recuperação o fisioterapeuta trabalha a amplitude do movimento articular, a força muscular, o equilíbrio e a coordenação, a autoconfiança do paciente e o retorno gradual e progressivo as atividades esportivas.

Geralmente as lesões no esporte estão relacionadas à falta de condicionamento físico e a traumas diretos. Essas lesões variam de acordo com a modalidade esportiva.

Os locais que mais sofrem com as lesões no futsal são os membros inferiores, acometendo com maior freqüência as coxas, joelhos e tornozelos. Dentre as lesões mais comuns se destacam lesões musculares que freqüentemente afetam os músculos: Isquiotibiais (mais comum), adutores, Quadríceps (principalmente o músculo Reto Femoral) e pouco menos comum o músculo Tríceps Sural. As lesões articulares também são muito vistas no Futsal, principalmente as entorses de tornozelo e joelho, respectivamente.

A pressão por resultados na Fisioterapia Desportiva

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Dificilmente um fisioterapeuta que trabalha na fisioterapia desportiva não gosta de esporte. Mas ela vem se transformando numa das principais áreas de atuação do Fisioterapeuta na atualidade.

A atualização desses profissionais deve ser constante porque está sujeito a inúmeras e constantes pressões. O Cd de Fisioterapia Desportiva traz artigos e matérias para ajudar na atualização do profissional.

A pressão que o fisioterapeuta recebe para os resultados do seu tratamento, para um retorno funcional no menor tempo possível do atleta à sua prática desportiva.

O trabalho da Fisioterapia Desportiva é específico, pois todas as técnicas têm de ser aplicadas para a obtenção de resultados rápidos e funcionalmente efetivos, pois o atleta mais do que qualquer outro indivíduo precisará de executar todas as funções e o gesto técnico no máximo de potência e amplitude de movimentos. As situações desportivas expõem ao mesmo tempo, sobrecargas posturais, forças excessivas e repetibilidade.

É importante salientar o aspecto preventivo no tratamento das lesões desportivas, quer quando nos referimos a atividade física de alto desempenho ou a um mero coadjuvante de tratamentos médicos.

O fisioterapeuta precisa estar atualizado para usar as mais diferentes técnicas no tratamento. Assim, poderá recuperar mais rapidamente o paciente.

Até a próxima!

Fisioterapia Desportiva e as bandagens funcionais

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Um dos grandes motivos do crescimento da Fisioterapia Desportiva foi a  necessidade de aumentar a duração dos atletas, a maior indicação terapêutica de atividade física e o próprio aumento do número de pessoas que querem usufruir seus benefícios fazem com que aspectos preventivos devam ser encarados como prioridade cada vez maior pelos profissionais da área da fisioterapia desportiva. O que para muitos essa área da fisioterapia é apenas uma intervenção indicada no processo de reabilitação de lesões sofridas pelo atleta. Porém, a fisioterapia desportiva, dedica-se não somente ao tratamento do atleta lesado, mas também a adoção de medidas preventivas a fim de reduzir a ocorrência de lesões.

Sendo assim, o trabalho preventivo deve ser delineado de maneira eficaz com base no levantamento dos fatores de riscos das lesões referentes à modalidade esportiva específica, com o objetivo de que menos lesões venham ocorrer durante as atividades desportivas.

E junto com esse trabalho preventivo surgiram técnicas dentro da Fisioterapia que facilitam esse trabalho, como a Bandagem Funcional.

As bandagens podem servir ainda para estabilizar e proteger uma articulação já sensível por uma lesão prévia. Ela funciona como uma imobilização da área comprometida e, ao comprimir, ainda pode ajudar a nutrir e fortalecer o local.  Quando é usada no sentido da origem do músculo para a parte final, a bandagem pode tonificar o músculo, diminuindo a sensação de fraqueza e aumentando a potência da estrutura. No sentido contrário, pode ajudar no relaxamento muscular e no alívio de dores.

O trabalho de um fisioterapeuta desportivo torna-se diferente dos outros, pois seu trabalho exige rapidez e efetividade. Isso porque a maioria das vezes, o profissional irá atuar no momento em que o atleta estiver em ação durante a partida de voleibol, pois o atleta mais do que qualquer outra pessoa, precisará executar todas as funções do seu corpo, bem como músculos, ossos e articulações no máximo de potência e amplitude para executar perfeitamente todos os seus movimentos.

O Kinesio Taping é uma técnica específica de aplicação sobre e nas adjacências dos músculos para prover suporte articular, normalizar contrações musculares e auxiliar a circulação. E é de fundamental importância que o Fisioterapeuta que trabalha om Esporte ou prevenção esteja familiarizado com ela.  E por isso vou te dar uma dica que é imperdível.

O Curso de Bandagem NeuroMuscular Funcional é um curso de METODOLOGIA INOVADORA com abordagem diferenciada de todos os curso da técnica de bandagem existente no mercado.

E isso se acontece porque a metodologia do curso inclui ideias de cadeias musculares, globalidade da Osteopatia e estabilização segmentar e global... fazendo de nossa metodologia com as Bandagens uma maneira ÚNICA no segmento.

Isso leva a uma melhora significativa na qualidade dos resultados, além de estratégias terapêuticas para aumentar a efetividade do tratamento/prevenção, elevar os resultados financeiro com um atendimento rápido e "simples".



Depois de clicar e saber como funciona o curso, tenho certeza de que o seu conhecimento profissional mudará. É uma ótima forma de se atualizar e aprender mais sobre essa técnica que pode ajudar muito no dia a dia do Fisioterapeuta.

Estiramento muscular durante a prática de atividade física

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O estiramento muscular é uma lesão indireta que se caracteriza pelo alongamento excessivo das fibras musculares, ou alongamento além dos limites normais, também chamados de fisiológicos. Esta lesão é uma das mais frequentes nos esportes em geral, e acarreta modificações significativas nos hábitos de treinamento e competição dos praticantes.

Os músculos posteriores da coxa, os músculos da panturrilha, a musculatura interna da coxa e o músculo anterior da coxa, são mais susceptíveis a esta lesão, também denominada distensão. Estudos científicos indicam a junção músculo-tendão como o principal local de acometimento da lesão, porém qualquer ponto ao longo do músculo é suscetível à mesma. Veja a figura abaixo:

Os estiramentos podem ser classificados de acordo com as dimensões da lesão em:

Grau I – é o estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares (lesão < 5 do músculo). A dor é localizada em um ponto específico, surge durante a contração muscular contra-resistência e pode ser ausente no repouso. O edema pode estar presente, mas, geralmente, não é notado no exame físico. Ocorrem danos estruturais mínimos, a hemorragia é pequena, a resolução é rápida e a limitação funcional é leve. Apresenta bom prognóstico e a restauração das fibras é relativamente rápida.
Grau II – Neste caso, o número de fibras lesionadas e a gravidade da lesão são maiores (lesão > 5 e < 50 do músculo), com as mesmas características da lesão de primeiro grau, porém com maior intensidade. Acompanha-se de: dor, moderada hemorragia, processo inflamatório local mais acentuado e redução da função muscular. A resolução é mais lenta.
Grau III - Esta lesão geralmente ocorre desencadeando uma ruptura completa do músculo ou de grande parte dele (lesão > 50 do músculo), resultando em uma importante perda da função com a presença de um defeito palpável. A dor pode variar de moderada a muito intensa, provocada pela contração muscular passiva. O edema e a hemorragia são grandes. Dependendo da localização do músculo lesionado em relação à pele adjacente, o edema, a equimose e o hematoma podem ser visíveis, localizando-se geralmente em uma posição distal à lesão, devido à força da gravidade que desloca o volume de sangue produzido em decorrência da lesão. O defeito muscular pode ser palpável e visível.
Causas do estiramento

Os fatores predisponentes aos estiramentos são: deficiências de flexibilidade, desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas (agonistas e antagonistas), lesões musculares pregressas, distúrbios nutricionais e hormonais, infecções, fatores relacionados ao treinamento, incoordenação de movimentos, técnica incorreta, sobrecarga e fadiga muscular, má postura durante a execução do treino, discrepância de comprimento de membros inferiores, diminuição da amplitude de movimento, e o mais importante, sem desconsiderar os outros pontos : insuficiência no aquecimento inicial antes da prática dos exercícios.

O aquecimento geral estimula a sinóvia, uma película de revestimento articular, a produzir líquido sinuvial, um líquido que lubrifica e nutre a cartilagem articular. Um aquecimento de 10 minutos aumenta em 13% a produção deste líquido. Então, antes de se exercitar caminhe, movimente não só os membros inferiores nesta caminhada, mas também os superiores. Movimentação livre dos braços e pernas também ajuda.

Porém cuidado! É a contração rápida e explosiva que, fundamentalmente, proporciona o surgimento da lesão. Outros fatores como o estado de condicionamento físico da pessoa, condições climáticas e o estado de equilíbrio emocional, contribuem para o mecanismo de lesão acontecer.
O tratamento

Quando ocorre a lesão, a fase aguda é contida com gelo, repouso, elevação do membro e uso de antiinflamatórios, prescritos por um profissional médico e fisioterapeuta. Nesse caso, é obrigatório aguardar a reparação muscular, pois o processo cicatricial resultante deve ser bom e isto ocorre, em média, num período de 4 semanas. Após este período, iniciam-se os alongamentos. Se alongarmos antes, as fibras musculares não se recompõem - é como se arrancássemos a "casquinha do machucado", demorando mais para sarar.

Mas há exceções, quando todo processo de reabilitação de um atleta deve ser o mais rápido possível, para ele voltar à ativa o quanto antes. A fisioterapia acelera esta resolução cicatricial com o uso de laser e ultra-som fisioterapêutico, facilitando o trabalho.

Após esta sequência inicial de cuidados específicos, iniciam-se os exercícios gerais. Os exercícios de recuperação funcional, que estão em alta hoje na mídia, têm como objetivo retornar o indivíduo à sua atividade de costume, antes da lesão. Além de restaurar a estabilidade funcional e os padrões de movimentos específicos do atleta, minimizando o risco de nova lesão.

No geral, a evolução é feita de modo gradativo. O treino, inicialmente, deve ser feito com baixa intensidade, respeitando as suas limitações e a ocorrência de dor eventual.

Autores
Milena Carrijo Dutra

Fisioterapeuta, especialista em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Contato: milenadutra@bol.com.br
Luzimar Raimundo Teixeira

Doutor em Educação Física pela Universidade de São Paulo – USP

Contato: luzimar@usp.br

Esportes de alto impacto x Osteoartrite de Joelho

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Atletas masculinos que praticam esporte de alto impacto, como futebol, handebol e rugby, correm mais risco de sofrer de osteoartrite de joelho e quadril que o grupo que se exercita pouco. É o que diz um estudo sueco publicado no American Journal of Sports Medicine.

No estudo, os praticantes de futebol e handebol apresentaram o dobro de risco para problemas articulares. E os jogadores de hóquei têm o triplo de chance. A osteoartrite acontece quando a cartilagem que amortece as articulações se desgasta muito. Esta alteração leva os ossos a entrarem em contato direto, causando inflamação, e dor, impedindo movimentos.

- A osteoartrite de quadril e joelho nos atletas de elite masculinos é mais comum do que se pensava - disse Magnus Tveit, da Universidade de Lund, na Suécia, e um dos autores.

A pesquisa envolveu mais de 700 ex-atletas suecos, entre 50 e 93 anos, que haviam praticado esportes profissionalmente, incluindo integrantes de delegações de Jogos Olímpicos; e quase 1.400 homens da mesma idade, pouco ativos ou sedentários. No grupo de atletas, foram selecionados ex praticantes de atividades físicas de alto impacto e de baixo impacto, como atletismo, natação e ciclismo.

Segundo os autores, o risco de sofrer de artrite de quadril ou joelho foi 85% maior nos atletas de elite. Entre os esportistas que foram submetidos a uma cirurgia articular, o perigo dobrava. E no grupo que fazia pouco ou nenhum exercício este índice era de 19%.

- O exercício regular é importante para a saúde e o bem-estar, mas certos tipos de atividades aumentam a chance de lesões - afirmou Joseph Buckwalter, especialista em osteoartrite e medicina desportiva da Universidade de Iowa que não participou do estudo.

Tveit acrescentou que um corredor de meia idade com sobrepeso que pensa correr em um nível intenso deve buscar melhores maneiras de se manter em forma. E recomenda esportes ou atividades de menor impacto, como caminhada, natação, ciclismo e ioga.

Publicado em 20/12/11 e revisto em 16/02/17


Lesões em esportes e cuidados a serem tomados!

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O risco de lesões na prática de esportes existe, por mais que o praticante tome cuidado. Porém, há alguns aspectos que podem fazer com que essa lesão não ocorra.

O risco de praticar esportes sem avaliação médica e acompanhamento profissional é de sofrer lesões em diversos membros. Entre as principais, estão distensão ou estiramento muscular, dor cervical, luxação no ombro, distensão na lombar, inflamação dos músculos e tendões do antebraço, desalinhamento da rótula e desgaste da cartilagem do joelho, dores nos músculos próximos aos ossos da canela, torção do tornozelo, inflamação do tendão de Aquiles e inflamação da parte acolchoada da planta do pé. Geralmente, esses problemas são causados pelo uso excessivo da região afetada sem o devido preparo

Antes de iniciar a atividade física, é preciso procurar profissionais que façam uma avaliação do histórico de saúde do paciente e familiares, as lesões que possa ter sofrido e os objetivos a serem atingidos. Medidas corporais (perímetros, estatura, peso, composição corporal – massa magra e gorda), avaliação postural e testes específicos de flexibilidade, força, resistência muscular, cardiorrespiratório, equilíbrio e potência também serão obtidos. Dependendo da idade, alguns exames complementares podem ser solicitados.

Mesmo que haja cuidado para a prevenção dos danos físicos,  elas podem ocorrer. Para a maioria dos atletas amadores, o dano normalmente não é grave. Na verdade, a maior parte das lesões pode ser tratadas em casa, seguindo os seguintes procedimentos.

Descanse
Pare imediatamente qualquer exercício ou movimento da parte do corpo lesada. O descanso proporciona melhora. Use um apoio (pode ser uma muleta) para evitar colocar o peso sobre a perna, joelho, tornozelo ou pé, e use uma tala ou tipóia para imobilizar o braço com lesão.

Gelo
Aplique gelo o mais rápido possível. O frio causa uma vasocontrição, ou seja, faz com que as veias se contraiam, ajudando a parar sangramentos internos. Com isso, acumula-se o mínimo possível de sangue no local da lesão. A aplicação deve ser feita por aproximadamente 30 min, depois o gelo deve ser removido por 2 horas até a pele esquentar. Repita a aplicação do gelo por 3 a 5 vezes diariamente. Atenção: nunca ponha coisas quentes sobre uma lesão. O calor dilata os vasos sangüineos, resultando em inchaço. O calor só é apropriado após o término de sangramento interno, usualmente 72 horas após um deslocamento ou luxação.

Compressão
Envolva a lesão com uma bandagem elástica ou um pedaço de pano para reduzir o inchaço, diminuir a movimentação e o esforço na área lesada. Mantenha a bandagem firme, mas não aperte em excesso.

Elevação
Elevar a área de lesão acima do nível do coração, se possível, para que a gravidade drene o excesso de fluxo sangüineo. Este procedimento também diminui o inchaço e a dor.

Além destes procedimentos, você poderá utilizar um analgésico para aliviar as dores provenientes de músculos, tendões e ligamentos lesados.

Aspectos preventivos no esportes

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O aspecto preventivo no tratamento das lesões esportivas reveste-se de muita importância quer se discuta atividade física de alto desempenho quer como mero coadjuvante de tratamentos médicos.

A necessidade de aumentar a longevidade dos atletas, a maior indicação terapêutica de atividade física e o próprio aumento do número de pessoas que querem usufruir de seus benefícios fazem com que os aspectos preventivos devam ser encarados com prioridade cada vez maior pelos profissionais da área de medicina esportiva.

O desempenho esportivo de cada pessoa é baseado na interação de aspectos cognitivos, capacidades físicas e psicológicas, que, na presença de certos fatores externos associados a condições limitantes, levam à aptidão física.

A ocorrência de lesões esportivas é decorrência de inter-relação ente o atleta e o esporte praticado.

Toda atividade física gera uma sobrecarga em algum ponto do aparelho locomotor. Se esta sobrecarga fica circunscrita à capacidade fisiológica do organismo de se recuperar, não há a instalação de um processo patológico.

A base de todas as teorias envolvidas no trabalho de prevenção das lesões leva em conta a capacidade de se avaliar adequadamente as limitações de quem pratica o esporte associada ao conhecimento da magnitude e tipo de sobrecarga que a prática do esporte gera. Atletas bem condicionados sofrem um menor número de lesões.

Os aspectos intrínsecos (relacionados ao atleta) como biótipo do atleta, presença de lesões prévias, capacidades físicas desenvolvidas, presença de alterações corporais, desequilíbrios musculares presentes, são tão importantes nesta análise quanto os extrínsecos (relacionados ao esporte), por exemplo: tipo de esporte, material utilizado, regras utilizadas, quantidade e tipo de treinamento ministrado.

Os erros de treinamento, porém, são os maiores responsáveis pelas lesões esportivas (60% segundo JAMES, 1978). Estes erros geralmente são causados por: quantidade inadequada de treino (muita intensidade), técnica inadequada de execução e avaliação inadequada das capacidades e/ou necessidades do atleta.

A quantidade de treino que se aplica a um atleta é um produto das variáveis: freqüência, intensidade e duração. Cada período de treino (preparatório, competição intermediário) tem sua quantidade específica previamente determinada segundo as peculiaridades de cada esporte e respectivo calendário. Cada período de treino será subdividido em: microciclos (por ex.: planilhas de treino semanais, mesociclos (planilhas de treino mensais ou bimensais) e macrociclos (uma visão mais panorâmica das atividades do atleta levando em conta seus ápices de desempenho escolhidos).

Organizar e quantificar um trabalho de treinamento é a melhor forma para que treinadores, médicos, profissionais de educação física e terapeutas falem a mesma língua visando identificar pontos de risco neste cronograma de treino, evitando tanto o supertreinamento ou o mal condicionamento, ambos muito frustrantes para toda a equipe.

Três aspectos são básicos quando se discute treinamento: força muscular, flexibilidade articular e capacidade cardio-respiratória.

O trabalho muscular tem como dado primordial a carga máxima que um músculo pode suportar num determinado movimento. Temos que lembrar que nunca um movimento é executado por apenas um músculo e que sempre existe um músculo antagonista modulando a execução deste movimento. O trabalho muscular como qualquer outro deve ser o mais específico possível para o esporte praticado, para que o músculo desenvolva as capacidades necessárias para a execução repetitiva dos atos motores seqüenciais determinados pelo esporte.

Devemos levar encontrar que os músculos compõem-se de fibras que possuem características metabólicas diferenciadas:

I - baixa velocidade de condução do impulso, suporta prolongada tensão, baixo índice de fadiga com alta atividade oxidativa;

II - alta velocidade de condução do impulso, suporta tensão maior por tempo menor, alto índice de fadiga com baixa capacidade oxidativa.

A composição muscular de um indivíduo é determinada geneticamente, embora estudos mais recentes mostram uma plasticidade maior das fibras tipo II. Esta plasticidade ocorre em função do tipo de sobrecarga que é imposta a estas fibras.

O treinamento muscular deve ser expresso em porcentagem da carga máxima levando-se em conta o número de repetições de cada exercício, o número de séries, o tempo de execução do exercício, o tempo de repouso entre as séries e a seqüência de sua execução.

O fortalecimento muscular pode ser dividido em componentes de potência e resistência de força, de acordo com o trabalho realizado. A manutenção do equilíbrio entre musculatura antagonista e agonista de um movimento é condição essencial para que este movimento seja executado sem sobrecargas biomecânicas articulares. Atualmente já existem sistemas computadorizados (Cybex, Kinkon, Merec, etc.) que podem aferir com precisão dados como: trabalho executado, equilíbrio muscular, picos de torque, dentre outros.

Quanto à flexibilidade articular, sabe-se que a sua determinante é anatômica e extremamente individualizada para cada pessoa. A capacidade de um bom programa de treino de melhorá-la gira em torno de 30%. A sua perda diminui a eficiência mecânica do movimento. Fatores como idade e sexo influem decisivamente, devido à maior ou menor concentração de água no colágeno que compõe as estruturas periarticulares (menor teor de água, maior rigidez do sistema).

O exercício clássico para melhora desta flexibilidade é o alongamento. É dividido em componentes passivo e ativo (ativo, o atleta executa e passivo, executam no atleta). Os exercícios de alongamento devem ser executados antes e depois da atividade física (aquecimento e relaxamento ou volta à calma) Antes ele prepara o músculo para o exercício e depois ele o recupera deste mesmo exercício. Isto se reveste de importância pois sabe-se que as lesões musculares geralmente ocorrem com exercícios excêntricos (tensão grande com alongamento do sistema miotendíneo) e na transição miotendínea.

A maneira comumente utilizada para sua execução é séries de 5 repetições, com manutenção por 15 a 30 segundos, sempre sem resistência e com relaxamento muscular. Existem outras técnicas que podem potencializar este trabalho como a facilitação neuro-proprioceptiva (o atleta faz alongamento progressivo até o limite, contração isométrica seguida de relaxamento e novo período de alongamento.

A capacidade cardio-respiratória é dividida em componentes aeróbio e anaeróbio. Dentre os três itens discutidos é a que é mais facilmente mensurável e tem tido maior destaque na literatura. O componente aeróbio é aquele de características metabólicas oxidativas, responsável pelos exercícios de longa duração (provas de fundo e o anaeróbio é caracterizado por vias glicolíticas (ATP - CP e ácido lático), responsável por aquelas de curta duração (provas de velocidade).

Existem várias formas de desenvolver a capacidade aeróbia: andar, trotar, correr, pedalar, nadar, remar e dançar são algumas delas. Quanto à capacidade anaeróbia são os exercícios de alta intensidade e curta duração ("sprints") que causam o seu aprimoramento.
Há vários protocolos já bem conhecidos (Bruce, Ellestad, Wingate) que podem avaliar estas capacidades. Salienta-se que a capacidade aeróbia é o primeiro componente que deve ser trabalhado em qualquer programa de condicionamento físico, pois ele fornece a base para o desenvolvimento de outras capacidades.

Os itens anteriormente abordados têm como finalidade discutir conceitos básicos, não tendo o objetivo outro que não o de alertar todos os profissionais da área esportiva para o estabelecimento objetivo e realista de metas para um programa de treinamento que leve em conta: as características fisiológicas do atleta, com reavaliações freqüentes destas capacidades, as características biomecânicas de cada esporte, para que se possa maximizar o desempenho esportivo minimizando o número de lesões.

Na ocorrência de uma lesão decorrente de treino, a quantificação, subdivisão e organização deste mesmo treino nos seus componentes permite uma rápida identificação do agente causal com pronta intervenção terapêutica ara diminuir suas conseqüências.

Utilize a isometria para prevenir lesões no esporte

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O exercício isométrico tem sido bastante usado por ser um exercício menos perigoso para as articulações. A contração muscular sem a realização de movimento evita que as articulações sejam forçadas, o que, além de diminuir a sobrecarga articular, ainda desenvolve a resistência dos ligamentos e tendões, resultando assim no aumento da flexibilidade. Esses fatores tornam a isometria benéfica não somente para quem quer evitar lesões, mas também para quem está se recuperando.

Apesar de exercícios isométricos fazerem parte da formação de qualquer fisioterapeuta, eles são apenas uma parte dos exercícios que podem ser usados na fisioterapia. Ainda assim são ótimos exercícios.

A fisioterapia isométrica é uma ferramenta útil não só no tratamento de lesões, mas também no fortalecimento muscular de atletas e prevenção de lesões. Ela também é bastante útil para treinos de estabilidade articular, ideal para alguns esportes.

Para o tronco (abdômen e coluna),  a fisioterapia isométrica pode ser até mais eficientes do que exercícios que envolvam muito movimento articular. Como os músculos da coluna são projetados para manter o tronco erguido contra a ação da gravidade, movimentos amplos associados a grandes cargas podem ser prejudiciais, já que aumenta o risco de surgimento de hérnias de disco.

A isometria não é para todos. Além de crianças, idosos, sedentários e fumantes, os exercícios também não são muito recomendados para hipertensos. O aumento da resistência vascular periférica de forma generalizada resulta no aumento da pressão sanguínea, o que gera uma sobrecarga de pressão no coração e pode ser perigoso.

95 exercícios de pranchas e esfinges:

Neste breve guia ilustrado, você terá acesso a 95 exercícios de pranchas e esfinges, utilizados no tratamento, prevenção e fortalecimento da musculatura do core assim como do corpo todo.


Alongamento pré x pós treino

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Durante décadas, o alongamento antes do treinamento físico tem sido uma prática comum em todos os níveis do desporto. Contudo, tem-se demonstrado que o alongamento pré-exercício não reduz as taxas de lesões e, em alguns casos, pode predispor a lesão, ou seja, é provável que haja pouco ou nenhum benefício na prevenção de lesões quando o atleta é submetido ao exercício de alongamento antes da sessão de treinamento (Herbert R e Gabriel M, 2002).

Fatores mecânicos estariam envolvidos no processo de diminuição de força decorrente do alongamento, em que modificações na relação comprimento-tensão poderiam causar um desajuste entre os miofilamentos de actina e miosina, diminuindo a atração das pontes cruzadas de miosina-actina, por consequência diminuição da capacidade de gerar força muscular (Fowles, Sale e MacDougall, 2000; Avela, et al, 1999).

Tipicamente em sessões de treinamento de forca, um elevado volume (produto das series e repetições) e carga de treino (produto das series, repetições e sobrecarga levantada), associado a uma alta intensidade, são necessários a fim de exaurir a musculatura e consequentemente promover os ajustes agudos e adaptações crônicas necessárias (Lin J, Chen T, 2012; Zatsiorsky VM, Kraemer WJ, 2008).

O Colégio Americano de Medicina do Esporte (Medicine AcoS, 2006), recomenda em um programas de exercício fitness geral, o alongamento estático para a maioria dos indivíduos que é precedido por um ativo aquecimento, pelo menos de 2 a 3 dias por semana. Cada treino deve ser realizada 15-30 segundos e repetido 2 a 4 vezes.

Alongamento realizado como parte de um aquecimento antes do exercício é pensado para reduzir a rigidez passiva e aumentar a gama de movimento durante o exercício. Em geral, supõe-se que o alongamento estático é benéfico para os atletas que exigem flexibilidade para seus esportes (por exemplo ginástica, dança, etc). O alongamento dinâmico pode ser mais adequado para atletas que exigem trabalho ou salto de desempenho (Behm D et al., 2007) durante esporte como os jogadores de basquetebol ou velocistas.

De acordo com Kisner e Colby (2007), quando executar o alongamento de curta duração, ganhos de flexibilidade obtidos são transitórias e são atribuídos a uma redução temporária entre actina e miosina nos sarcômeros. No entanto, alongamento de 20 min ou mais, por exemplo, levaria a ganhos de longa.

O alongamento estático (SS) é considerada um método eficaz para aumentar a amplitude de movimento articular (ROM) (Paradisis et al., 2014; Power et al., 2004) e é muitas vezes pensado para melhorar o desempenho (Young and Behm 2003; Young 2007). Com base em uma meta-análise para derivar uma estimativa dos efeitos agudos do alongamento estático pré-exercício (SS) esses resultados já fizeram um impacto extraordinário sobre o desporto e o aos profissionais que agora começaram a recomendar a prevenção de SS durante o aquecimento para o desporto e o exercício físico (Pearson, 2001; Jovens &AMP; Behm, 2002; Knudson, 2007).

O alongamento ativo-estático não é indicado previamente ao exercício de força por induzir ao um menor desempenho. No entanto, não se sabe se o mesmo ocorre no exercício de resistência de força (RF). Deste modo, Batista e colaboradores no ano de 2015 pesquisaram o efeito agudo do alongamento ativo-estático sobre o desempenho na RF em homens treinados. Em um estudo que avaliou em 5(cinco) homens praticavam exercícios físicos regularmente e com histórico posterior de musculação. Chegaram à conclusão que a realização do alongamento ativo-estátivo antes do exercício leva a uma considerável diminuição no desempenho durante o exercício de membros superiores, no entanto, não há modificação em exercício nos membros inferiores em homens treinados.

Ainda fazendo menção ao exercício estático, é perceptível que existem controvérsias. Alguns estudos apontam a sua eficácia e outros a sua ineficácia como mostram (Bazett-Jones et al, 2005; Burkett et al, 2005; Cramer et al, 2005, 2007b; Unick et al, 2005; Little & Williams, 2006; McMillian et al, 2006; O'Connor et al, 2006; Maisetti et al, 2007; Kinser et al, 2008; Torres et al, 2008; Wallmann et al, 2008; Di CAGNO et al, 2010; Haag et al, 2010; Handrakis et al, 2010; Molacek et al, 2010; Murphy et Col., 2010),  tem de se reconhecer que muitos estudos relataram nenhuma redução na força e energia, ou explosivos performance muscular seguintes SS. Enquanto alguns deles relataram melhora no desempenho (O'Connor et al, 2006; Gonzalez-Rave et al, 2009; Haag et al, 2010).

Em uma revisão Shrier I, 2004 verificou que embora os efeitos agudos do alongamento resultem em diminuição da força e velocidade de contração muscular, a realização crônica de exercícios de alongamento leva a aumentos na força e velocidade à longo prazo. O pesquisador sugere que o alongamento deveria ser realizado após a realização de exercícios ou numa sessão à parte.

Em estudos realizados por (Yamaguchi I e Ishi 2005; Knudson D et al., 2004) demonstraram que o alongamento não ocasiona alterações na performance muscular. Em um estudo realizado com o objetivo de verificar se a performance muscular na extensão de joelho em pré-adolescentes era influenciada pelo alongamento estático de 30 segundos foi constatado que tal influência não ocorreu (Yamaguchi I e Ishi 2005).

Shehab et al (2006) em pesquisa descritiva, avaliaram escolas públicas por meio de questionários, com o qual, procuraram analisar o conhecimento e práticas adotadas pelos professores na prescrição do alongamento antes de uma atividade esportiva. A maioria dos professores aplicavam em média 13 minutos de alongamentos variados antes de um treino ou competição. Um percentual de 95% dos professores acreditam que o exercício de alongamento antes do treinamento é benéfico na prevenção de lesões.

Fowles et al. expõem ainda que, após 15 minutos de recuperação do alongamento intenso a diminuição da força do músculo é mais atribuída a propriedades mecânicas intrínsecas das unidades musculotendinosas do que a fatores neurais. Eles hipotetizaram que o alongamento pode alterar o relacionamento do comprimento-tensão e/ou deformação plástica dos tecidos conectivos. Assim, tal fato levaria a uma limitação na potencialização da força máxima produzida pela unidade musculotendínea. Além disso, Nelson e Colaboradores sugeriram que a diminuição da força induzida pelo alongamento, após 10 minutos de recuperação, está relacionada à diminuição da rigidez musculotendinosa, que leva a uma alteração no relacionamento de comprimento-tensão da fibra muscular. Contudo, pesquisadores possibilitam a hipótese de que as alterações do alongamento induzido na relação do comprimento-tensão podem ser manifestadas (Brockett, et al, 2001; McHugh, MP, Hogan DE, 2004).

Franco e colaboradores (2008) em estudo que verificou os efeitos agudos de diferentes exercícios de alongamento na resistência muscular observaram que a interferência do treinamento de flexibilidade na força parece estar associada à duração do estímulo, ou seja, quanto maior for o volume do alongamento maior será o déficit na força muscular. Tal hipótese também foi observada em pesquisa de Neto e Manffra (2009) que verificou as alterações no desempenho isocinético dos isquiotibiais mediante dois protocolos de alongamento estático com diferentes volumes, sendo observado que a capacidade máxima de produção de forca sofre influência direta do volume do alongamento.

Endlich e colaboradores (2009), em pesquisa que verificou o efeito agudo do alongamento com diferentes tempos no desempenho da força dinâmica de membros superiores e inferiores, observaram redução da força muscular dinâmica por conta de sessões de alongamentos estáticos efetuados antes de atividades que envolviam força dinâmica, possuindo assim, a capacidade de alterar negativamente o desempenho dessa qualidade física, acarretando pior rendimento em longos períodos de alongamento.

Segundo Witvrouw et al (2004), as contradições sobre a relação entre alongamento e prevenção de lesão podem ser explicadas se forem considerados os tipos de esportes. Afirmando que esportes com alta intensidade do ciclo alongamento-encurtamento requerem maior elasticidade músculotendínea, consequentemente técnicas que melhorem essa elasticidade podem reduzir o risco de lesão. Quando o esporte é de baixa intensidade, não precisando de muita elasticidade músculo-tendínea, o alongamento pode não ser tão vantajoso.

Bibliografia:

Wallmann HW, Mercer JA, Landers MR. Surface electromyographic assessment of the effect of dynamic activity and dynamic activity with static stretching of the gastrocnemius on vertical jump performance. J Strength Cond Res 2008: 22: 787–793.

Fowles JR, Sale DG, MacDougall M. Reduced strength after passive stretch of the human plantarflexores. J Appl Physiol 2000;89:1179-1188

Wilkinson, A: Stretching the trust. A review of the literature on muscle stretching. Austral J Physionther 38:283-287, 1992.

Burkett LN, Phillips WT, Ziuraitis J. The best warm-up for the vertical jump in college-age athletic men. J Strength Cond Res 2005: 19: 673–676

Brockett CL, Morgan DL, Proske u. Human hamstring muscles adapt to eccentric by changing optimum length. Med Sci Sports Exerc 2001;33:783-790.

Franco, B.L.; Signorelli, G.R.; Trajano, G.S.; Oliveira, C.G. Acute effects of different stretching exercises on muscular endurance. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 22, Num. 6. 2008. p. 1832–1837.

Little T, Williams AG. Effects of differential stretching protocols during warm-ups on high-speed motor capacities in professional soccer players. J Strength Cond Res 2006: 20: 203–207.


Material: 95 Exercícios de Pranchas e Esfinges

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Neste breve guia ilustrado, você terá acesso a 95 exercícios de pranchas e esfinges, utilizados no tratamento, prevenção e fortalecimento da musculatura do core assim como do corpo todo.

Além dos desenhos, explicações em textos, também é possível acessar a demonstração do exercício através de um link do Youtube para cada exercício.
 
Este guia é indicado para profissionais da área, se você não é profissional da área do movimento humano e está adquirindo este e-book, tenha certeza de buscar auxilio profissional para executar qual exercício descrito aqui.



Tenha exercícios específicos e enriqueça suas aulas e atendimentos.


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Criado por Projeto Influir.

Material: Ciência na Prática - Módulo 1 - Hipertrofia

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Elaboração de Planejamentos Individualizados de Treinamento, Alimentação e Suplementação. Este módulo do workshop é focado em estudos de caso de HIPERTROFIA.

Se VOCÊ, PROFISSIONAL DA SAÚDE, já se fez pelo menos uma dessas perguntas: "Será que o que EU prescrevi para meu aluno/cliente é realmente o que existe de melhor na literatura para otimizar os resultados propostos?"

"Será que a estratégia que EU adotei é a mais eficaz para o desenvolvimento do processo?"

Então esse evento é para VOCÊ!



Pensando nessas questões, a HighFit criou um modelo de workshop inédito, onde estudos de casos são apresentados, igualmente àqueles vividos pelos profissionais de saúde.

O que um Personal Trainer deve prescrever e como deve prescrever para um aluno que deseja emagrecer? Esse mesmo aluno enganado nesse objetivo procura um nutricionista; qual a melhor dieta a ser utilizada? Quais alimentos devem ser prescritos? Como conjugar os alimentos? Quantas refeições devem ser realizadas? Qual a melhor estratégia nutricional? Low carb? Low fat? Jejum intermitente? É indicada a suplementação? Quais suplementos são realmente eficazes? Em que momento os utilizar? Como utilizá-los?

Sejam eles professores de educação física, nutricionistas, treinadores ou até mesmo os praticantes que desejam ter um entendimento mais profundo sobre o assunto.

Palestrantes: Rodrigo Baladán, Daniel Chreem, Tiago Leite

Certificado

  • Ao final de cada módulo, o aluno recebe um certificado digital de conclusão do respectivo curso.



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Criado por HighFit - Assessoria em Condicionamento Físico e Saúde

Curso Fisiologia na Prática: A Ciência Clínica do Exercício

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O curso de Fisiologia na Prática possui a finalidade e intuito principal de propiciar ferramentas e oportunidades para o entendimento e, acima de tudo, aplicação de conteúdos, no que tange a Fisiologia do Exercício, preponderantes para o dia-dia do profissional ou estudante de Educação Física, Nutrição ou Fisioterapia.

Trata-se de conteúdos na área de Fisiologia do Exercício expostos de maneira didática e de fácil aprendizado, todavia, acima de tudo, que possuirão aplicações extremamente práticas. Tudo aquilo que não te contaram na faculdade e que faz extrema falta quando você se depara com o mercado de trabalho. Afinal, do que adianta milhares de teorias, se não conseguimos aplicá-las na "hora do vamos ver"? Portanto, este curso vem de encontro àqueles que buscam levar sua carreira e formação para outro nível, e continuar trilhando um caminho em prol da transformação da Educação Física.

"Nossa missão é proporcionar aos alunos um profissionalismo real, cujo qual, não nos é propiciado na graduação, para que juntos possamos mudar a realidade de nossa querida Educação Física"


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Prevenção de lesões desportivas

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O aquecimento antes de iniciar exercícios extenuantes ajuda à prevenção das lesões. Exercitar-se com passo calmo durante 3 a 10 minutos aquece os músculos o suficiente para os tornar mais flexíveis e resistentes às lesões. Este método ativo de aquecimento prepara os músculos para exercícios enérgicos com maior eficácia que os métodos passivos como a água quente, as almofadas de calor, os ultra-sons ou a lâmpada de raios infravermelhos. Os métodos passivos não aumentam a circulação de sangue de modo significativo.

Arrefecimento significa uma redução gradual da velocidade antes de interromper o exercício e evita a tontura ao manter a circulação sanguínea. Quando se interrompe bruscamente um exercício enérgico, o sangue pode acumular-se nas veias das pernas (estagna), reduzindo momentaneamente a irrigação cerebral. O resultado pode ser tonturas e inclusive desfalecimento. O arrefecimento também ajuda a eliminar os resíduos como o ácido láctico dos músculos, mas não parece prevenir a dor muscular no dia seguinte, causada pela lesão das fibras musculares.

Os exercícios de estiramento não parecem prevenir as lesões, mas alongam os músculos de tal forma que se podem contrair mais eficazmente e funcionar melhor. Para evitar lesões musculares durante o estiramento, este deve ser realizado depois do aquecimento ou do exercício. Cada estiramento deve ser suficientemente cômodo para se conseguir contar até 10 ensaios.

As palmilhas para o calçado (ortopédicas) podem muitas vezes corrigir os problemas do pé como a pronação. As palmilhas, que podem ser flexíveis, semi-rígidas ou rígidas, e podem variar em comprimento, devem ser colocadas dentro de sapatilhas de desporto adequadas.

Os tênis de boa qualidade têm um calcanhar rígido (a parte posterior da sapatilha que cobre o calcanhar) para controlar o movimento da face posterior do pé, um suporte de um lado ao outro do peito do pé (guarnição), para prevenir a pronação excessiva, e uma abertura acolchoada (colar), para apoiar o tornozelo. O calçado deve ter o espaço adequado para a palmilha. As palmilhas ortopédicas geralmente reduzem o tamanho do calçado num número. Por exemplo, um sapato 38 com uma palmilha ortopédica transforma-se em 37.

Material: Treinamento Funcional 200 Exercícios - Aprenda Montar Seu Treino

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Esse material foi elaborado com 200 exercícios de Treinamento Funcional que são excelentes fontes para acadêmicos de Educação Física, Personal Trainer e Preparadores Físicos e atletas.

Muitos profissionais sentem dificuldades em variar seus treinamentos e foi pensando nisso que eu criei e pesquisei este material pra você.

Aqui você encontrará além dos exercícios :

- Estrutura dos Programas de Treino;
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- Dinâmicas de Aulas;
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Cirado por AprovaTAF - Líder em treinamento para Testes Físicos




Objetivos do Treinamento Funcional na Reabilitação Desportiva

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O treinamento físico vem sofrendo mudanças profundas nos últimos anos, inclusive na reabilitação/recuperação de esportistas. Atividades como o treinamento funcional passaram a ser muito mais conhecidas pelo grande público e sua aplicação, se tornou mais comum em uma série de cenários.

Não é novidade que atletas requerem reabilitação de esporte-específico adicional para poder recuperar seu poder explosivo e capacidade funcional de retornar com segurança e eficazmente volta ao esporte.

Portanto, tornou-se importante para esportistas usarem exercícios funcional na  recuperação de lesões sérias num programa de reabilitação completa. Essa inclusão dos exercícios funcionais específicos do esporte com um profissional  antes de retornar para o campo jogando ou treinando faz com que haja um melhor recuperação. Estes exercícios são projetados exclusivamente para cada atleta e são projetados para imitar as habilidades que o atleta terá que executar quando volta ao esporte.

O treinamento funcional é flexível, ilimitado e integrado. Desta maneira,  visa o desenvolvimento de uma maneira muito mais generalizada. Nesta modalidade, "o corpo é tratado como um todo". Neste sentido, fica claro que temos aqui um método de treino amplo e que não se limita a apenas um objetivo.

Muitos dos exercícios que podem ser utilizados em treinos funcionais específicos do esporte podem ser feitos no aquecimento, por exemplo, utilizando gestos motores ou situações de jogo do próprio esporte. É preciso que o treinador seja muito útil na criação de exercícios funcionais. Usando essa ideia dentro do tratamento de reabilitação, chegamos a dois objetivo que acredito que seja os primordiais do uso do treinamento funcional.

O primeiro objetivo é aumentar gradualmente a carga sobre a extremidade lesada para garantir que o membro machucado se curou completamente e é forte o suficiente para as demandas do esporte do atleta. O segundo é fornecer uma oportunidade para o atleta recuperar a confiança em cima da lesão.

Independentemente do nível do atleta, até mesmo no nível da reabilitação, o treinamento funcional deve constar e ser realizado no final de cada programa de reabilitação antes de devolver o atleta à plena concorrência. Esta formação irá garantir que a extremidade lesada é forte o suficiente para lidar com as demandas do esporte e que o atleta está confiante e mentalmente preparado retornar com segurança.

Para ter variedade de exercícios funcionais, você precisa conhecer o guia com 200 exercícios de Treinamento Funcional. Além desses exercícios, o guia ensina como a montar o treino de funcional de maneira perfeita. Clique aqui e conheça!

A miosite no esporte

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Miosite é causado devido a inflamação ou inchaço dos tecidos conectivos dos músculos. No mundo médico, miosite é realmente conhecido como miopatias inflamatórias, que incluem um número de doenças musculares como polimiosite dermatomiosite, e miosite corpo de inclusão.

A principal causa para miosite em não muito clara. No entanto, os médicos acreditam que ela é causada devido a um sistema imunológico fraco. Às vezes, os glóbulos brancos e anticorpos em nosso corpo, em vez de nos proteger, atacar nossos músculos. Este ataque pode ser devido a lesão determinado, infecções bacterianas ou virais, ou o consumo de certos medicamentos. A pessoa que sofre de miosite pode sentir dor nos músculos do ombro, pescoço, quadris, coxas e parte superior do braço.

Os sintomas da miosite não surgir de repente, mas tendem a aparecer lentamente. Cada paciente pode esses sintomas ailment de uma maneira diferente, ea intensidade com que ocorrem não pode ser o mesmo. Vejamos alguns sintomas comuns que podem ser encontrados em uma pessoa.

Sinais de miosite

  • O principal sintoma de miosite é o enfraquecimento dos músculos. Isso pode tornar o concurso músculos e causa dor em certas áreas do corpo. Alguém pode enfrentar dificuldades ao fazer as atividades diárias, como subir escadas, levantar-se de uma posição sentada e levantando as mãos acima do ombro. Pode-se também sentir cansaço e fadiga, sem qualquer motivo aparente.
  • A inflamação ou inchaço pode afectar os músculos do coração levando a insuficiência cardíaca. Às vezes, fraqueza dos músculos pode afetar os pulmões, que por sua vez pode levar à dificuldade em respirar e tosse.
  • Os indivíduos que têm miosite pode enfrentar dificuldade ao engolir alimentos. Isto acontece quando miosite afecta a parte superior do esófago.
  • Cólicas abdominais e presença de sangue nas fezes, é outro sintoma de inflamação muscular. Isto ocorre quando miosite leva a ocorrência de sangramento de úlceras no estômago e no intestino.
  • Pode-se experimentar uma sensação de formigamento em unhas e nos dedos e marcas azuladas podem aparecer neles.
  • Alguns sintomas menos graves de miosite são perda de peso, dor muscular e rigidez, febre, irritação, perda da voz, voz nasal, etc
  • Os sintomas da polimiosite dermatomiosite, miosite e inclusão corpo são geralmente os mesmos. A única diferença é na dermatomiosite, que é causada devido a inflamação dos vasos sanguíneos na pele. Quando uma pessoa tem dermatomiosite, juntamente com dores musculares, ele ou ela também experimentará erupções na pele.
Diagnóstico e Tratamento

Miosite pode ser diagnosticada através da administração de exames de sangue, radiografias, tomografias, ressonância magnética ou eletromiografia. Os tratamentos tendem a variar dependendo da idade do paciente, a história médica e gravidade da doença. Principalmente, o tratamento envolve o exercício, medicação, fisioterapia e repouso. O tratamento é mais eficaz quando miosite é diagnosticado na fase inicial. Se miosite é diagnosticado muito tarde desde o seu início, o paciente não pode responder a qualquer tratamento, agravando sua condição. Em última análise, a pessoa pode ter que ser acamados levando muito provavelmente a sua morte.

É importante lembrar que miosite não pode ser completamente curada. Apenas a condição do paciente poderia ser melhorado com a ajuda de tratamento. As pessoas que vivenciam até mesmo uma leve dor muscular ou fraqueza, deve consultar imediatamente um médico, de modo que eles tenham um tratamento imediato, se for diagnosticado com miosite.

Publicado em 08/11/12 e revisado em 06/07/17

Primeiros socorros em esportes de aventura

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Para se aventurar com segurança, um dos itens mais importantes é a preocupação com os primeiros socorros. Saber o que levar e, principalmente, como utilizar cada equipamento é fundamental para que a sua aventura traga ensinamentos e experiências agradáveis e inesquecíveis, mesmo se algum imprevisto acontecer no caminho. Confira abaixo as dicas de Simone Kurotusche, médica do esporte e consultora em segurança e emergências em atividades outdoor.

Quando pensamos em primeiros socorros, lembramos de curativos, atendimento, uso de aparelhos e equipamentos. Porém, para que esse socorro seja possível e eficiente, deverá ser organizado muito antes da aventura, na sua etapa de planejamento.

Se você parte para aventura acompanhado por guias ou com alguma agência operadora, verifique se a empresa está tomando todos os cuidados necessários com a sua segurança e se seus guias estão preparados para prestar primeiros socorros, caso seja necessário. Questione sobre os equipamentos de primeiros socorros, se os profissionais possuem treinamento adequado e atualizado, qual a infraestrutura disponível para lidar com acidentes, etc.. Não arrisque-se desnecessariamente aventurando-se com empresas que não tenham a devida preocupação com o assunto.

Sozinho ou com a ajuda de agências, outro ponto importante é a procura por informações sobre os lugares que serão visitados. Dependendo do local, é necessário tomar uma série de precauções em relação a sua saúde e segurança. Por exemplo: ao fazer uma viagem para regiões onde existam focos de febre amarela, o aventureiro deverá tomar a vacina pelo menos dez dias antes da viagem, para que a mesma seja eficaz. Por isso, nada de preparações de última hora.

Informações sobre as características geográficas, a fauna, flora e condições climáticas também fazem parte de um planejamento adequado: saber o que vestir, precauções em caso de alergias a certas plantas e animais, etc.

É importante saber que tipo de animais há na região, para que sejam levados medicamentos específicos. Para áreas onde haja animais silvestres, morcegos, etc, antes de partir, é bom estar vacinado contra raiva, pois todos eles são transmissores desta doença.

Informações sobre vacinas e pesquisa das características locais também são importantes quando a aventura está programada para acontecer em outro país. Tomar água na Índia, por exemplo, pode significar problemas estomacais, já que a maior parte da água disponível não é tratada. Para orientar os viajantes, alguns hospitais e institutos reservam áreas especiais. É o caso do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo (011 - 3061-5633, ramal 142).


Preparando o kit básico

Independente do esporte a ser praticado na natureza, é importante nunca deixar de levar itens básico em seu Kit de primeiros socorros. Prepare-o também com certa antecedência para que, depois de reunir o básico, possa providenciar o que há de específico para a atividade que você vai praticar, para o local e para as pessoas que participarão da atividade.

Os itens básicos são os seguintes:

- Barreiras universais: são as proteções que todos precisam ter na hora de prestar socorro para evitar contato direto com o sangue e secreções das vítimas; prevenindo contra contaminações, que podem transformar o socorrista numa segunda vítima. As principais barreiras universais são as seguintes:

- Luvas de latex: protege a vítima e o socorrista; todo kit deve ter no mínimo dois pares de luvas, para o caso de rasgar ou de precisar prestar socorro a mais de uma vítima (nunca usar a mesma luva em pessoas diferentes pois desta forma a luva poderá ser um veículo de contaminação entre as vítimas).

- Máscara para respiração boca-a-boca: as melhores possuem "válvula de não-retorno", que permitem que o socorrista insufle os pulmões da vítima de parada respiratória, e evitam que o mesmo entre em contato com as secreções da vítima.

- Óculos: Qualquer tipo é útil para proteger os olhos do socorrista; isso evita o risco de contaminação via mucosa ocular. Existem modelos modernos e eficientes que podem ser encontrados nas principais lojas de aventura. Já há modelos adaptados especialmente para esportes outdoor.

Além das barreiras universais, são necessários materiais para eventuais curativos, como gaze e ataduras. Também é preciso levar, para limpar ferimentos, água limpa ou soro. Vale lembrar que água e sabão é o que há de melhor para ser usado na limpeza de ferimentos, inclusive os provocados por animais.

Não esqueça de levar os remédios que você toma regularmente, de preferência acompanhados da receita médica devidamente carimbada e com a orientação clara e legível, para o caso de alguém precisar medicar e você estiver inconsciente.


Procedimentos básicos

A tecnologia e os equipamentos na área de primeiros socorros estão cada vez mais avançados. Porém, sem treinamento adequado, mesmo o melhor equipamento pode ser uma ferramenta inútil. Até para quem não faz aventuras das mais radicais, mas gosta de encarar trilhas no fim de semana, é importante o conhecimento básico em primeiros socorros.

Há opções de cursos em todo o país. Para conhecê-los, entre em contato com os principais centros médicos de sua região. Em São Paulo, já há algumas alternativas específicas para esportes outdoor. Uma opção é a própria Laborativ, (agência de treinamento ligada ao National Safety Council, instituição norte-americana, líder mundial em educação e treinamentos em emergências médicas e segurança; oferece cursos básicos, intermediários e avançados, com protocolos e credenciamento internacionais).

Em cursos básicos ou avançados, serão aprendidos procedimentos importantes que podem salvar vidas em casos onde o socorro médico está distante ou não tem como chegar com a rapidez necessária.

Saiba o que não fazer - Caso surja a necessidade da prestação de primeiros socorros em alguma atividade de aventura, o primeiro procedimento é manter a calma para analisar corretamente o contexto. Mais importante do que fazer algo imediatamente é saber o que não deve ser feito para não agravar a situação da vítima ou colocar a própria segurança em risco.

Observe a pessoa que está machucada e, se ela estiver consciente, procure saber onde ela sente dor. Caso ela tenha sofrido um corte superficial e esteja sentindo-se bem, deixe-a o mais confortável possível e cuide do ferimento: limpeza e curativo.

Caso exista a menor suspeita de lesão na coluna, principalmente no pescoço, evite manipular a vítima, caso não seja extremamente necessário. Manter o pescoço imobilizado e a coluna alinhada é fundamental para preservar a vida e a qualidade de vida das vítimas com lesão na medula. Qualquer movimento brusco pode causar ferimentos sérios, muitas vezes fatais.

Bom senso e tranqüilidade são essenciais para prestar um socorro adequado. Sempre que não souber exatamente como proceder, a melhor atitude é deixar a pessoa ferida em um local confortável e procurar ajuda, caso não seja arriscado deixar a vítima sozinha. Por isso é tão importante nunca enfrentar os desafios da natureza sozinho. O correto é estar sempre em grupo para que o socorro fique mais fácil.

Curtir a aventura não significa colocar-se em risco de forma irresponsável e inconsequente. Ao contrário, ser um aventureiro de verdade significa planejar sempre para evitar erros e sofrimento desnecessários. Cuidar da saúde e forma física, informar-se com profissionais confiáveis, procurar operadoras que respeitem sua segurança e integridade física, buscar treinamentos de qualidade, utilizar equipamentos adequados e acima de tudo amar e respeitar a vida e a natureza, certamente garantirão muitos e maravilhosos anos na aventura.

Fonte


Publicado em 24/05/12 e revisado em 27/07/17


Curso Online de Fisioterapia Desportiva

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Descrição do curso:

O curso Fisioterapia Desportiva oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre fisiopatologia, lesões, reabilitação, desportiva e muito mais.

Carga horária: 60 horas

Duração: 30 dias


Conteúdo Programático:

  • Avaliação Física do Atleta;

  • Exame Físico;
  • Exame Laboratoriais;
  • Exame Físico do Atleta Iniciante;
  • Fisiopatologia Desportiva, o Conceito de Overuse;
  • Atividade Atlética e as Síndromes por Overuse;
  • Graduação das Lesões de Continuidade;
  • Análise das Diferentes Graduações das Lesões por Overuse;
  • Modalidades Específicas de Tratamento;
  • Taping (Bandagens);
  • Crioterapia;
  • Repouso;
  • A Reabilitação;
  • Lesões e Tratamento do Ombro;
  • Luxações e Subluxações;
  • Tendinite Biciptal;
  • Síndrome do Impacto ou Bursite Subacromial;
  • Lesão do Manguito Rotador;
  • Lesões e Tratamento do Cotovelo;
  • Lesões do Compartimento Lateral e Medial;
  • Tendinite Tricipital;
  • Fraturas;
  • Lesões e Tratamento do Punho e Mão;
  • Exame Físico do Punho e Dedos;
  • Síndromes Compressivas;
  • Tenossinovites;
  • Deslocamentos das Articulações Interfalangeanas Proximais e Distais;
  • Deslocamentos das Articulações Metacarpofalangeanas;
  • Lesões e Tratamento da Coluna Vertebral;
  • Instabilidades da Coluna Cervical;
  • Tetraparesia Transitória;
  • Fraturas Vertebrais;
  • Tratamento Fisioterapêutico;
  • Lesões e Tratamento do Quadril;
  • Pubalgia;
  • Tratamento;
  • Lesões Osteocondrais (Osteoartroses);
  • Disfunções Sacro-Ílíaca;
  • Bursite Trocantérica;
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    Produtor: Portal Educação

    Fisiologia do Exercício na Fisioterapia

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    A gente não ignorar a atuação do Fisioterapeuta na área esportiva. Portanto, a disciplina Fisiologia do Exercício deve fazer parte do currículo do curso de graduação e de pós-graduação de Fisioterapia. Conhecimento em Fisiologia do Exercício oferece um maior conhecimento e segurança na prescrição do treinamento para gestantes, crianças, adolescentes, idosos, obesos, atletas e não atletas (pessoas que praticam atividade física com grande nível de intensidade, mas não participam frequentemente de competições)

    Observando o conteúdo de um curso em Portugal de fisiologia do exercício aplicada a Fisioterapia, a gente percebe o quanto essa disciplina no nosso currículo de fisioterapeuta. Abaixo os pontos dos conteúdos:
    • Bioquímica do exercício
    • A transferência de energia no corpo e no exercício
    • Sistemas de energia e exercício
    • Fisiologia do fitness e treinamento
    • Cardiorrespiratória e neuromuscular resposta ao exercício
    • Medidas de gasto de energia humana
    • Estrutura e função pulmonar
    • Troca e transporte de gás
    • Dinâmica da ventilação pulmonar
    • Sistema endócrino e exercício
    • Applied Physiology
    • Os métodos de treinamento, melhoria da capacidade de energia
    • Desempenho no trabalho e stress ambiental
    • O teste de desempenho
    • A fadiga, o uso excessivo e descondicionamento
    • termorregulação
    • Reparação e tratamento de lesões de exercícios relacionados
    • Programas de exercícios para grupos específicos de clientes

    Olhando esse tópicos, percebi o quanto o fisioterapeuta precisa saber de fisiologia para prescrever uma melhor recuperaçãopara o atleta. Sei bem que a atuação de um fisiologista é, portanto, bastante ampla. Nos esportes, por exemplo, tem fundamental papel para que os atletas apresentem melhor rendimento, de acordo com o seu potencial, respeitando os seus limites e cada vez mais buscando a evolução. Então, a fisiologia do exercício é necessária para quem lida com esporte, seja técnico, fisioterapeuta ou nutricionaista.

    Muitas faculdades não oferecem um bom conteúdo nessa área. O curso de Fisiologia na Prática possui a finalidade e intuito principal de propiciar ferramentas e oportunidades para o entendimento e, acima de tudo, aplicação de conteúdos, no que tange a Fisiologia do Exercício, preponderantes para o dia-dia do profissional ou estudante de Educação Física, Nutrição ou Fisioterapia.  Clique aqui e saiba mais!

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