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Fisioterapia no Handebol

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 O handebol é um esporte de alta intensidade de pura explosão muscular em um curto intervalo de tempo exigindo dos atletas um ótimo condicionamento físico. O índice de lesões no handebol está ligado a exigência que o esporte faz do atleta, com qualidades físicas vigorosas, sendo requisitado ao mesmo tempo força, habilidade, coordenação e velocidade.

Os atletas/praticantes não se preparam de forma adequada tendo queda de rendimento nos treinos e em jogo. O handebol tem um alto índice de lesões, por exemplo, as ocasionadas pelo overtraining, somados a falta de estrutura das equipes e a locais inapropriados para o treinamento, visto que, a maioria das lesões ocorre durante o treinamento e não no jogo propriamente dito.

O handebol diferentemente de outros esportes tem como característica o arremesso e o seu bloqueio "travamento", o que leva a lesões nos membros superiores e sobrecarga das articulações. O aumento da prática esportiva aumenta consideravelmente o numero de lesões devido falta de preparo físico e de orientações quanto ao esporte, levando em consideração também que esporte não é sinônimo de saúde. A ocorrência de uma lesão esportiva é decorrente da inter-relação entre atleta e o esporte praticado levando a uma sobrecarga do aparelho locomotor isso sendo variável de cada organismo fisiológico em recuperar o estresse físico imposto não instalando um processo patológico

A fisioterapia desportiva não somente se dedica a ao tratamento de atleta lesados mas também a adoção de medidas preventivas visando minimizar o índice de lesões, sendo realizado de maneira eficaz levando em consideração estatisticamente os fatores de risco baseado na característica de cada lesão. Identificando e descrevendo o problema, como ocorreu as lesões e colocando em pratica o estratégicas preventiva.

A fisioterapia desportiva se diferencia das outras áreas onde o tratamento tem que ser muito rápido e efetivo, pois o atleta mais do que ninguém tem voltar a executar todas as atividades do seu corpo de alta intensidade com alta performance onde é normalmente posto em alto estresse músculos, tendões, articulações e ossos em suas atividades esportiva diária, no máximo de potência e amplitude para execução perfeita de todos os movimentos.

Além disso, os fisioterapeutas dessa área se depara com uma grande pressão imposta diariamente quando se tem atletas no departamento médico, que são os incentivos dos patrocinadores para o retorno do atleta pois aquele atleta vale muito dinheiro em quadra e lesionado não tem valor algum, o técnico pois um atleta de alto rendimento é uma peça muito importante para o time e sem ele o mesmo começa a perder colocando em risco o seu cargo, a diretoria querendo que seu time continue a vencer e a conquistar títulos e o atleta lesionado faz falta a sua equipe bem como para sua torcida e o próprio atleta vendo que com seu estado está perdendo sua posição na equipe e tudo aquilo que conquistou,sem falar da dor e de suas limitações.

Um bom tratamento fisioterapêutico começa com uma boa avaliação começando desde anamenese, para mais fácil e confiável diagnostico da patologia e melhor tratamento com enfoque direto e uma busca de recursos e de referencias sobre a patologia, com isso a avaliação musculoesquelética aborda desde a ciência básica, á pratica clínica até testes especiais.

 Os fisioterapeutas da reabilitação musculoesquelética que atuam na área desportiva vêm consolidando a fisioterapia como uma ciência baseada em evidências e respaldada fortemente com referência cientifica validada, visto que hoje na área da ciência do esporte (em destaque na fisioterapia), foi teve uma intensa produção de pesquisas sendo que uma das mais importantes e bastante esmiuçada foi o treinamento e a reabilitação excêntrica, sendo utilizado como peça fundamental a qualquer programa otimizando de reabilitação e recondicionamento muscular cientificamente embasado, sendo que uma das funções extremamente relevante para a Fisioterapia acerca do condicionamento muscular excêntrico reside no fato deste poder atuar de forma preventiva em relação às lesões musculares induzidas pelo "over-training" ou síndrome do super treinamento em atletas de alto nível.

 A fisioterapia desportiva vem crescendo muito junto com as pesquisas no tratamento do esporte, levando em conta todos os altos investimentos na área, sendo a que mais inova em e se atualiza em recursos, cursos de capacitação e atualização na forma de tratamento dos vários tipos de lesões sabendo que cada uma tem suas particularidades nos recurso e técnicas que se adapta bem ao seu tratamento. Mas no esporte a prevenção vem se tornando cada vez mais comum, na analise estatística dos fatores predisponentes das lesões mais comuns em cada modalidade em que se chegou a conclusão que tem menor custo e evita os efeitos das lesões nos atletas.

A Fisioterapia tem um papel importante no tratamento de atletas/praticantes lesionados. Porém, quando o profissional age de forma preventiva, consegue evitar lesões que dão uma "durabilidade" maior ao praticante.

Com ajuda aqui

Entorses de punho nos esportes

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http://www.hipertrofia.org/blog/wp-content/uploads/2013/10/dor-no-punho-pulso.jpg

Entorses de pulso pode acontecer a qualquer um, seja devido ao uso repetitivo ou acidentes em esportes e atividades recreativas.

A entorse é uma lesão a qualquer dos seus ligamentos unem um osso a outro osso. Em entorses do punho, qualquer um dos ligamentos de suporte a articulação do pulso pode tornar-se sobrecarregado ou rasgado, causando sintomas. Causas de pulso entorse entorse do pulso é comum em atividades esportivas que podem causar que você caia em sua mão estendida  ou torcer seu pulso.

Embora a doença pode acontecer a qualquer um, entorses do punho são comuns em jovens atletas que participam em esportes como basquete, beisebol, futebol, boxe, hóquei no gelo, wrestling e judô. Pessoas que gostam de snowboard, skate, esqui, ou de patins em linha pode estar em risco de entorse do pulso quando eles caem em uma mão.

A gravidade da entorse de punho

Assim como qualquer outra entorse, entorses de pulso são classificados como I, II ou III.

Em grau de torção no pulso I (leve), o ligamento é alongado com fibras do ligamento pouco ou nenhum rasgo.

Grau II ou entorse moderada acontece quando o ligamento é alongado com fibras arrancadas, mas a lágrima é incompleta.

Grau III entorse do pulso é o mais grave com o ligamento completamente rasgada.

Sintomas

Os sintomas da torção no pulso pode variar dependendo da gravidade da sua lesão. No entanto, o sintoma mais comum da doença é a dor. Outros sintomas de uma torção no pulso podem incluir inchaço no local da sua lesão; piora da dor quando você move sua mão; ternura; hematomas ou descoloração da pele sobre o local de sua lesão, e dificuldade em se mover sua mão. Algumas pessoas podem sentir fraqueza dos músculos da mão dela.

Os sintomas de entorses pulso pode ser semelhante à de uma fractura de pulso, especialmente com entorse grave. É importante que você tem que deixá-lo ser verificado por um profissional de saúde qualificado.

Tratamentos para entorse do pulso pode variar de acordo com a gravidade da sua lesão. No entanto, na maioria dos casos de lesões desportivas, a primeira linha de tratamento é aplicação de gelo no local da lesão para ajudar a aliviar a dor e reduzir o inchaço. Ao usar um bloco de gelo, aplique-o no local de sua lesão durante 20 minutos a uma hora a cada 3 a 4 horas por dia até que o inchaço ea dor diminui.

Além de gelo, outros tratamentos para entorses leves do punho incluem repouso e evitar os movimentos que fazem os seus sintomas de pulso pior. Elevando o seu membro acima do nível do seu coração também pode ajudar a minimizar o inchaço em seu pulso.

 Para entorses moderadas e graves de pulso, um médico deve ser consultado para que ele ou ela pode ter certeza que a causa de seus sintomas não são a partir de um osso do pulso fraturado.

Os tratamentos podem incluir gelo, analgésicos, imobilização com tala ou gesso e fisioterapia. Às vezes, a cirurgia pode ser necessária para reparar ou substituir o ligamento severamente danificado. Em qualquer caso, a fisioterapia pode ajudar com sua torção no pulso.

A fisioterapia pode ajudar você a gerenciar os seus sintomas, fortalecer os músculos enfraquecidos e retornar às suas atividades habituais ou desportivas rápido e da forma mais segura possível.

Dica: 10 livros de Fisioterapia Desportiva

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O Natal está chegando e muitas vezes quem lida com fisioterapeuta - paciente, amigo(a), namorado(a), família - não sabe o que dar de presente nessa época.

Portanto, separamos 10 livros para Fisioterapeutas que trabalham com a Fisioterapia Desportiva. Quem sabe um deles não é o presente que você dará neste Natal?

Segue a relação:

1) Fisioterapia Na Prática Esportiva - Uma Abordagem Baseada Em Competências



Este livro amplamente ilustrado e atualizado oferece ao leitor os fundamentos clínicos e científicos da fisioterapia e da medicina esportiva, apresentando desde fundamentos gerais até conceitos específicos relativos a prevenção, avaliação, controle e reabilitação de lesões.

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2) Guia do Exercício - Série Pocket de Fisioterapia



Este é um manual de consulta ideal para os clínicos na sua prática diária e para os estudantes em estágios clínicos e em sala de aulas. Oferece conhecimento e aconselhamento experiente, em acesso rápido e fácil, para avaliar e prescrever exercício com segurança e eficácia nas condições comumente vistas pelos fisioterapeutas. O formato de bolso da Série...

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3) Kinesio Taping - Introdução ao Método e Aplicações Musculares.



Esse livro foi escrito na língua portuguesa por dois brasileiros instrutores credenciados internacionalmente pelo método Kinesio Taping, sendo lançado em um momento muito apropriado, pois após muitos anos da sua chegada ao Brasil, apenas agora, recentemente se conseguiu instituir oficialmente e de forma representativa o método nesse país...

4) Fundamentos da Fisiologia do Exercício

FUNDAMENTOS DE FISIOLOGIA DO EXERCICIO

Este livro fornece um alicerce sólido quanto aos aspectos fundamentais da fisiologia do exercício. Inclui capítulos sobre fisiologia do exercício tradicional básica e aplicada (incluindo o metabolismo energético e a nutrição para o exercício) e outros capítulos que abordam assuntos de importância para os profissionais da área de saúde. Acompanha guia de estudo para o aluno que visa ajudar os estudantes a compreender melhor o conteúdo do texto, focalizando termos-chave e conceitos; e organizar o material de tal forma, que os estudantes possam melhorar sua capacidade de responder às questões de cada seção dentro de um capítulo.

5) Fisioterapia nas lesões do Esporte

FISIOTERAPIA NAS LESOES DO ESPORTE

Com o crescente grau de desempenho dos atletas, decorrente de uma competitividade exacerbada e, por vezes, fruto de pressões de marketing e patrocinadores, esses atletas tentam ir além de seus próprios limites biológicos, o que fatalmente os leva a desgastes dos sistemas osteoarticulares e musculares, por exemplo, os quais, com a insistência do exercício no limite fisiológico, sofrem as lesões. O livro apresenta didática especial, com seu texto dividido em capítulos que tratam especificamente às modalidades - futebol, triathlon, tênis, natação, voleibol, atletismo, basquetebol etc.

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6) Reabilitação Acelerada - Mitos e Verdades



Desde a prevenção até a reabilitação completa, o fisioterapeuta pode se inserir no mercado com a mesma importância dos demais profissionais que atuam na comissão técnica de uma equipe desportiva. Ele pode modificar os resultados de uma competição, desde que ...


7) Fisioterapia no Esporte e no Exercício

FISIOTERAPIA NO ESPORTE E NO EXERCICIO

Este livro resume a ciência disponível e apresenta conceitos do tratamento das lesões. 'Fisioterapia no esporte e no exercício' pretende ser um adendo à literatura existente para fisioterapeutas ativos no esporte e no exercício físico.

Saiba mais clicando aqui


8) Treinamento Respiratório Para Um Desempenho Superior



Neste abrangente guia, a dra. Alison McConnell, referência mundial em treinamento dos músculos respiratórios, demonstrará como aplicar as últimas descobertas da ciência a fim de obter melhores resultados no treinamento, desempenho e condicionamento físico...

9) Musculação - Estética, preventiva e corretiva

MUSCULAÇAO - ESTETICA, PREVENTIVA, CORRETIVA E

Saiba mais sobre esse Livro


10) Medicina do Esporte - Princípios e Prática



Em "Medicina do Esporte: Princípios e Prática", o autor divide com o leitor seu amplo conhecimento na área de medicina esportiva, adquirido em mais de 20 anos de prática junto a instituições nacionais e internacionais. Este livro atual, abrangente e direto é uma obra fundamental tanto para estudantes como para profissionais das diversas áreas da saúde que se interessam pela medicina esportiva. O autor, Dr. Armando E. Pancorbo Sandoval, é ativo participante do movimento olímpico intern...

UFA! Espero que agrade. Até a próxima!

Artigo: A introdução da fisioterapia preventiva em uma equipe de esporte coletivo

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    A evolução esportiva ocorrida nas últimas décadas exige um nível cada vez mais alto de aproveitamento das equipes e atletas. Os quais ficam muito próximos de seus limites fisiológicos e expostos, então, a um maior risco de lesões nos treinos e jogos. Embora os técnicos, atletas e espectadores envolvidos nos desportos tenham reconhecido que a lesão física é um fator de risco inerente à atividade esportiva, o trabalho de prevenção ainda é pouco difundido comparado às conseqüências dessas lesões para o atleta e a equipe (ANDREWS, 2000). Quando falamos de um esporte coletivo percebemos a permanente exigência da alta qualidade técnica e física, que se não for bem programado, corretamente executado e supervisionado pode predispor seus praticantes a lesões.

    A fisioterapia desportiva, através do trabalho preventivo, é de extrema importância nas equipes, pois vem quebrando os paradigmas da vertente curativa em saúde, já que, segundo Deliberatto (2002), é frequentemente visto como "o profissional da reabilitação", ou seja, aquele que atua exclusivamente no momento em que a doença, a lesão ou a disfunção já está estabelecida. Através de programas preventivos elaborados juntamente com a preparação física busca-se a melhora do desempenho físico e o bem estar geral do atleta.

    A prática esportiva vem sendo difundida por todo o mundo, devido os seus benefícios, dentre eles a melhora da qualidade de vida. Segundo Kettunem et al. (2001), o aumento da demanda de exercícios modernos e competitivos provocou o aumento simultâneo no risco de lesões, causando preocupações tanto para os praticantes de atividades físicas, quanto para treinadores e atletas de todas as esferas de rendimento, pois interrompem o processo evolutivo de adaptações sistemáticas impostas pelo treinamento.

    O local de lesão varia com o tipo de esporte praticado. O membro inferior é o local acometido pelo maior número de lesões, por existir íntima relação entre os esportes mais praticados pela população em geral, e os gestos esportivos como o alto e as corridas bruscas. Cerca de 90% das lesões esportivas localizam-se no quadril, coxa, joelho, perna, tornozelo e pé, dessas, 53,9% das lesões envolviam as partes moles. (COHEN, 2005).

    Para Gissane et al. (2001), os fatores intrínsecos podem ser definidos como os fatores individuais biomecânicos, psicossociais e biológicos que podem predispor os atletas a uma lesão. Os fatores mais citados na literatura são: as características físicas como idade, sexo, altura, peso, lesões precedentes, tipo físico, frouxidão ligamentar, tensão muscular, níveis de habilidade, nível de força estática e dinâmica, características psicológicas e psicosociais, nível escolaridade, experiência no esporte, interação com os demais atletas e voluntariedade de fazer exames preventivos.

    Já Gould (1993) classifica esses fatores como:

Estruturais, onde a estrutura do jovem atleta com suas condições especificas, defeitos congênitos potencialmente não detectáveis e mau alinhamento merecem nossa atenção como fator de risco;

Crescimento, que envolve o aumento da massa e tamanho dos tecidos músculo-esquelético do corpo.

    Sullivan (2004) afirma que, durante o inicio da adolescência, o nível de maturidade física e de força varia bastante entre os atletas. Ocorre um rápido ganho de força nos garotos durante o processo de maturação. Dessa maneira, quando a participação esportiva é dividida por idade, é muito difícil evitar desequilíbrios fisiológicos, principalmente quando tamanho e força são fatores importantes para a performance. Se a maturação tardia contribuir para o insucesso do atleta, pode haver comprometimento de sua auto-estima.

    Ainda Birrer (2004) relata que a participação nos esportes comporta o potencial de proporcionar experiências e resultados tanto positivos quanto negativos para crianças e adolescentes. A linha entre benefícios e riscos pode ser extremamente delicada, sendo importante aprimorar a relação de risco para beneficio para crianças e adolescentes que participam nos desportos. Técnicos, pais e a comunidade medica devem estar cientes dos benefícios e riscos potenciais, e deverão ser também bons administradores das experiências de crianças e adolescentes.

    O papel do profissional da saúde no cuidado do atleta lesado tem dois aspectos: o profissional deve orientar indivíduos sobre maneiras de diminuir o risco de lesões durante a atividade; e quando ocorrer uma lesão, ajudar o indivíduo a alcançar a mais completa recuperação possível (BONETTI apud AGRE, 2006).

    Deliberatto (2002) considera que o fisioterapeuta que atua na área desportiva, não deve se esquecer de que o conhecimento do nível de preparo do atleta não é tudo em relação à prevenção contra lesões esportivas. O índice de ansiedade e preparo psicológico do atleta e sua maior ou menor necessidade de retorno rápido, também devem ser considerados na análise e no programa de trabalho do fisioterapeuta desportivo.

    Verhagen et al (2004), afirma que a lesão no tornozelo é uma das lesões mais recorrentes na grande variedade de esportes, com a maioria dos atletas que já sofreram lesões apresentando maior tendência de sofrerem uma relesão. Segundo Birrer et.. al. (2002), o American College of Sports Medicine estimou que 50% das lesões por uso excessivo em crianças e adolescentes podem ser prevenidas. Duas tendências podem acarretar o atleta jovem a sofrer lesões, a disparidade entre o seu tamanho e sua força e as considerações relacionadas ao seu crescimento. Durante o crescimento rápido, pode haver retração (rigidez) articular quando os ossos aumentam de comprimento com maior rapidez que as unidades músculotendinosas, produzindo assim, inflexibilidade e desequilíbrios musculares dinâmicos que podem resultar lesões. Se forem observados esses achados, mudanças preventivas nos esquemas e nas técnicas de treinamento podem ser instituídas para reduzir o risco de lesão.

    O treino proprioceptivo é frequentemente usado na reabilitação de lesões relacionadas ao esporte, tornando-se atualmente um elemento importante na prevenção de lesões (EMERY, 2005). Prentice e Voight (2003) afirma que a consciência de do movimento e do posicionamento articular são essenciais para a função articular apropriada no esporte e nas atividades físicas. Para Silvestre apud Xhardes (2002) a reeducação proprioceptiva, tem por finalidade arquivar uma série de novos esquemas de coordenação neuromuscular, assegurando assim a base da segurança fisiológica.

    Sendo assim, torna-se importante a divulgação do profissional de fisioterapia e a sua inserção na equipe técnica de esportes auxiliando, não somente na recuperação dos atletas, mas principalmente, na prevenção através de um programa fisioterapêutico com exercícios proprioceptivos e pliométricos, evitando que lesões venham a prejudicar o desempenho individual ou da equipe e para um melhor rendimento dos atletas em situações de jogos.

    Este trabalho teve como objetivo principal, avaliar as declarações dos atletas sobre o impacto da introdução da Fisioterapia na equipe desportiva, e também, por em prática um programa de exercícios com ênfase na prevenção de lesões.

Metodologia

    O presente artigo resulta do Trabalho Final de Graduação do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) de Santa Maria-RS, sendo encaminhado ao Comitê de Ética da UNIFRA e subsequentemente aprovado. O trabalho qualitativo constitui-se na introdução da fisioterapia preventiva dentro de uma equipe desportiva através de exercícios preventivos, tendo como método de avaliação o grupo focal. O estudo foi realizado durante os meses de agosto a novembro de 2007, com 19 atletas da equipe de handebol das categorias cadete e júnior da escola estadual de primeiro e segundo grau Margarida Lopes, sendo todos os atletas menores de dezoito anos que realizavam seus treinamentos duas vezes por semana, com duração de duas horas cada, alternando o local entre, o Centro Desportivo Municipal e quadra de esportes da própria escola.

    O primeiro contato com a equipe realizou-se através do técnico, onde o mesmo apresentou os atletas e logo foi repassado o Termo de Consentimento Livre Esclarecido respectivamente assinado por seus pais e uma ficha anamnética adaptada de GOULD (1993) onde se observou que a média de anos de prática de handebol entre os atletas é de 2,71 anos, sendo sete atletas (36,84%) com dois anos de prática, cinco (26,32%) com um ano de prática, 5 (26,32%) com três anos de prática, um atleta (5,26%) com 5 anos de pratica e um atleta (5,26%) com sete anos de prática. É bom ressaltar que os atletas que compõem essa equipe, não possuem histórico de lesões que viessem prejudicar sua pratica desportiva.

    Em meio à realização dos dois encontros do Grupo focal, sendo, um no inicio e outro no final das atividades, foi aplicada uma serie de nove exercícios globais proprioceptivos e pliométricos, visando à prevenção de lesões e a melhora do desempenho físico durante as atividades, melhorando o controle músculo - articular de movimentos específicos, incluindo o treinamento do equilíbrio e estabilização, assim como fortalecimento muscular e exercícios funcionais (KISNER e COLBY, 2005). A aplicação dos exercícios foi realizada sempre após o aquecimento e alongamento do grupo, sendo seguido do treino tático comandado pelo treinador da equipe, todos os atletas presentes no treino realizaram as atividades, sendo excluídos os atletas lesionados ou que apresentaram alguma incapacidade ou dor.

    Os momentos do Grupo focal foram integralmente gravados através de um mini gravador de microfita com alto-falante da marca COBY brr122, posteriormente transcrito, realizando-se no mesmo local dos treinos da equipe, as fitas utilizadas para a realização do grupo focal foram todas destruídas ao final do trabalho.

    Como afirma ROMERO (2000) o grupo focal consiste numa sessão grupal informal de pessoas que representam os sujeitos do estudo, para discutir vários tópicos de um assunto específico, o que permite socializar e identificar opiniões, sentimentos, formas de pensar, entender e interpretar a realidade por parte de pessoas nela envolvidas. Neste grupo abordou-se a temática da importância da prevenção primária de lesões no esporte e a importância do auto-cuidado. Nas sessões grupais também foi abordado três tópicos chaves.

    Para facilitar a leitura, colocou-se na seqüência o guia de tópicos para a realização do grupo focal:

Tópico 1

Importância da prevenção de lesões;

Tópico 2

Fatores preventivos (métodos utilizados para prevenir as lesões);

Tópico 3

A importância deste trabalho preventivo para os atletas e a equipe.

Resultados

    No tópico 1 ao ser perguntado aos atletas sobre a importância da prevenção de lesões, os mesmos permaneceram em silêncio e perante a isso os pesquisadores explicaram ser muito importante a prevenção de lesões em atletas pois a mesma só gera benefícios à eles.

    Sobre o questionamento do tópico 2, o fator preventivo utilizados como rotina por esses atletas, teve-se a seguinte declaração: "... só alongo mesmo...""... e meio matado ainda... mas que o técnico não me escute... risos.".

    Em relação ao tópico 3 tivemos uma maior participação dos atletas com respostas mais imediatas, dentre as quais citamos: "... Vale... vale..." outro atleta declara, "... vale a pena fazer para a gente ter um bom desempenho...", "... é bom para nós conhecer novos exercícios...".

    Devido a pouca participação dos atletas no grupo focal no primeiro dia de atividade; nos encontros seguintes os pesquisadores deram mais enfoque à realização dos exercícios, bem como a perfeita execução dos mesmos; pois, constatou-se que, apesar do tempo de prática esportiva dos atletas, estes possuíam pouca consciência sobre a importância da prevenção dentro de uma equipe desportiva.

    Após dois meses de presença permanente dos pesquisadores, aplicação dos exercícios preventivos na equipe e participação junto à comissão técnica foi realizado o segundo e último grupo focal, sendo refeitas as perguntas do primeiro encontro.

    No tópico 1 os atletas responderam: "ajuda a não agravar uma lesão..., que seja mais seria que se imagina...", complemento de outro atleta, "... Alem de prevenir né...".

    Após essas respostas um dos atletas demonstrou interesse na continuação dos exercícios fazendo a seguinte pergunta: "tá e depois vocês vão continuar vindo aqui? Quem vai passar para nos os exercícios, o treinador?".

    Ao perguntar-se sobre os fatores preventivos (tópico 2), obteve-se as seguintes respostas: "aprendemos que dar uma alongadinha, uma aquecidinha vale a pena...", o mesmo atleta relatou ainda "... já notamos que no cadete (categoria) já mudou, melhorou muita coisa eu acho...melhorou o aproveitamento". Outro atleta complementou: "uma boa alimentação antes dos exercícios físicos também é importante".

    E no último tópico, ao perguntar-se sobre a importância da presença da fisioterapia preventiva dentro de uma equipe desportiva, todos os atletas responderam: "sim...vale a pena sim...", demonstrando total satisfação com o trabalho realizado.

Discussão

    A investigação do impacto da introdução da fisioterapia preventiva em uma equipe de esportes coletivos, tendo como método de avaliação o nível de aceitação e satisfação, o grau de consciência da importância da mesma para a equipe, ainda se faz ausente na literatura disponível e pesquisada. Embora o grupo focal seja considerado um instrumento útil pra a avaliação de grupos de pessoas que participam de alguma atividade social, ele ainda é pouco utilizado no esporte.

    Ao analisarmos as respostas referentes ao tópico 1, do primeiro e segundo grupo focal (Importância da prevenção de lesões), percebemos que houve uma evolução no nível de informação dos atletas alem de uma maior participação dos mesmos na dinâmica. Tendo como principal resposta a consciência dos problemas de uma lesão e o seu agravamento. Vindo de acordo com Sullivan (2004) afirmando que atletas com histórico de lesões musculoesqueléticas, especialmente aqueles que não cumpriram um programa adequado de reabilitação, apresentam um maior risco de uma nova lesão. Também com mais riscos estão aqueles atletas que iniciam os treinos com baixo nível de condicionamento físico (inicio de temporada). O tratamento adequado das lesões é a chave para um retorno seguro ao esporte. Grande parte da ênfase sobre a prevenção de lesões pode ser colocada como "prevenção de nova lesão".

    Nessa mesma linha de estudo, Verhagen et. al. (2004) apresentou seu estudo, verificando o efeito do programa de treino sobre a prancha proprioceptiva de balanço na prevenção de torções do tornozelo, utilizando um grupo de 116 times, 67 femininos e 49 masculinos, totalizando 1127 atletas. Conclui-se que, o programa de treinamento de equilíbrio na prancha proprioceptiva foi efetivo para impedir o retorno de torções no tornozelo, entretanto, mostrou um aumento do retorno de lesões por over use no joelho. Mesmo assim é recomendado para esses jogadores a aplicação do treinamento na prancha proprioceptiva.

    Para o segundo tópico abordado (fatores preventivos), obteve-se uma diferença de respostas e também um relato da melhora de rendimento dos atletas, o que antes era levado pouco a sério como o alongamento pré e pós-atividade e o aquecimento antes dos treinos, passou a ser importante e um pré-requisito para o inicio dos treinos. Destaca-se também a seguinte declaração: "... já notamos que no cadete (categoria) já mudou, melhorou muita coisa eu acho...melhorou o aproveitamento". Demonstrando a percepção do grupo em relação aos exercícios realizados e o rendimento nas competições.

    Ainda Hall (2007) afirma que o alongamento é uma técnica usada para aumentar a extensibilidade da unidade musculotendinosa e do tecido conjuntivo periarticular. O alongamento é usado para aumentar a flexibilidade, que depende da amplitude de movimento articular e da extensibilidade dos tecidos moles.

    Kisner (2005) afirma que o uso do alongamento é de suma importância que faça parte do preparo físico total elaborado para prevenir lesões musculoesqueleticas, e ainda, antes e depois do exercício rigoroso para minimizar potencialmente a dor muscular pos exercício. O mesmo autor refere que fisiologicamente, existe um atraso entre o inicio da atividade e os ajustes corporais necessários para suprir as exigências físicas do corpo. O aquecimento tem como objetivo favorecer os ajustes antes da atividade física como:

um aumento da temperatura muscular;

um aumento da necessidade de oxigênio para suprir a demanda de energia do músculo;

impede ou reduz a suscetibilidade do sistema musculoesqueletico a lesões, aumentando a flexibilidade.

    Para Hillman (2002) o conceito de alongamento visando a prevenção de lesões não é totalmente apoiado por pesquisas, mas muitos atletas afirmam que só evitaram lesões graves porque possuíam flexibilidade adequada.

    Embora Herbert (2003) afirme em sua pesquisa realizada sobre o efeito do alongamento pré e pós-exercícios, risco de lesões, dor muscular tardia e desempenho atlético, que o alongamento não oferece nenhuma redução no risco de lesão também não protegendo contra a dor muscular, embora não tenha dados suficientes para determinar a sua eficácia sobre o desempenho esportivo.

    Em uma pesquisa semelhante, Weldon (2003), sobre a eficácia do alongamento para prevenção de lesões relacionadas a exercícios físicos, concluindo que a heterogeneidade e a escassez de estudos não foi possível tirar conclusões sobre a eficácia do alongamento na redução de lesões.

    A maioria dos efeitos do aquecimento muscular é atribuída ao aumento dos mecanismos relacionados à temperatura (diminuição da rigidez, aumento da taxa de condução nervosa, alteração da força, o aumento da oferta energética anaeróbica), também se toma por base os efeitos psicológicos (aumento da preparação). Embora não seja praticada por boa parte dos atletas pode-se atribuir à melhora do desempenho físico através do aumento da temperatura corporal (BISHOP, 2003).

    Percebeu-se que nenhum dos atletas participantes do grupo focal, citou em momento algum o uso de equipamentos protetores. Porém de acordo com Ingham (2004) equipamentos protetores é o segundo meio preventivo de lesões; no entanto, não obrigatório no handebol, os instrumentos mais utilizados, mesmo com uma porcentagem mais baixa, são a joelheira (23,8%), seguido das tornozeleiras (21,3%) e também (21,3%) algum tipo de imobilizador como bandagens, órteses articuladas apropriadas para cada articulação.

    Por fim, o ultimo tópico torna-se o mais importante, pois aborda-se a presença do fisioterapeuta em uma equipe desportiva com caráter preventivo.

    A fisioterapia aplicada à área esportiva dedica-se não somente ao tratamento do atleta lesado, mas, também, à adoção de medidas preventivas, a fim de reduzir a ocorrência de lesões. O trabalho preventivo é delineado e realizado de maneira eficaz, com base no levantamento dos fatores de risco das lesões referentes à modalidade da área esportiva específica. Modificações no sistema de treinamento de jovens atletas, focando a técnica e habilidade além da parte física, podem minimizar a incidência de lesões esportivas.

    Como afirma Birrer (2004) os atletas que respondem bem a sua própria motivação interna para o aprimoramento e que concordam com a prevenção e a reabilitação parecem ter uma recuperação mais rápida e o menor prejuízo psicológico a uma possível lesão.

Conclusão

    Pode-se observar, através desta pesquisa, que após quatro meses de trabalho e contato direto com os atletas da equipe e comissão técnica, que a fisioterapia desportiva com abordagem preventiva, bem como a aplicação dos exercícios, orientações sobre lesões e treinamento em geral tiveram boa aceitação.

    Quanto ao grupo focal, concluiu-se que esta forma de avaliação para equipes é a ideal para se ter a real noção sobre opiniões e conclusões do grupo em relação ao trabalho realizado, apesar de se constatar certa imaturidade dos atletas em relatar suas experiências. Contudo, a participação em massa dos atletas durante a prática dos exercícios, comprovou a eficácia e a importância da presença constante do fisioterapeuta na equipe desportiva com enfoque preventivo.

Agradecimentos

    Gostaríamos de agradecer ao nosso orientador, professor Rodrigo Lippold Radünz, à referida instituição de ensino, ao professor Jorge Fernandes e aos atletas que de maneira ou outra contribuíram para a realização desta pesquisa. Também gostaríamos de agradecer aos nossos pais e namoradas, pelo apoio e atenção dispensada durante essa caminhada.

Referências bibliográficas

ANDREWS, J.R.; HARRELSON, G.L.; WILK, K.E.. Reabilitação física das lesões desportivas e na medicina do esporte: Rio de Janeiro: Manole, 2000.

BIRRER, R.D.B.; MER, B.A.G.; CATALETTA, M.B.. Medicina desportiva pediátrica no atendimento primário: Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

BISHOP, D.. Warm Up: Potential Mechanisms and the effects of passive warm up on exercise performance. Sports Medicine. Vol. 33, ed. 6, 2003.

BONETTI, L.V.. Utilização de exercícios proprioceptivos na prevenção de lesões de tornozelo e joelho no esporte. Colégio brasileiro de estudos específicos. Centro especialista em saúde especialização profissional em traumato ortopedia clinica. Porto Alegre, 2006.

COHEN, M.; ABDALA, R.J.. Lesões nos esportes: Rio de Janeiro: Revinter, 2005.

DELIBERATTO, P.C.P.; Fisioterapia preventiva: Barueri São Paulo: Manole, 2002. 1. ed.

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Ricardo Gonçalves Schröder*

Tobias Della Mea Pigatto*

Rodrigo Lippold Radünz**


Conheça os benefícios da bandagem adesiva usada no esporte

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O Kinesio Taping é uma técnica específica de aplicação sobre e nas adjacências dos músculos para prover suporte articular, normalizar contrações musculares e auxiliar a circulação

A bandagem tem como principal função promover o posicionamento funcional de articulações ou de tecidos por meio das fitas adesivas. O acessório também pode ter ação analgésica, mas isso dependerá do tipo de aplicação e da causa do problema. Para conseguir os efeitos desejados, essas bandagens devem ser aplicadas por especialistas familiarizados com a técnica.

Existem três tipos de bandagens:

1. Esportiva (Athletic Taping) - indicada para lesões agudas e prevenção de lesões, sem benefícios de reabilitação.

2. Biomecânica (McConnell Taping) - usada para promover alinhamento biomecânico de tecidos e articulações para reeducação neuromuscular durante o tratamento fisioterapêutico ou nas atividades do dia a dia.

3. Neuromuscular (Kinesio Taping) - técnica específica de aplicação sobre e nas adjacências dos músculos para prover suporte articular, normalizar contrações musculares e auxiliar na circulação. As bandagens podem atuar no alinhamento articular e muscular, na facilitação sensorial ou até mesmo como placebo. Tudo ainda é pouco claro e muito debatido. Mas o que se observa é uma melhora clínica da função e da dor. Porém, ele ressalta que a técnica não substitui os tratamentos musculoesqueléticos tradicionais.

Normalmente usado em casos de desconforto provocado por pequenas lesões ou disfunções de movimento, os especialistas afirmam que é necessária uma avaliação prévia para que o Kinesio Taping seja aplicado. No caso de um estiramento, por exemplo, para evitar que o músculo se lesione ainda mais, coloca-se a bandagem de forma longitudinal em relação ao músculo, passando pela lesão e gerando uma tensão elástica. De qualquer modo, ainda que a bandagem não trate a lesão, ela proporciona um suporte à região e ajuda o corredor a ajustar o movimento para que não gere mais dor ou piore a lesão.

10 lesões mais comuns no Esporte

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Praticar atividade física e/ou esportes pode até ser saudável, pode ate trazer a melhora a qualidade de vida e faz-nos sentir bem no cotidiano. No entanto, as lesões fazem parte da sua prática, infelizmente. E, se há algumas lesões que são evitáveis através de uma boa preparação e aquecimento, outras outras que, seja por contato com outro atleta ou por uma queda, não há como evitar!

Habitualmente, uma lesão causada no esporte pode ser por execução errada, problemas estruturais que forçam mais partes do corpo  do que outras e fraqueza dos músculos, tendões e ligamentos. O desgaste crônico é a causa de muitas destas lesões, que são resultado de movimentos repentinos que afetam os tecidos mais fracos. Felizmente o corpo humano tem uma excelente capacidade de se recuperar, o que pode ser solucionado por um simples descanso, tornando a recuperação mais rápida e eficaz.

O corpo, em muitos casos, emite sinais de que qualquer coisa não está bem, por isso esteja atento e não ignore os sinais. O repouso é sem dúvida, para as 10 lesões mais comuns do desporto, um dos melhores remédios no caminho da recuperação.

1. Cãibras
A cãibra é uma contração parcialmente involuntária e dolorosa dos músculos que ocorre em função do desequilíbrio hidroeletrolítico da área onde a dor aparece. Ou seja, é muito comum a cãibra surgir durante ou após a prática de exercícios físicos dando sinais de que é preciso repor os níveis de água e sais minerais, como o potássio e o sódio. Outra das causas da cãibra é a acumulação de ácido láctico no tecido, devido a degradação da glicose na ausência de oxigênio no músculo.

Comer alimentos ricos em potássio, como banana e batata não-descascada, podem ajudar a prevenir as cãibras musculares.

2. Estiramento e distensão muscular
Uma distensão é o resultado de uma lesão tanto no músculo como no tendão. A distensão pode ser um simples estiramento, desde uma pequena ruptura de fibras musculares a um rompimento parcial ou completo na junção músculo-tendão. Ocorre resultante de um esforço extremo realizado pelo músculo em questão.

A recomendação para recuperar de uma distensão é a mesma que para um estiramento: repouso, gelo, compressão e elevação. Estes cuidados iniciais devem ser seguidos de uma ida ao médico especialista que o encaminhará a reabilitação e fisioterapia, caso seja necessário.

3. Tendinite
Trata-se da inflamação de um tendão que surge usualmente através do excesso de repetições de um mesmo movimento (LER - Lesão por Esforço Repetitivo). Assim, a inflamação num tendão é chamada de tendinite. Esta condição afecta pessoas que dispendem muito tempo a realizar a mesma tarefa, quer em trabalho quer em lazer. Com a difusão da informática, tornou-se uma importante doença ocupacional.

Jogadores profissionais de ténis e golfe, assim como nadadores estão mais sujeitos a tendinites nos braços e ombros. Jogadores de basket e futebol, corredores e ginastas têm tendência a sofrer de tendinites nas pernas e pés.

Tenha em conta que, se continuar a aplicar força sobre um tendão inflamado, ele pode romper. Se isso acontecer, obriga á imobilização através de talas ou até mesmo cirurgia para corrigir o tendão.

4. Contusão
Uma contusão é o resultado de um forte impacto e que pode causar uma lesão nos tecidos moles da superfície, nos músculos, nos tendões ou ligamentos articulares. Algumas vezes, a lesão é profunda, ficando, então, difícil determinar a sua extensão.

Esta lesão aparece como uma equimose (sangue aglomerado ao redor da lesão que marca a pele). A maioria das contusões não são graves e respondem muito bem a descanso, aplicação de gelo, compressão e elevação a área lesada. Se a lesão for mais séria, deve consultar um ortopedista. Um tratamento precoce efetuado por um fisioterapeuta, pode evitar danos maiores e permanentes ao músculo.

5. Fraturas de stress
A fratura por stress é uma lesão óssea que ocorre quando o osso é sujeito a utilização excessiva. Nesta altura podem ocorrer pequenas fissuras no osso, não havendo uma fratura completa no osso, nem desvio do osso fraturado.

Na maioria dos casos, as fraturas ocorrem devido a uma sobrecarga no osso, provocadas pela mudança de plano de treino, para um treino mais intenso, ou começo da prática desportiva sem a orientação correta, terrenos inapropriados, ou até mesmo pelo calçado impróprio para a prática desportiva.

Os ossos da perna e pé estão particularmente sujeitos a este tipo de fractura. Se é um entusiasta da boa forma ou um atleta, deve prestar muita atenção aos sinais de alerta que o seu corpo lhe transmite. Fadiga e dor são geralmente sinais de que está a forçar muito o seu corpo. Para além disso, as lesões de stress podem ser resultado de um pobre equilíbrio muscular, de falta de flexibilidade ou de fraqueza dos tecidos causada por lesões prévias.

6. Bursite
Uma bursite é a inflamação de uma bolsa sinovial, um saco membranoso revestido por células endoteliais. A bursa é um saco cheio de fluído que se situa entre o osso e o tendão ou músculo, possibilitando que o tendão escorregue suavemente sobre o osso. Ou seja, a função desta bolsa é evitar o atrito entre duas estruturas (por exemplo, tendão e osso ou tendão e músculo) ou proteger as proeminências ósseas.

Uma pancada, pequenas quantidades de pressão repetidas e demasiada utilização podem fazer com que a bursa dos seus ombros, cotovelos, anca, joelhos e tornozelos inchem. A esse inchaço e irritação chama-se bursite e muitas pessoas sofrem dessa lesão juntamente com uma tendinite. As bursites são geralmente aliviadas através de repouso e eventualmente de medicamentos anti-inflamatórios, para além de muita fisioterapia.

7. Entorse e ruptura de ligamento
As entorses são provocadas por uma excessiva distensão dos ligamentos e das restantes estruturas que garantem a estabilidade da articulação, originada por movimentos bruscos, traumatismos, uma má colocação do pé ou um simples tropeçar que force a articulação a um movimento para o qual não está habilitada.

São as lesões mais frequentes da prática desportiva, principalmente as que se verificam no tornozelo (tibiotársica). A seguir à entorse da tibiotársica, a mais comum é a do joelho e, neste caso, a questão que mais importa esclarecer é se os ligamentos cruzados foram ou não afetados, uma vez que a estabilidade desta articulação depende fundamentalmente da integridade destes ligamentos.

8. Luxações e redução articular
Uma luxação é a deslocação de um ou mais ossos de uma articulação. Ocorre quando uma força violenta atua direta ou indiretamente numa articulação, empurrando o osso para uma posição anormal. Em caso de sofrer de uma luxação deve ir imediatamente ao hospital para voltar a colocar o osso no lugar. Repouso e fisioterapia são necessários para que não haja perda da capacidade de locomoção.

9. Lombalgia
Denomina-se de lombalgia (ou lumbago) o conjunto de manifestações dolorosas que acontecem na região lombar, decorrente de alguma anormalidade nessa região. Este é um tipo de dor que a maioria dos praticantes de desporto já sentiu. Conhecida popularmente como dor nas costas, a lombalgia é uma das grandes causas de morbidade e incapacidade funcional. Muitas destas lesões ocorrem ao levantar incorretamente pesos, por trauma, durante o desporto ou até mesmo por dormir numa má posição. Inicia-se repentinamente e caracteriza-se pela intensidade da dor.

10. Traumatismo Craniano
O traumatismo craniano é uma lesão no cérebro que é causada normalmente por uma pancada na cabeça. Os sintomas são desorientação, visão deturpada, dores de cabeça, tonturas, desequilíbrio, náuseas e dificuldade de concentração. São mais comuns em desportos que promovam o contacto como o futebol, boxe, hóquei, rugby e outros. Ainda que muitas pessoas recuperem bem ao fim de umas semanas, outras podem sofrer de danos permanentes. O descanso total é recomendado e, dependendo da gravidade da lesão, pode ter de ficar sem praticar desporto durante alguns meses. Se insistir na sua prática cedo demais, os efeitos são imprevisíveis e potencialmente fatais.


Treinamento Funcional e Alongamentos na Fisioterapia Desportiva

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Em determinados momentos da recuperação funcional de um atleta, a Fisioterapia Desportiva caminha lado a lado com a preparação física para que haja uma melhor recuperação. Portanto, alguns exercícios funcionais e de alongamentos ativos se fazem necessários para o dia a dia do fisioterapeuta.

A diversidade de movimentos dentro de um tratamento traz motivação ao paciente. Então, nada mais justo e certo que o Fisioterapeuta procure essa diversidade em dvds de treinamento funcional e alongamentos em esportes.

Se você for no site dos DVDs Sports, encontrará vários DVDs relacionados a treinamento físico e que podem ser uteis para fisioterapeutas que trabalhem com esportes.  Se você trabalhar com algum esporte especifico ainda pode ser útil os dvds de treinamento de fundamentos que tem lá ara entender os gestos motores específicos e movimentação de cada esporte.

Espero que vocês gostem da dica.

Até a próxima.

Tratamento e prevenção de lesões no polo aquático

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pólo aquático

O tratamento das lesões agudas pela sua inerente gravidade e quase instantânea impotência funcional que motivam, necessitam de um urgente tratamento médico especializado. No entanto um suporte adequado desde o início até à sua oportuna orientação clínica, é determinante e deverá ser proporcionado pelo massagista, pelo treinador, pelo instrutor ou até mesmo por um outro atleta, com uma estabilização efetiva da área comprometida o melhor possível.

Assim, nas lesões de um membro inferior, o contra-lateral deverá ser utilizado como elemento passivo de suporte estabilizador e num membro superior, o contra-lateral como elemento ativo de estabilização, bem como de imobilização temporária, independentemente de quaisquer outros procedimentos adicionais.
Algumas das lesões mencionadas apenas necessitam de um tratamento conservador, mas outras requerem tratamento cirúrgico em regime de urgência.

As lesões de sobrecarga necessitam também de ser orientadas por um médico especialista, mas é importante que o jogador tenha a noção, de que para solucionar adequadamente lesões deste tipo, a regra base deverá ser sempre: assim que surjam os primeiros sinais clínicos, uma redução imediata na intensidade, na duração e na frequência da atividade desportiva, deverá ser a norma.

Na sequência desta atitude, deverão ser revistas as normas e a técnica de treino e de jogo em conjunto com o treinador, instrutor ou professor de educação física. Para dissipar a sintomatologia álgica discreta e insidiosa, que normalmente se associada nas fases iniciais às lesões de sobrecarga, apenas está indicado o atleta poder fazer a utilização da crioterapia ou eventualmente do paracetamol, que nunca de um anti-inflamatório, que deve estar sempre interdito enquanto não tiver indicação médica.

COMO PODEMOS PREVENIR AS LESÕES NO PÓLO AQUÁTICO ?

A prevenção das lesões agudas pode se fazer respeitando: as normas gerais e as limitações pontuais da modalidade durante o jogo ou durante o treino; o fair-play com os outros jogadores; os atos de conduta anti-desportiva; um adequado aquecimento; um regular e efetivo programa de alongamento musculo-tendinoso, em associação com um treino proprioceptivo global dos membros inferiores, uma regular manutenção da tonicidade muscular.

O jogador de pólo aquático em particular enquanto criança ou adolescente, deve aprender desde muito cedo a conhecer o seu corpo, de modo a não ter a tentação de ultrapassar as suas capacidades morfo-funcionais. Esta análise deve ser sempre apoiada pelo treinador e tutelada pelos pais.

Quanto à prevenção das lesões de sobrecarga, esta tem que se fundamentar sempre na adaptação adequada do atleta a modalidade, às suas regras técnicas e as de treino e de jogo e ao seu treinador ou professor. Nas crianças e adolescentes o rigoroso respeito pelo tamanho da bola é determinante.

Estes são sempre os primeiros procedimentos a ter em conta, não só para possibilitar um bom desempenho, mas também para se prevenirem as lesões mais frequentes, especialmente nos membros superiores.

Definitivamente, a prevenção destas lesões deve apoiar-se num programa de treino adequado e no bom senso do atleta e do treinador ou preparador físico, no desenvolvimento do mesmo. 

A pressão destes, no sentido do treino excessivo terá que ser anulada e vigiada pelos pais. O treino e a revisão regular dos gestos de manejo de bola, em particular do lançamento com ou sem elevação, é importantíssimo para a prevenção de lesões no membro superior e nos membros inferiores.

O treino desenvolvido de modo "inteligente" e uma preparação física adequada para uma melhoria do fortalecimento e desempenho musculares, da flexibilidade e da proprioceptividade, deverá centrar-se num compromisso diário para os profissionais e de desenvolvimento regular para os amadores.

O adequado balanço hidro-eletrolítico, com um programa estruturado de hidratação para os períodos de treino, de jogo e de repouso, é relevante para ajudar a minimizar o estabelecimento de lesões de sobrecarga.

Sempre que surgirem sinais de alarme, sinalizadores de uma eventual lesão, a suspensão imediata da atividade deverá ser a norma e a avaliação por um especialista a regra.


Alongamento para fisioterapia desportiva

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Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação.

Portanto, o uso de alongamentos na Fisioterapia Desportiva é importantíssimo para a recuperação do praticante de atividade física/atleta. Esse kit triplo de dvds da Dvds Sports tem tudo para ajudar profissionais que querem diversidade nassessões de fisioterapia.

Esses dvds sobre alongamento de esportes é do grupo Kinetics, importado, mostrando dezenas de exercícios que podem ser utilizados em aquecimento em todas as modalidades esportivas.

Grupo com 3 dvds sobre alongamentos de esportes.

Dvd I - Alongamento para Usuários Iniciantes

Dvd II - Alongamento para Usuários Intermediários

Dvd III - Alongamentos para Usuários Avançados

Idioma: Inglês

Veja aqui maiores informações.

Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior sua flexibilidade.

Saiba mais sobre 3 lesões comuns no Judô

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As lesões mais comuns que ocorrem durante a prática do Judô são luxação acrômio-clavicular, lesão muscular e entorse de dedos da mão.

O tratamento no momento da lesão é semelhante em todos os casos: aplicação de gelo local, imobilização da área afetada, seguida da procura de em serviço médico, onde possa ser realizada uma avaliação mais minuciosa do quadro em que o paciente se encontra, podendo assim traçar condutas para cada caso.

A utilização do gelo é recomendável na presença de dor ou edema, independente do grau da lesão ou da fase de reabilitação em que o paciente se encontra.

Luxação Acrômio-clavicular

A luxação acrômio-clavicular apresenta diferentes tipos de tratamento dependendo de sua gravidade. O Raio X é o exame mais indicado para o conhecimento anatômico da articulação, após a lesão. O uso de tipóia é recomendável a fim de manter o membro lesado em repouso.

Lesões menos graves onde ocorrem entorse dos ligamentos acrômio-claviculares (A-C) ou lesão de cápsula e dos ligamentos A-C com sub-luxação da articulação menor que 50% (tipo I e II), o tratamento é conservador utilizando o repouso por 1 a 2 semana no tipo I e 4 a 6 semanas no tipo II. A manutenção da força muscular adjacente a lesão é importante a fim de agilizar o processo de retorno ao esporte.

Lesões em que ocorram perda total do contato entre clavícula e acrômio (tipo III), no tratamento conservador é feito repouso e órtese por 4 semana e retorno ao esporte após 3 meses. Em alguns casos o tratamento cirúrgico é o mais recomendável.

Lesões mais graves em que ocorram luxação posterior com lesão dos ligamentos A-C e córaco-claviculares (C-C), luxação com elevação de 100% a 300% da clavícula com destacamento completo do deltóide e trapézio da clavícula ou luxação inferior (tipos IV, V e VI), a indicação é de tratamento cirúrgico (Cohen, 2003).

A fisioterapia tem como principal objetivo nesse tipo de lesão a diminuição da queixa de dor, utilizando gelo ou eletroanalgesia, além de acelerar o processo de cicatrização com o auxílio de aparelhos de calor superficial e profundo. A manutenção da força muscular em regiões adjacentes á lesão também deve ser realizada.

Lesão Muscular

O tratamento das lesões musculares depende da gravidade, da extensão da lesão e da sua localização.

Quanto ao tipo de lesão, podemos classificá-las em:

Grau I - o estiramento muscular apresenta dor localizada em um ponto específico, edema pode ou não estar presente e pequena hemorragia. Corresponde a danos estruturais mínimos.

Grau II – maior intensidade dos achados no grau I. Existe uma maior quantidade de fibras lesionadas.

Grau III – ruptura completa do músculo levando a sua perda de função, apresenta um defeito (gap) palpável e a hemorragia e edema são intensos.

As lesões musculares são freqüentes no Judô por se tratar de um esporte de contato em que é necessário o uso de grande força por parte de seus praticantes, levando a sobrecarga muscular ou por trauma direto. Regiões constantemente afetadas por traumas diretos são quadríceps da coxa e intercostais, e regiões normalmente lesionadas por trauma indireto são posterior de coxa e paravertebrais.

O tratamento é predominantemente clínico. Em uma fase inicial (1ª semana) devemos realizar o controle de sintomas como dor e edema com meios físicos como gelo e TENS. O uso do Ultra-som é recomendável no modo pulsado.

Na 2ª e 3ª semanas podemos utilizar US continuo a fim de auxiliar no processo de cicatrização. O ganho de flexibilidade deve ser realizado conforma a tolerância do paciente quanto a dor. O ganho de força muscular deve ser crescente, iniciando com exercícios isométricos, também levando em consideração a dor do paciente.

A 4ª e 5ª semanas devem ser utilizadas para aumento do ganho de força e flexibilidade, além dos treinos sensoriomotores a fim de realizar o retorno gradativo do paciente ao esporte.

Entorse de dedos

A mão deve ser considerada como um instrumento de trabalho para os praticantes do Judô, por isso, todos os cuidados devem ser realizados em casos de lesão nessa estrutura.

Com a ocorrência de lesão, deve-se realizar a imobilização da região afetada e realizar a procura de um serviço médico especializado a fim de realizar testes e exames específicos para definir a gravidade e localizar as estruturas lesadas.

Algumas lesões ligamentares podem ter indicação cirúrgica dependendo da queixa referida pelo paciente podendo ser instabilidade, dor ou perda de força.

Quando definido o tratamento conservador podemos utilizar o gelo em imersão, US em imersão de água e mobilizações com movimentos passivos e acessórios visando a manutenção da ADM. O tempo médio de cicatrização de lesões ligamentares é de 3 a 4 semanas.

Com ajuda daqui

Como evitar lesões musculares na panturrilha no tênis

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As lesões musculares na panturrilha são lesões muito frequentes em jogadores de tênis de quadra. Ocorrem em geral durante uma corrida com desaceleração brusta  ( correr para pegar uma bola difícil). A lesão ocorre mais frequentemente na massa muscular porém em alguns casos a lesão é mais baixa e compromete a transição musculo tendinosa ou em alguns casos no tendão de aquiles, esses casos em geral o paciente relata uma história de dor crônica prévia no local. Essa lesão ocorre em geral em tendões de Aquiles previamente doentes e muitos casos são encaminhados para tratamento cirúrgico.

Como evitar lesões musculares na panturrilha?
1- Alongue antes e depois do jogo.
2- Faço reforço muscular nas panturrilhas.
3- Procure um médico se surgir dor
4- Na dúvida não force;
5- Se estiver jogando em quadra de cimento considere a possibilidade de trocar para quadra de saibro

Curso de Fisioterapia Desportiva

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Curso Fisioterapia Desportiva

O curso Fisioterapia Desportiva oferece ao profissional de fisioterapia conhecimentos sobre fisiopatologia, lesões, reabilitação, desportiva e muito mais.

Veja maiores informações sobre o Curso

Conteúdo:

Avaliação Física do Atleta;
Exame Físico;
Exame Laboratoriais;
Exame Físico do Atleta Iniciante;
Fisiopatologia Desportiva, o Conceito de Overuse;
Atividade Atlética e as Síndromes por Overuse;
Graduação das Lesões de Continuidade;
Análise das Diferentes Graduações das Lesões por Overuse;
Modalidades Específicas de Tratamento;
Taping (Bandagens);
Crioterapia;
Repouso;
A Reabilitação;
Lesões e Tratamento do Ombro;
Luxações e Subluxações;
Tendinite Biciptal;
Síndrome do Impacto ou Bursite Subacromial;
Lesão do Manguito Rotador;
Lesões e Tratamento do Cotovelo;
Lesões do Compartimento Lateral e Medial;
Tendinite Tricipital;
Fraturas;
Lesões e Tratamento do Punho e Mão;
Exame Físico do Punho e Dedos;
Síndromes Compressivas;
Tenossinovites;
Deslocamentos das Articulações Interfalangeanas Proximais e Distais;
Deslocamentos das Articulações Metacarpofalangeanas;
Lesões e Tratamento da Coluna Vertebral;
Instabilidades da Coluna Cervical;
Tetraparesia Transitória;
Fraturas Vertebrais;
Tratamento Fisioterapêutico;
Lesões e Tratamento do Quadril;
Pubalgia;
Tratamento;
Lesões Osteocondrais (Osteoartroses);
Disfunções Sacro-Ílíaca;
Bursite Trocantérica;
Lesões e Tratamento do Joelho;
Lesões Ligamento-Meniscais;
Lesões Osteocondrais;
Lesões e Tratamento do Tornozelo e Pé.


Síndrome do pinçamento subacromial no atleta

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É uma patologia frequente do atleta, principalmente aqueles que desempenham mecanismos de arremesso (voleibol, handebol, tênis, entre outros). Temos na prática clínica dois tipos de pinçamento:

1) Pinçamento subacromial primário: causado pelo impacto do manguito rotador entre a grande tuberosidade e o arco coracoacromial ou a articulação acromioclavicular. As causas são principalmente anormalidades anatômicas do acrômio (acrômio tipo III), osteófitos subacromiais e artrose acromioclavicular(4,5). Neer classificou o pinçamento em três fases:

Estágio 1: caracterizado por edema e hemorragia na bursa subacromial e no tendão do supraespinal, como resultado de traumas repetitivos (como por exemplo, o movimento de saque do tênis);

Estágio 2: nesta fase, o processo inflamatório produz fibrose e tendinite na porção distal insercional dos tendões;

Estágio 3: é caracterizado pela ruptura parcial ou total do tendão (qualquer um dos componentes do manguito rotador).

Esta classificação, ainda que antiga, dá-nos uma ideia muito boa da evolução e do prognóstico das dores de ombro nos atletas, e deve ser lembrada sempre que se lida com esportistas com dores de ombro. Dependendo da fase que a lesão se encontra, vamos propor um ou outro tratamento, que varia desde o tratamento exclusivamente clínico até a realização de cirurgias corretivas para realização de bursectomia ou acromioplastia, entre outros procedimentos(6).

2) Pinçamento subacromial secundário: no esporte, este tipo de pinçamento é particularmente importante, principalmente nas populações de esportistas juvenis (na idade de crescimento ósseo). Frequentemente dores na região do ombro, atribuídas ao pinçamento primário, podem ser confundidas com dores secundárias a instabilidades menores, e a atenção deve ser dada para o exame clínico cuidadoso. As principais causas que podem levar a um pinçamento secundário são os quadros menores de instabilidade(7), as frouxidões adquiridas após episódios traumáticos e a movimentação inadequada da escápula, conhecida também como discinesia escapular(8).

Do ponto de vista prático, no esportista, o que interessa é pensar nos quadros de pinçamento subacromial e fazer o diagnóstico diferencial com as patologias que podem causar o pinçamento secundário: lesões do manguito rotador, instabilidades glenoumerais e discinesia escapular. Tratar estas patologias em conjunto no esportista que pratica arremesso é imperativo para que tenhamos um bom resultado do tratamento, levando o atleta a um retorno no nível esportivo adequado e desejado.

Fonte

A osteoartrite em atletas profissionais

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Embora muita gente associe esporte com saúde, quando falamos de esporte profissionais, alguns 'efeitos colaterais' surgem por causa do treinamento excessivo. Umas modalidades favorecem mais para que esses 'efeitos'  aconteçam. Por isso, é importante sempre se preocupar com a prevenção e com a quantidade de treinamento.

Por exemplo, atletas de elite do sexo masculino que praticam esportes de alto contato - tais como futebol, futebol americano e rugby  - têm um risco maior de desenvolver osteoartrite no joelho e no quadril, se comparados a homens que praticam outras modalidades esportivas ou não praticam esporte, diz um estudo sueco.

A osteoartrose, osteoartrite ou artrose é uma doença relacionada com uma lesão degenerativa (desgaste) na cartilagem articular, que causa dor, inchaço e limitação dos movimentos. A articulação é a parte do corpo que une os ossos e permite a realização de movimentos. As superfícies dos ossos que se aproximam são revestidas pela cartilagem articular, cuja função é evitar o atrito de um osso contra o outro e amortecer o impacto produzido pelo movimento ou pelo esforço, facilitando o deslizamento das extremidades ósseas. Com o aparecimento da artrose, os movimentos articulares ficam prejudicados

Segundo um dos autores do estudo, Magnus Tveit, da Universidade de Lund, na Suécia, a osteoartrite de quadril e de joelho é mais comumente encontrada em ex-atletas de elite do sexo masculino.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram dados de mais de 700 atletas suecos aposentados - entre 50-93 anos, que tinham praticado esportes em nível profissional e olímpico - e de cerca de 1.400 homens da mesma idade que se exercitavam muito pouco ou eram sedentários.

O grupo de atletas aposentados incluía homens que haviam praticado esportes de alto contato, como futebol e hóquei, e praticantes de modalidades que não envolvem contato, como corrida, natação e ciclismo. Ao término da análise de dados, o risco de desenvolver artrite de quadril ou de joelho foi 85% maior em atletas de elite. O risco para aqueles que praticavam pouco ou nenhum exercício foi de 19%.Com a informação sobre o risco de desenvolver artrose, como resultado da participação esportiva, médicos e atletas podem pensar em medidas preventivas de lesões, invalidez e dor.

Embora o estudo tenha registrado um pequeno impacto da prática esportiva em atletas mais jovens ou 'atletas de fim de semana', há algumas lições importantes que podemos retirar do estudo. O aspecto mais reconfortante dos dados é que a maioria dos esportes, provavelmente, não aumenta o risco de desenvolvimento de osteoartrite de joelho e quadril, especialmente quando competimos em um nível de lazer.

Os esportes que foram apontados como causadores do aumento de risco de osteoartrite são os de alto contato. Para pessoas que querem reduzir o risco de artrose, a escolha do esporte ideal deve recair sobre as modalidades que têm menor risco de lesões, modalidades sem contato e de baixo impacto. Tênis, natação e ciclismo são boas alternativas.

É muito importante também que os atletas que se dedicam aos esportes de alto risco, como o futebol, principalmente nos níveis de elite, e por muitos anos, saibam que têm uma probabilidade maior de desenvolver osteoartrite. Por isto, devem prestar atenção aos outros fatores de risco associados com o desenvolvimento da doença, tais como: obesidade, idade, lesão ou estresse nas articulações, bem como o histórico familiar.

Esse texto fala sobre uma pesquisa mas quem lida com esporte de alto rendimento tem ideia do quanto um treino repetitivo durante anos pode causar numa pessoa. É preciso tomar cuidado na prevenção.

Pliometria na reabilitação de atletas

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A utilização de exercícios pliométicos não é novidade na reabilitação de atletas. Para obter um melhor resultado na recuperação, é importante levar o atleta para a sua atividade e trabalhar saltos e potencia em membros não lesionados pode trazer benefícios.

Além disso, há uma explicação de Bisciotti (BISCIOTTI (2002) apud ROSSI; BRANDELIZE, 2007) que afirma haver uma diminuição da capacidade elástica da musculatura, após uma lesão muscular, isso explicaria a importância dos exercícios pliométricos no sentido de evitar uma lesão repetitiva e/ou prevenir uma eventual lesão mais grave.

Além disso, há  Voight (VOIGHT, 2003, apud ROSSI, 2007) que relata que o atleta que realiza atividades com o CAE obtém maior êxito na função muscular, permitindo a correção de "déficits proprioceptivos", melhorando o desempenho neuromuscular e a eficiência neural.

Rossi (2007) sugere ainda que a pliometria deva ser usada como um reeducador neuromuscular, ativando os músculos para proteger as articulações, podendo ser utilizado na prevenção de lesão em atletas.

Hewett (2005) diz que os treinamentos com saltos pliométricos, principalmente em atletas do sexo feminino, melhoram a ativação da musculatura do quadril, à qual é importante para a estabilização do joelho e consequentemente na prevenção de lesões.

Andrews (2000) acredita que um programa de treinamento pliométrico pode ser bastante útil em atletas que realizam movimentos acima da cabeça (arremessadores, entre outros) e pode ser usada nas extremidades superiores. Esses mesmos autores reafirmam os méritos desses treinamentos para os membros inferiores, dentre os quais se destacam tendinopatias, lesões musculares, entorses de tornozelo, lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) e posterior (LCP).

Segundo Prentice (2002) os exercícios pliométricos podem ser classificados de acordo com a carga aplicada, sendo Carga Medial Lateral (CML), Carga Rotacional (CR) e Carga de Absorção de Choque/ Desaceleração (CAC/D). A função da CML é atividades de mudança de direção, sendo necessário à criação de exercícios que reforcem a capacidade do atleta de aceitar peso sobre o membro inferior comprometido, abordando a realização dos programas pliométricos com mudanças de direção.

Atletas que sofreram entorses no "complexo capsular" ou ligamentar do tornozelo ou, ainda, lesões no joelho, adutores e abdutores de quadril, são os principais candidatos para a CML. Saltos laterais unipedais (passos rápidos com carga vaga), realizados no local e Cruzamentos (Cross-over), realizados em distância dinâmica, são alguns exercícios usados.

Como a rotação do joelho é controlada pelos ligamentos cruzados, pelos meniscos e pela cápsula, as atividades pliométricas com componente rotacional, o CR é excelente para as lesões nesses itens citados. Levando sempre em conta que deve ser feito com cautela para não ultrapassar e prejudicar a fase de recuperação do treinamento. Saltos giratórios (Spin Jumps), realizados no local e Saltos Laterais (Hop Lateral), realizados em distância dinâmica, são alguns exercícios usados.

O CAC/D talvez seja o treinamento pliométrico que mais exige do corpo, uma vez que impõe uma quantidade imensa de estresse sobre o músculo, o tendão e a cartilagem articular. Os atletas devem ser preparados para o exercício de absorção de impacto, maximizando gradativamente os efeitos da gravidade. Atividades populares para minimizar a gravidade da lesão incluem exercícios aquáticos ou esforços assistidos pela retirada da carga. Saltos em ciclo (Cycle Jumps), Exercícios dos cinco pontos (Five-Dot Drill), são alguns exercícios realizados no local (PRENTICE, 2002).

As referencias bibliográticas completas estão nesse artigo

Pilates e treinamento funcional

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Tanto o Pilates quanto o treinamento funcional solicitam em todo momento o Core, que é um conjunto de músculos importantíssimos, são os mobilizadores (maiores) e estabilizadores (menores, mais profundos) do tronco. O fortalecimento destas musculaturas do centro de força ou power house, como chamado pelo criador Josef Pilates e atualmente denominado de Core é de fundamental importância para a prevenção e alivio de dores na coluna, melhora na postura, para o movimentar-se das tarefas diárias, evita também a incontinência urinária. Com o treino do Core durante treinos de até 1 hora, no mínimo 2x por semana, consegue-se na maioria dos praticantes uma melhora do tônus muscular na região de coxa, abdômen, glúteos e panturrilha.

Existem muitos exercícios do Pilates de Solo que foram incorporados nos treinos funcionais, nas salas de ginástica e musculação, por sua praticidade e eficiência, é são justamente os exercícios que focam a região abdominal, glúteos e dorso lombar, o Core!

Algumas diferenças entre eles: o Pilates é uma atividade física que busca proporcionar o aluno condicionamento físico juntamente com um bem estar, respiração e consciência corporal os exercícios não oferecem impactos articulares e são de intensidade moderada, não foca o emagrecimento. O treinamento funcional visa o mesmo condicionamento físico, porém é mais dinâmico, os exercícios são mais intensos e tem melhor resposta para o emagrecimento.
Além disso, os exercícios funcionais podem auxiliar a evitar possíveis lesões. Isso porque o treino melhora o equilíbrio e faz a pessoa se movimentar melhor, estando menos propícia a ter torções e contusões.

Os exercícios trabalham os músculos do tronco e da pelve e desenvolvem a musculatura para um melhor desempenho na rotina de trabalho, lazer, ajudando a se ter uma maior qualidade de vida.
A nossa proposta nesta semana temática é juntar as duas modalidades – Pilates Funcional – realizando exercícios mais dinâmicos, simulando atividades diárias e esportivas como varrer, remar e correr. Mantendo o foco nos princípios do Pilates.
Fonte: pilatesdesolo.blogspot.com.br

Exercícios terapêuticos para a síndrome da banda ílio-tibial

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A banda ílio-tibial é uma faixa espessa de tecido fibroso que se inicia na crista ilíaca (o bordo lateral do osso da bacia) e se vem inserir lateralmente ao joelho, na parte superior da tíbia. As fibras do músculo tensor da fáscia lata e algumas fibras do glúteo inserem-se na banda iliotibial, e esta atua coordenando a função muscular e estabilizando o joelho durante a corrida.
Os seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma síndrome da banda ílio-tibialDeverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.


Alongamento ativo da cadeia posterior
Deitado, com um elástico na ponta do pé, com a coxa e joelho dobrados a 90o. Mantenha a tensão no elástico enquanto estica o mais possível o joelho, puxado a ponta do pé para si. Mantenha a posição durante 20 segundos.

Repita entre 5 a 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.


 Alongamento ativo do tensor da fascia lata
Em pé, com a perna a alongar cruzada atrás da outra. Empurre a anca no sentido da perna a alongar.
Mantenha a posição durante 20 segundos.
Repita entre 5 a 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma. 


 Fortalecimento isométrico do quadricípite
Sentado, com a perna estendida e um rolo sob o joelho. Esprema e o rolo e solte suavemente, enquanto sente a contração imediatamente acima do joelho.
Repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.

Antes de iniciar estes exercícios você deve sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.

Saiba tudo sobre Pubalgia

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A pubalgia é um termo abrangente que significa dor na região púbica, que pode ser na inserção da musculatura abdominal e adutora, na articulação ou componentes articulares da sínfise púbica. Essa patologia é um dos acometimentos mais comuns em esportistas.

O quadro clínico pode se apresentar de forma aguda (pubalgia traumática) ou crônica (pubalgia crônica) com dor na região inguino-púbica, normalmente unilateral, que piora com a atividade física. Os atletas apresentam dor difusa na pelve e abdômen inferior, com irradiação para a região perineal e raiz da coxa associando-se, às vezes, a um estalido local, o que torna obrigatório o diagnóstico diferencial com outras patologias, como: hérnia inguinal, prostatite, espondilite anquilosante, artrite reumatóide, etc. O diagnóstico baseia-se numa análise sintomática aliada a avaliação biomecânica, onde o determinante é a investigação da causa. No exame físico, a dor pode ser desencadeada pelo apoio monopodálico, ou durante a marcha, na palpação, compressão da pelve e manobras específicas (testes ativos, passivos e resistidos em flexão, extensão, abdução, adução e rotações interna e externa do quadril, bem como em extensão do joelho e instabilidade da sínfise púbica) uma das mais utilizadas é a manobra de Grava, que pesquisa a instabilidade da sínfise púbica, através do desequilíbrio da musculatura adutora e do reto abdominal.

A fisiopatologia desta lesão é multifatorial, podendo ser desencadeada por overuse (microtrauma repetitivo), por desequilibrio de forças que atuam na sínfise púbica, por desproporção entre a força muscular e a área de inserção tendinosa no púbis, decorrente de movimentos com mudanças bruscas de direção, aceleração e desaceleração, abdução e flexo-extensão excessivas. A pubalgia pode decorrer também, de disfunções das articulações sacro-íliacas, que causam alterações posicionais de um íliaco em relação ao outro, levando os ramos púbicos a um posicionamento inadequado, causando estresse na sínfise púbica.

A sínfise púbica é uma região submetida a trações musculares com direções diferentes, e sofre deslocamentos de cima para baixo, quando os músculos adutores são solicitados e de baixo para cima, quando os músculos abdominais são solicitados. Este deslocamento é muito pequeno, e se produz no apoio monopodal durante a marcha. Ocorre que, o apoio monopodal, a cada passo, durante a marcha, transmite forças reacionais ao solo, elevando a articulação coxo-femoral do lado do apoio, enquanto que no lado oposto, o peso do membro em sustentação tende a fazer baixar a coxo-femoral, gerando então, uma força de cisalhamento na sínfise púbica.

Além dessa força de cisalhamento, a sínfise púbiana está sujeita a movimentos de compressão e tração, que ocorrem devido ao movimento oscilatório de rotação anterior e posterior do osso ilíaco, juntamente com os movimentos de nutação, que consiste em uma rotação do sacro, de forma que, o promontório se desloque para baixo e para frente, e também uma aproximação das asas ilíacas, levando a um afastamento das tuberosidades isquiáticas, e contra-nutação da articulação sacroilíaca, onde ocorre uma rotação do sacro, de modo que, o promontório se desloque para cima e para trás, levando a um afastamento das asas ilíacas, e uma aproximação das tuberosidades isquiáticas.

Durante as atividades de corrida, saltos e chutes, ocorre na sínfise púbica movimentos para cima, para baixo e uma leve rotação podendo gerar microtrauma.

Nos jogadores de futebol, a pubalgia pode se apresentar nas duas formas, a traumática, que pode ocorrer, por exemplo, quando o jogador salta e cai sobre os membros inferiores, gerando forças reacionais do solo desiguais, podendo causar uma elevação maior de um ramo púbico, o que levaria a um estiramento dos ligamentos púbicos. Pode ocorrer também, quando o atleta realiza o movimento de chute e, é bloqueado por um adversário, ou, ainda, quando na tentativa de alcançar a bola, faz uma abdução exagerada do quadril, este movimento gera uma tensão excessiva na musculatura adutora, que pode sofrer estiramentos. A crônica ou insidiosa é decorrente de um excesso de solicitação da musculatura abdominal e adutora, ocorrendo, na maioria das vezes, devido a um esquema funcional alterado. Os jogadores de futebol, atuam com frequência, na postura de semi-flexão de joelho, e a articulação do joelho semi-fletida, apresenta uma estabilidade menor que quando estendida, esta diminuição na estabilidade articular, é compensada por uma participação ativa dos músculos ísquiotibiais, o que leva os jogadores de futebol, a desenvolverem músculos ísquio-tibiais fortes e "encurtados", causando o surgimento de compensações estáticas e dinâmicas. Uma da compensações estáticas que a retração dos ísquio-tibiais pode apresentar, encontra-se no osso ilíaco, devido a sua inserção, fazendo com que a tuberosidade isquiática se desloque para baixo e promova uma rotação posterior do ilíaco, levando a uma elevação do ramo púbico e consequente estiramento da musculatura adutora homolateral, tornando estes músculos mais suscetiveis a lesão.

Uma boa fisiologia dos músculos ísquio-tibiais garantem uma boa mobilidade da pelve, pois quanto mais flexível a cadeia posterior, mais livre o movimento do quadril.

Para ilustrar as compensações dinâmicas, vejamos o movimento do chute: A primeira compensação observada, é um limite no ângulo do chute devido ao encurtamento dos músculos ísquios-tibiais; a segunda, é uma flexão do joelho na tentativa de preservar os músculos posteriores; A terceira compensação ocorre no momento em que o atleta faz o movimento do chute, tentando alcançar a bola numa altura relativamente alta, com o joelho estendido, a flexão do quadril está limitada, utilizando então, neste caso, uma flexão do joelho de apoio, para que a báscula do quadril permita a elevação restante. O mais importante nesta terceira compensação, é a participação dos músculos abdominais, principalmente o reto, que ajudam na elevação dos ramos púbicos. Nos jogadores de futebol, a musculatura abdominal já é bastante solicitada em vários movimentos: no cabeceio, nos dribles e na corrida, se além desta solicitação, for adicionada uma retração da musculatura ísquio-tibial, sua participação se torna excessiva na tentativa de elevar o ramo púbico da perna do chute, o que permite uma maior amplitude no movimento de flexão do quadril.

O tratamento da pubalgia caracteriza-se por tempo prolongado, sendo o repouso de fundamental importância. As alternativas de tratamento utilizadas são: tratamento conservador e/ou cirúrgico. O primeiro baseia-se na Fisioterapia, uso de anti-inflamatórios hormonais e não-hormonais, sistêmicos ou locais, além de infiltrações de corticóides. A fisioterapia possui um importante papel, não só no processo de tratamento e reabilitação do atleta, mas também na implementação de medidas preventivas, buscando identificar os fatores de risco predisponentes, diminuindo assim, a suscetibilidade do atleta as lesões.

A intervenção cirúrgica é indicada para a retirada do tecido fibrótico, formado pela tensão exagerada, e o excesso de solicitação da musculatura abdominal. As técnicas mais utilizadas são, a tenotomia de adutores e o desbridamento da sínfise púbica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BUSQUET, Léopold. A pubalgia: medicina osteopática e medicina desportiva. [S.l.]: Editora Europress,1985.

CANAVAN, Paul K. Medicina esportiva: um guia abrangente. São Paulo: Editora Manole, 2001.


CARNAVAL, Paulo E. Sprint Magazine: Análise cinesiológica do chute no futebol. n 108. Editora Sprint: Rio de Janeiro, maio/junho de 2000.

KAPANDJI, I. A. Fisiologia Articular. v. 3. São Paulo: Editora Manole, 1980.

Moussalle, M.M.; Mosmann, A.; Mazzochini, D.; Fortino, E. Centro Universitário Feevale - XV CONGRESSO SUL-BRASILEIRO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - SULBRA 200

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/pubalgia-revisao-bibliografica/66867/#ixzz43q1VzYM7

Tratamento de Tendinite e Tendinose na Fisioterapia Desportiva

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Um dos problemas que os fisioterapeutas que trabalham com esportes enfrentam são as tendinites que aparecem durante os treinamentos Além de prejudicar rendimento, prejudica a evolução do desempenho.

Os tendões são estruturas de tecido conjuntivo que unem um músculo a um osso, transmitindo a força gerada pelo músculo à estrutura óssea. Por isso, a força exercida nos tendões precisa ser monitorada para não haver lesão, entre elas as entorses traumáticas, traumatismos indiretos relacionados com a vascularização, doença inflamatória associada e idade ou lesões micro de traumas de sobrecarga.É fato que atividades desportivas tem aumentado e as exigências no esporte profissional são crescentes, com treinos mais intensos e frequentes e, portanto, com maior risco de lesões por excesso de uso.

Pensando pelo lado amador, a crescente participação de gente que começam  a treinar mais novos, sem o equipamento nem acompanhamento profissional ideal, eleva o risco do desenvolvimento de uma tendinopatia.

É importante ter em mente que cada atividade afetará de forma diferentes os tendões. A tendinopatia traduz-se pela presença de dor, sensibilidade ao toque, inchaço e limitação dos movimentos na região afetada. Já o termo "tendinose" tem sido utilizado para descrever uma alteração degenerativa de um tendão sem sinais inflamatórios.

A distinção entre tendinite e tendinose é difícil, porque os sintomas são muito semelhantes, mas é importante de modo a que o tratamento possa ser o mais apropriado.

Embora se associe a tendinite a um processo doloroso com sensação de ardor na área afetada, perda de força e flexibilidade, esses sintomas são muitas vezes causadas por uma tendinose.

Uma tendinite é a inflamação de um tendão e resulta da ocorrência de micro-roturas sempre que o músculo e tendão respectivo são submetidos a cargas muito intensas e aplicadas de um modo súbito.

Uma tendinose é um processo denegerativo do colágeno de um tendão como resposta a um excesso de uso crónico. Quando esse excesso de uso é mantido sem que o tendão tenha tempo para repousar e cicatrizar, ocorre tendinose. Mesmo movimentos de pequena amplitude, como clicar o rato do computador, podem causar tendinose, desde que executados de um modo repetido.

Muitas vezes, uma lesão de um tendão apresenta na fase inicial um componente de inflamação ao qual se segue o processo de degeneração. Como tal, as duas (tendinite e tendinose) podem, em alguns casos, estar interligadas.

A tendinose pode resultar de longas horas de atividades, como o desporto, uso de computadores ou instrumentos musicais ou outras atividades manuais.

Existem diversos fatores de risco para a ocorrência de lesões dos tendões, como as deficiências de alinhamento, as diferenças de comprimentos dos membros, os desequilíbrios musculares, a hipermobilidade ou a rigidez muscular, os erros no treino, tanto na intensidade como na técnica, a fadiga, o piso e o tipo de calçado e de equipamento,

A confusão entre as duas   é comum e muitas lesões descritas como tendinites são, na realidade, tendinoses. Por exemplo, "o cotovelo de tenista", tradicionalmente descrito como uma tendinite, apresenta características que permitem classificá-lo como uma tendinose.

A distinção entre os dois quadros é possível mediante recurso à ecografia ou à ressonância magnética, que permitem demonstrar a solução de continuidade no colágeno dos tendões, no caso das tendinoses. Contudo, de um modo geral, estas lesões são diagnosticadas com base nos elementos de natureza clínica.

O quadro seguinte ilustra as principais diferenças entre as duas entidades.
 

 TendinoseTendinite
Tempo de recuperação,
fase precoce 
6-10 semanasDias a 2 semanas
Tempo de recuperação,
fase avançada 
3-6 meses4-6 semanas
TratamentoEstimular a sintese de colágeno e a força muscularAnti-inflamatórios
Prevalência ComumRara

Como se referiu, a principal razão para distinguir as duas entidades é a definição da estratégia terapêutica.

Enquanto para a tendinite o tratamento visa reduzir a inflamação, esta não está presente na tendinose. Aqui, os tratamentos que visam controlar a inflamação estão contra-indicados, por retardarem a reparação do colágeno

O tempo de recuperação para a tendinite é de alguns dias a 6 semanas, dependendo se o tratamento é iniciado numa fase precoce ou avançada.

Para a tendinose, o tratamento iniciado numa fase inicial permite uma recuperação em 6 a 10 semanas. Na fase cronica, o tratamento pode durar 3 a 9 meses.

Alguns estudos sugerem que os tendões demoram cerca de 100 dias para produzirem novo colágeno e, por esse facto, tratamento mais curtos não serão eficazes.

O tratamento das tendinoses inclui o repouso, um ajustamento na postura no local de trabalho e no desporto, uso de suporte apropriado para o tendão afetado, manutenção da execução de movimentos com o músculo envolvido associados a alongamentos para impedir a retração muscular e estimular a cicatrização, uso de gelo durante períodos de 15-20 minutos várias vezes por dia com intervalos de, pelo menos, 45 minutos, exercícios de alongamentos realizados lentamente, estimulando a produção de colágeno e sessões de massagens para estimular a circulação e a atividade celular.

Uma correta nutrição, incluindo vitamina C, magnésio e zinco, é importante para a produção de colágeno. A vitamina B6 e a vitamina E também contribuem para a saúde dos tendões.

Embora seja pouco provável que as lesões associadas à tendinose regridam por completo, estes tratamentos melhoram a força do tendão e interrompem o ciclo de lesão, permitindo a introdução de colágeno saudável na área afetada e melhorando a circulação.

Por outro lado, este tratamento reduz a dor, aumenta a amplitude dos movimentos e permite o retorno às atividades diárias.

Uma vez que a tendinose provoca alterações nos tecidos que os tornam mais susceptíveis a novas lesões, é importante manter uma atenção especial sobre o tendão afetado mesmo após o tratamento estar concluído. As massagens, alongamentos e um correto aquecimento antes de um treino, são exemplos de estratégias úteis para a prevenção de novas lesões e para a manutenção dos tecidos saudáveis.

Sete motivos para fazer uma Pós-Graduação em Fisioterapia Desportiva

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Traumatologia, Ortopedia e Desportiva são áreas responsáveis por grande parte da assistência prestada por profissionais de Fisioterapia. Cada vez mais, é necessário que os fisioterapeutas estejam melhor preparados para atuarem no mercado de trabalho, utilizado amplamente os recursos possíveis em atenção global à população beneficiada por esse serviço.

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