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Channel: FISIOTERAPIA DESPORTIVA
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Cuide e evite uma lesão grave após sofrer entorse no joelho

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 Joelho Eu atleta (Foto: Getty Images)

Torcer o joelho durante uma prova ou treino pode ser bastante doloroso, mas  muitas vezes não é uma lesão grave. Se você sofreu uma torção no joelho, você pode ter um pouco de dor, inchaço, hematomas e eventualmente cursar com instabilidade, a falta de firmeza.
        
Para se recuperar mais rápido de uma entorse do joelho, você precisa seguir um plano de cinco etapas do tratamento, clinicamente conhecido como PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão, elevação).

Passo 1 – PROTEÇÃO
No momento agudo da torsão, exponha a área lesionada, proteja com algo rígido, como uma tala ou uma faixa. Pare imediatamente de fazer a atividade, pois se insistir em continuar pode agravar a lesão e siga os passos seguintes.

Passo 2 – REPOUSO/ DESCANSO
Após sofrer uma entorse no joelho, o descanso é provavelmente a parte mais importante do tratamento. Tente evitar colocar peso no joelho (carga) e ande o mínimo possível.

Passo 3 – GELO
O gelo ajuda a aliviar a inflamação (dor, calor, inchaço e vermelhidão). Coloque os cubos de gelo ou gelo picado em um saco plástico lacrado. Embrulhe a bolsa em uma toalha ou pano. Coloque sobre o joelho na área dolorida por 15 a 20 minutos, três vezes por dia. Continuar tratando o joelho com gelo por pelo menos três dias.

Passo 4 – COMPRESSÃO/ IMOBILIZAÇÃO
Comprima o joelho envolvendo-o com uma bandagem elástica (tapes) ou estabilizadores / joelheiras. Envolva com uma faixa firme o suficiente para suportar o seu joelho, mas não tão apertado que prenda a sua circulação.

Passo 5 – ELEVAÇÃO
Eleve o joelho dolorido, tanto quanto possível. Tente manter seu joelho acima do seu coração para diminuir o fluxo de sangue e inchaço no seu joelho. Deite-se de costas e coloque dois ou três travesseiros debaixo de sua entorse no joelho durante o sono.

ATENÇÃO

Cuidado com os terrenos irregulares que podem gerar maior instabilidade e favorecer as entorses. Faça sempre um trabalho de fortalecimento preventivo e de equilíbrio para evitar o famoso 'torceu sozinho'.

DICAS

Se não melhorar/ aliviar dentro de cinco dias  procure um especialista para que seja feita uma avaliação clínica e se necessário um exame de imagem complementar para se certificar que não há danos estruturais ou ligamentares do seu joelho.



Síndrome do estresse tibal medial, a canelite

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https://www.antoniocgomes.com/wp-content/uploads/2012/12/canelite2.png

A Síndrome do estresse tibal medial, SETM, ou popularmente como é conhecida "canelite"; é caracterizada por dor ao longo da tíbia anterior.

Esta síndrome é comum, causada por uso excessivo, em corredores e atletas de esportes que exijam muita corrida. Geralmente, calçados inadequados, pisos desiguais e com longos declives podem propiciar esse tipo de lesão, assim como o aumento abrupto no volume e/ou intensidade dos treinos. Os atletas com pisadas do tipo pronada e super pronada parecem fazer parte do grupo do risco para a síndrome. Se não for tratada precocemente pode gerar até mesmo uma fratura por estresse.

A dor tem carater progressivo, iniciando apenas durante os treinos e posteriormente tornando se constante, outros sinais ou sintomas como o edema, geralmente, não são visualizados.

O diagnóstico é clínico e exames complementares, como a radiografia e a cintilografia, poderão ser solicitados para excluir outras causas de dor como a própria fratura por estresses.

O tratamento da fase aguda consiste em: proteção, repouso, gelo, compressão e elevação. A fisioterapia auxilia na diminuição da dor. Para evitar reicidivas é necessário identificar o fator causal e tratá-los. O uso de palmilhas, diminuição dos treinos, calçados adequados e fisioterapia podem ser necessários.

Lesão de Anderson Silva poderia levar à amputação

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Momento da lesão de Anderson Silva

O cirugião Steven Sanders , que realizou a cirurgia de Anderson Silva, através de uma conferência por telefone, deu detalhes sobre a operação a que Spider se submeteu. Segundo o médico, o brasileiro se recupera bem e já está até andando de muletas.

"Faz menos de 48 horas que ele passou pela cirurgia e já o vi utilizando muletas. Eu acho isso maravilhoso porque não sei se conseguiria fazer isso de forma tão rápida!", disse.

Sanders também revelou que a primeira coisa que o ex-campeão dos médios perguntou quando chegou ao hospital foi "Quando vou poder voltar a treinar?".

Além disso, Sanders também explicou que Spider correu o risco de ter a perna amputada.

 "Foi uma lesão bastante severa, mas poderia ter sido pior. Se a pele tivesse se rompido ali no octógono, aumentariam as chances de infecção e poderia ter interrompido a circulação de sangue ao pé, podendo até ocasionar uma amputação. Mas no caso do Anderson, o problema real ali no momento era que, como a pele não se rompeu, ela ficou segurando a perna dele junta e, quando isso acontece, você acaba tento um estresse muito grande nos músculos e nos tecidos da região", disse.

Benefícios do treinamento muscular nos programas de fisioterapia desportiva

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http://www.feag.org.br/wp-content/uploads/2013/03/sinergia-musculatura-humana.jpg

Segundo Prentice (2002), o benefício do treinamento muscular multimodal durante a reabilitação tem sido amplamente aceito, e a carga excêntrica fornece um elemento especializado durante a reabilitação do atleta lesionado, haja vista que o uso do treinamento excêntrico irá preparar o atleta de forma mais eficiente durante momentos em que uma ação excêntrica for requerida  para a prática esportiva eficiente e segura ou mesmo para as demandas funcionais impostas pelo cotidiano.

Portanto, torna-se notório que o condicionamento muscular excêntrico reproduz as exigências biodinâmicas que serão impostas aos atletas ao retornarem à prática desportiva.

Segundo Mcardle et al. (2002), muitas atividades esportivas requerem ação muscular excêntrica de alto nível (em termos de velocidade, repetição
e intensidade) tanto para desempenho máximo quanto para proteção das articulações sinoviais e tecidos moles adjacentes.

Outra função extremamente relevante para a Fisioterapia acerca do condicionamento muscular excêntrico reside no fato deste poder atuar de forma preventiva em relação às lesões musculares induzidas pelo over-training, ou
síndrome do super treinamento em atletas de alto nível. Albert (2002) considera que embora uma simples sessão de exercício excêntrico possa induzir
a uma lesão muscular significativa, ela também confere ao músculo uma proteção considerável contra lesões similares resultantes de sessões
subseqüentes de exercícios de alta intensidade que constituem prática corrente nos programas de treinamento desportivo de alto nível.

Clarkson et al. (2001) demonstraram que a perda de força, liberação de creatina quinase e outros indicadores de lesões induzidas por exercícios são reduzidos significativamente em uma segunda sessão de exercício excêntrico dos flexores
do cotovelo.

Prentice e Arnheim (2002) lembram que as contrações musculares excêntricas, particularmente empregadas na reabilitação de várias lesões relacionadas ao desporto, são fundamentais para desacelerar o movimento de um membro, sobretudo durante as atividades dinâmicas de alta velocidade inevitavelmente requeridas durante a prática esportiva.

Os autores defendem que os déficits de força ou a incapacidade dos músculos em tolerar as cargas excêntricas a eles impostas (ressaltando que determinados gestos desportivos podem atingir uma velocidade angular de até 8000º/s - graus
por segundo) podem predispor o atleta descondicionado excentricamente a inúmeras lesões.

Alguns estudos de Jonhansen, Nemeth e Eriksson (1994); Stanton e Purdam (1989) sugerem que lesões na musculatura isquiotibial, em atletas de corridas de curta distância, estão, dentro de outros fatores, relacionados a pouca força excêntrica dessa musculatura.

Retirado do artigo:
A VALORIZAÇÃO DO TREINAMENTO MUSCULAR
EXCÊNTRICO NA FISIOTERAPIA DESPORTIVA
The valorization ofthe eccentric muscular training
on the sports physiotherapy
Anselmo Grego Neto
Cássio Preis

Lesões do Ligamento Cruzado Anterior em Atletas

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O Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é um ligamento denso, localizado no centro do joelho, que liga a superfície medial do côndilo femoral lateral, à porção ântero-medial da tíbia. Tem papel fundamental na estabilidade articular do joelho, tendo como função primária, estabilizar a articulação no sentido ântero-posterior. Também tem papel importante no controle da estabilidade rotacional. Pode ser dividido macroscopicamente em 2 porções ou bandas, cada qual com características e funções específicas.

Nas últimas décadas presenciamos uma grande evolução nos esportes em geral. O esporte se tornou mais veloz, intenso e cada vez mais físico. Com isso, houve também um grande aumento no número de lesões e, em especial, as lesões localizadas nos joelhos. Especificamente no basquete, Starkey et al, demonstrou, em um estudo acompanhando atletas da NBA por 10 anos, que o joelho é o segmento anatômico que responde pelo segundo lugar no número total de lesões (perdendo apenas para os tornozelos) e o principal responsável pelo afastamento dos atletas de treinos ou partidas. Outro estudo epidemiológico envolvendo 12 esportes apontou as lesões no joelho como as responsáveis pelo maior custo para o tratamento. É nesse contexto que se inserem as lesões no ligamento cruzado anterior.

As lesões do LCA são extremamente freqüentes na população desportista e acomete principalmente esportes que envolvam contato, desacelerações, mudanças de direção, saltos e aterrissagens. No Brasil, os dois principais esportes relacionados a essa lesão são o futeboal e o basquete. Estima-se que ocorram mais de 50 mil lesões de LCA por ano no mundo.

As lesões do LCA em geral são desencadeadas por um entorse do joelho, de origem traumática (desencadeada por um choque com outro atleta) ou atraumática (atleta torce sozinho, sem que haja uma força externa desencadeante), o último ocorrendo nas fases de desaceleração e aterrissagem de um salto. Os entorse de origem atraumática são comuns principalmente no sexo feminino. No momento do entorse, o joelho se encontra próximo da extensão (20 a 30° de flexão), e ocorre uma força em valgo, acompanhada de uma rotação externa da perna. O atleta sente um estalo e forte dor imediata, acompanhada de grande edema no joelho e incapacidade até de pisar com o membro acometido. O diagnóstico é feito pela combinação da história do trauma, exame clínico demonstrando instabilidade articular e exames complementares ( Ressonância Magnética).

O tratamento em atletas é sempre cirúrgico, sendo realizado através da implantação de um tecido que substitui o ligamento rompido. Os tecidos mais utilizados para substituição são o 1/3 central do tendão patelar e os tendões flexores da pata de ganso (Semitendíneo e Grácil). É possível também a utilização de enxertos de cadáver, porém devido à dificuldade de acesso, esse recurso é pouco utilizado em nosso país. A técnica cirúrgica pode variar também nos implantes utilizados para fixação do neoligamento e na reconstrução de uma ou duas bandas do ligamento.

Além dos avanços ocorridos no tratamento cirúrgico, muito se tem pesquisado sobre os fatores que levariam o atleta a desenvolver tal lesão. Além dos fatores extrínsecos como o tipo de esporte, tipos de quadra, calçado, foram identificados fatores intrínsecos que tornam o indivíduo mais suscetível a uma lesão do LCA. Sabe-se que as mulheres, quando expostas a mesma freqüência de treinamentos e jogos, tem uma chance 4 a 8 vezes maior de sofrerem uma ruptura de LCA que os homens. Essa maior predisposição é atribuída a um conjunto de alterações anatômicas, hormonais e biomecânicas, características do sexo feminino.  Sabe-se também que as mulheres tendem a sofrer a lesão em uma idade mais precoce que os homens.

Com a identificação dos possíveis atletas em risco, grandes esforços vêm sendo feitos para prevenir a lesão. Atualmente, uma série de estudos provou que o treinamento preventivo, constituído de exercícios de flexibilidade, fortalecimento, pliométricos e de propriocepção, são capazes de diminuir em até 70% a chance de ocorrer uma lesão. Esse parece ser o novo caminho a ser seguido dentro da Medicina Esportiva.

As lesões do cruzado anterior são consideradas lesões graves que trazem grandes repercussões físicas, mentais e financeiras para o atleta acometido. Basta dizer, que o atleta tem de passar por um tratamento cirúrgico, com reabilitação dolorosa e prolongada e que obriga um afastamento da atividade esportiva, que varia de 6 a 8 meses. Mesmo após o tratamento correto, boa parte dos pacientes evolui com algum tipo de sintoma, dor ou insegurança, o que pode acarretar uma diminuição da performance. 

Por:

Dr Daniel Gonçalves Docca
Dr. Moisés Cohen

Fisioterapia esportiva e atendimento a domicílio são áreas promissoras

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Fisioterapia esportiva e atendimento a domicílio são duas áreas promissoras para quem pensa em trabalhar com fisioterapia.

As duas áreas têm tido crescimento na procura por profissionais. A fisioterapia esportiva se destaca pela necessidade cada vez maior dos atletas de se reabilitar de lesões. O fisioterapeuta atua diretamente no gesto motor que a pessoa pratica. É uma área nova. Há pouca gente especializada. O atendimento a domicílio cresce com o aumento do número de idosos e tem remuneração maior, pela possibilidade de negociar direto com o paciente.

Começam a faltar profissionais no mercado de fisioterapia em geral. Há dois anos sobrava gente. Nesse período, foram abertos muitos concursos públicos e os profissionais se empregaram. Agora começa a faltar fisioterapeuta. O que precisa é o profissional ser valorizado, como em todas as áreas da saúde. O salário inicial do setor gira em torno de R$ 1.500. Já quem atende em casa pode cobrar cerca de R$ 80 por sessão. Há previsão de melhora nos salários em médio prazo.

A remuneração nas áreas pública e privada é parecida, com exceção de hospitais de ponta, que pagam mais. No entanto, quem trabalha no setor público tem mais dificuldades, porque muitas vezes falta material ou os equipamentos funcionam mal. “A grande maioria dos profissionais é autônoma e tem dois trabalhos ou mais”, disse Daniela.

O fisioterapeuta trabalha na reabilitação dos pacientes. Sua função é fazer com que voltem a sua situação anterior, como andar, respirar direito e fazer movimentos. Ele atua na lesão, independente de onde seja. O trabalho é feito com ajuda de aparelhos e equipamentos.

Especialização

Para trabalhar na área, o profissional deve gostar de pessoas, de trabalhar com as mãos, deve ter empatia e estar preparado para lidar com a dor dos pacientes. Tem de se colocar no lugar do outro, mas ao mesmo tempo não se deixar envolver demais. O trabalho pode ser feito em hospitais públicos e particulares, consultórios e a domicílio.

A área de ortopedia é a mais conhecida da população, mas não é a única. Dá para se especializar em várias áreas. Uma delas é a respiratória, feita principalmente em hospitais e com pacientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O fisioterapeuta especializado na área cardiológica ajuda pacientes que sofreram infarto ou que têm doença coronariana.

O especialista em uroginecologia trabalha com pessoas que têm incontinência. Há ainda o atendimento a pessoas com doenças pulmonares obstrutivas crônicas, como enfisema e bronquite, e o trabalho específico com pessoas com problemas neurológicos.

Fisioterapeuta é eleita a melhor profissão relacionada ao mundo esportivo

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ThinkStock

Sabe-se, inclusive por meio de listas da FORBES, que jogadores e técnicos dos principais esportes do mundo ganham muito dinheiro. O boxeador Floyd Mayweather, por exemplo, ganhou cerca de US$ 85 milhões no ano, segundo o último cálculo, de junho de 2012.

Mas e todas as outras profissões relacionadas a esportes? Como são os salários de fisioterapeutas e jornalistas esportivos? O site norte-americano de empregos CareerCast tem uma lista anual dos melhores e piores trabalhos nos EUA, levando em consideração fatores como salário, potencial de crescimento e até viagens.

Com dados da Secretaria de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos (BLS), o site elegeu a profissão de fisioterapeuta como a melhor relacionada ao esporte. Segundo a secretaria, a média de salário anual desses profissionais é de US$ 76.000.

Do outro lado do Top 10 está o cargo de técnico, com uma média salarial por ano de US$ 28.000. O número é baixo porque todos os profissionais com esse cargo foram levados em consideração, incluindo os que trabalham em escolas públicas e até os que têm dois empregos para se sustentarem.

Jogadores não chegam nem a entrar na lista porque há muitas variáveis, como fatores físicos, que não podem ser descritas e consideradas uniformes, como no caso de um psicólogo ou de um jornalista. Para os interessados na média salarial de um jogador, a BLS indica US$ 44.000 por ano, em 2010, com potencial de crescimento de 22%.

Fisioterapia assume novo papel no judô brasileiro

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Pesquisa feita pela comissão técnica da seleção principal de judô do Brasil dá conta de que um atleta de alto rendimento passa, em média, 132 horas do ano fazendo fisioterapia. Mas está enganado quem pensa que a fisioterapia acontece apenas como parte da recuperação de traumas. Hoje, a ciência vai muito além e tem a função de diminuir a quantidade de lesões de um atleta ao longo da carreira. É a chamada fisioterapia preventiva.
 
"A fisioterapia preventiva é cada vez mais utilizada nos profissionais do esporte e, certamente, isto resultará em atletas mais preparados e com longevidade profissional. Importante que esta atuação se estenda para todas as pessoas, e não somente aos atletas. Cabe a todos envolvidos com a Fisioterapia demonstrar sua importância para toda a sociedade", afirma o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de Mato Grosso do Sul (Crefito 13), Carlos Alberto Eloy Tavares.
 
Para Thiago Takara, um dos fisioterapeutas da comissão técnica da seleção, a fisioterapia pode entrar com outros elementos na preparação do atleta: “O elemento prevenção, o elemento postura, muitos outros elementos além de tratar aquela lesão pontual”, disse.
 
Também membro da equipe, o fisioterapeuta Marcus Vinicius Gomes concorda: “Hoje os atletas pedem que nós filmemos o processo preventivo que fazemos para levar para os seus clubes. Elas estão entendendo a necessidade desse tipo de atividade e o benefício que isso trará para a carreira deles, que é muito curta. Um dos benefícios que a fisioterapia preventiva traz é conseguir prolongar a vida competitiva em alta rendimento”.
 
A comissão técnica da seleção brasileira de Judô conta com dez profissionais da área. Além de Takara e Marcus Vinicius, atuam como fisioterapeutas da seleção principal Fábio Minutti, Priscila Marques, Roberta Mattar, Gláucio Paredes, Gabriel Bogalho, Camila Oliveira, Rafael Pereira e José Eduardo Arruda.
 
“Eu acho que nós temos profissionais muito competentes, cada um com uma especialidade diferente e acho que isso é bastante interessante porque um complementa o trabalho do outro, cada um tem um elemento a mais e, dependendo de cada necessidade, a gente direciona o atleta para outro profissional. Assim, a abordagem fica muito mais ampla”, disse Takara.
 
E para que a atuação dos profissionais seja completa, é necessário que os atletas conheçam a fundamentação da ciência. Por isso, durante a semana de concentração da seleção principal em São Paulo, os fisioterapeutas convocados para o treinamento tiveram a oportunidade de fazer uma explanação sobre o seu trabalho dentro da equipe.
 
“É uma possibilidade da gente mostrar a parte da ciência para os atletas. Muitas vezes, eles só veem o lado prático, mas com a palestra a gente pode apresentar a fundamentação. A gente tem explicado muito aos atletas que hoje há o profissionalismo e eles tem que se cuidar para aumentar a vida útil em alta performance. Quando percebem essa necessidade, eles passam a entender o processo, a valorizá-lo e ficam mais colaborativos”, disse Marcus Vinicius.
 
E uma das vantagens da equipe Confederação Brasileira de Judô (CBJ) é que a maioria são ex-atletas da modalidade, o que facilita o entendimento das necessidades dos atuais judocas da seleção principal. Isso ainda não é uma tônica dentro dos clubes e, por isso, a Confederação está desenvolvendo um guia com os procedimentos a serem adotados para os atletas de judô dentro de suas equipes.
 
“Nós já estamos fazendo uma série de protocolos para que todos os processos possam ser usados por todos os profissionais do judô, estamos desenvolvendo ciência dentro da CBJ”, completou Marcus Vinicius.

Sindrome da Banda Ilio-Tibial no Esporte

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A Síndrome da Banda Ilio-Tibial, também designada “síndrome do corredor”, trata-se de um conjunto de sinais e sintomas ao nível da Banda Ilio-Tibial. Essa estrutura fibrosa, corresponde ao tendão que surge dos músculos grande glúteo e tensor da fáscia lata e insere-se numa região óssea designada por tubérculo de Gerdy situado na parte externa da tíbia. Durante 20 a 30º de flexão do joelho (sempre que o joelho dobra aproximadamente na amplitude de movimento normal do passo) esta estrutura tendinosa fricciona (passa por cima) do epicôndilo externo (proeminência óssea do fémur).

Como surge?

Esta síndrome encontra-se igualmente nas dimensões das lesões desportivas de sobrecarga provocada por múltiplos movimentos repetidos, particularmente no movimento de flexão/extensão do joelho. Reconhece-se também que as suas causas podem ter várias origens, sendo que as mais aceites sejam por encurtamentos ou fraqueza de músculos específicos (ex. tensor da fáscia lata, médio glúteo, adutores entre outros) ou alterações anatómicas estruturais como diferenças de comprimento entre os membros inferiores (pernas), varismo dos joelhos (pernas arqueadas) e pronação excessiva do pé (pé plano). Para além destas são descritas outras causas, como o uso de calçado inadequado ou degradado, treinos com alterações bruscas de intensidade e velocidade, e alterações sucessivas das superfícies de treino (ex. pisos planos para pisos inclinados).

Que população atinge?

O Síndrome da Banda Ílio-Tibial atinge fundamentalmente atletas ou populações fisicamente activas, predominantemente os corredores de curta ou longa distância devido à sobrecarga causada pela grande repetição do movimento. Do ponto de vista científico, resultados de alguns estudos referem que durante uma corrida de curta duração a Banda Ílio-tibial move-se (fricciona) cerca de 90 vezes por minuto ou 22.000 vezes durante uma corrida de longa duração (ex. maratona). Para além de ser muito frequente em corredores (seja qual for o nível competitivo), actualmente também se têm registado inúmeros casos em ciclistas de estrada ou de BTT.

Quais são os sinais e sintomas?

Geralmente os sintomas (dor) são sentidos ao nível do compartimento externo do joelho (parte de fora do joelho), podendo difundir-se (estender-se) ao longo da face externa da coxa (perna). A dor pode surgir mais ou menos 10 minutos após o inicio do treino, de acordo com a duração e/ou intensidade do mesmo, e em situações muito severas (de muita dor) obriga à paragem total. Em fases avançadas / crónicas os sintomas podem permanecer após a paragem do treino, em actividades como: descer ou subir escadas ou após períodos prolongados na posição de sentado. Em certos casos são descritas sensações de crepitação e de irritabilidade.

Qual é o tratamento?

- Deverá fazer repouso da actividade alterar sempre que possível as rotinas ou intensidade da corrida o treino de bicicleta (solicite ao seu fisioterapeuta várias sugestões).

- Programas de exercícios de alongamento e/ou de fortalecimento que visam melhorar a dinâmica de músculos específicos e relevantes,

- Dependendo da identificação da causa dos seus sintomas, podem ser necessárias avaliações específicas da postura e comportamento mecânico do seu pé; alteração / aconselhamento do calçado e pisos de treino.

- Aplicação de gelo e de alguns agentes físicos que visem a diminuição os seus sintomas / dor, podem também ser recursos necessários para diminuir os seus sintomas.

- O recurso a cirurgia é raro, mas em casos particulares pode representar uma alternativa.

Como prevenir o aparecimento da síndrome da banda Ilio-Tibial?

Manter um programa de alongamentos específicos, principalmente após os treinos, verificar e alterar com frequência o calçado utilizado e manter os níveis de treino de forma equilibrada (solicite mais informações ao seu fisioterapeuta).

Por: Charlotte Cazaban

Overtraining é um dos principais motivos de lesões nos ombros

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http://www.bahiapress.com.br/wp-content/uploads/2013/06/les%C3%A3o-nos-ombros.jpeg

Acho que, se há dois fatores que realmente são os mais prejudiciais para os ombros, esses podem ser o treinamento incorreto, assim como para quaisquer outros músculos, mas, especificamente aos ombros, o overtraining e, não falo nem de overreaching.

A verdade é que os ombros estão sinérgicos a basicamente tudo, inclusive ao treinamento de pernas, pasme! Eles estão presentes desde as simples roscas para bíceps, as extensões para tríceps, o treinamento de peitoral (óbvio), de dorsais (em especial a região dos romboides e do trapézio), no treinamento de pernas (lembram-se das dicas básicas para um bom agachamento com adução escapular?) e, óbvio, no próprio dia de treino de ombros/deltoides.

Pois bem, agora, imagine que, se eles estão sinérgicos à tudo, são treinados direta ou indiretamente quase que em todas as sessões, proporcionando assim um desgaste e uma solicitação bastante grande desse complexo grupamento. Diferente, por exemplo dos antebraços, normalmente mais propensos a fibras slow Twich, ou vermelhas que tem uma recuperação relativamente mais rápida, os ombros possuem uma recuperação mais lenta, além de, termos de contar que não somente a musculatura necessitará recuperar-se, mas outras estruturas, como as tendinosas, as articulares etc.

Para se realizar uma boa rotina sem correr riscos de sobrecarregar os ombros, em primeiro lugar é importante uma boa divisão de treino. Por exemplo, não é conveniente que se treine ombros logo no dia seguinte ao treino de peitorais (visto ser o grupamento que mais solicita os ombros como auxiliares) e nem o treinamento de peitorais logo após o dia de ombros. Ao mesmo tempo, deve-se ter bastante cuidado, caso você proponha algumas divisões de ombros que os treine mais do que uma vez na semana, INCLUSIVE TREINAMENTOS QUE ENVOLVEM UM DIA PARA POSTERIOR E UM DIA PARA ANTERIOR. Neste segundo caso, por exemplo, pouquíssimos ou, para alguns mais extremáticos apenas um exercício deve (m) ser realizado (s) para cada parte.

O mais conveniente mesmo que se faça é reservar um dia na semana para o treino de ombros e descansar, pelo menos 7 dias, ou seja, uma semana. Também, deve-se priorizar o trabalho na porção lateral dos deltoides e não principalmente nas frontais como muitos costumam fazer. Lembre-se que os supinos já fazem um bom trabalho nesse ponto.

Por fim, vale sempre lembrar que, um período totalmente sem treino, isto é, algo como uma semaninha, pode ser de suma importância para uma boa recuperação. Muitos atletas do passado e atuais, mesmo com seus altos usos de ergogênicos e todo o suporte que tem, assim o fazem.

Artigo: Equilíbrio estático e dinâmico em bailarinos

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Equilíbrio estático e dinâmico em bailarinos: revisão da literatura

 

Equilibrio estático y dinámico en bailarines: revisión de la literatura

 

 

Michelle Silva da Silveira Costa; Arthur de Sá Ferreira; Lilian Ramiro Felicio

Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação da UNISUAM – Rio de Janeiro (RJ), Brasil

A fisioterapia preventiva do ombro na Natação

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http://4.bp.blogspot.com/_izCKwEd6eU4/Sw0cyPigfUI/AAAAAAAAACM/bervwiqiG_o/s320/6992natacao.jpg

A natação é um dos esportes mais populares do mundo e os povos são atraídos para ela na busca por lazer, melhora da função cardiopulmonar ou por competição. É atualmente é uma das modalidades mais praticados no Brasil. Trata-se de uma atividade esportiva não traumática que se for bem orientada tem valores profiláticos e terapêuticos.

Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos8 a natação esportiva foi iniciada no Brasil no século XIX, quando em 1895, a União de Regatas Fluminense do Rio de Janeiro (a mais10 antiga entidade desportiva brasileira), composta pelos clubes praticantes de remo, organizava regatas e competições de natação no mar, na enseada de Botafogo.

Atletas de elite são um caso à parte em relação a seus equivalentes esportistas recreacionais, pois atuam dentro do esporte, no limite fisiológico entre o máximo da performance atlética e a lesão, e esta barreira pode ser ultrapassada por inúmeras circunstâncias advindas dos esportes de alta competitividade.19

A todos os desportos está associado algum tipo de lesão, com mais ou menos gravidade ou importância, contudo existem determinadas zonas do corpo que são mais afetadas do que outras.

Devido à carga excessiva de treinos ou a inadequada execução de alguns movimentos, vários distúrbios podem surgir comprometendo a desempenho dos atletas nadadores.

A queixa de dor nos ombros é frequente em diversas modalidades esportivas, tais como voleibol, handebol, basquetebol e ginástica olímpica, porém na natação há uma maior incidência de queixas dolorosas.

 A articulação glenoumeral, formada pela cabeça do úmero e pela fossa glenoidal, segundo Fernandes, Honda e Natour (2006), é uma das mais instáveis e móveis das articulações. Caracteriza-se por apresentar a maior amplitude do corpo humano, realizando movimentos de flexão e extensão, abdução e adução e rotação lateral e rotação medial no cíngulo do membro superior 15. Dessa forma, esta articulação depende diretamente dos mecanismos de estabilização.

    Apesar da sobrecarga imposta ao ombro, anatomicamente, a cavidade glenoidea é rasa e tem uma superfície articular menor do que a cabeça do úmero. Assim, a formadas superfícies articulares não favorece a estabilidade que dependem, essencialmente, de ligamentos e músculos (DANGELO & FATTINE, 2010).

A estabilidade da articulação glenoumeral está diretamente relacionada ao manguito rotador e secundariamente aos músculos e ligamentos. O manguito rotador é composto pelos tendões dos músculos subescapular, supraespinhal, infraespinhal e redondo menor.Estes músculos se inserem na tuberosidade da cabeça do úmero e terminam em tendões largos e achatadosque continuam com a cápsula articular formando o manguito musculotendíneo.20

Os movimentos repetitivos do membro superior acima da cabeça resultam em aumento do estresse nas estruturas da articulação e aumento no potencial de lesão, como a laceração do manguito rotador.3

O impacto das lesões no esporte é negativo, uma vez que o afastamento do atleta das atividades interrompe o processo evolutivo de adaptações fisiológicas adquiridas por meio do treinamento, resultando em diminuição de rendimento e, em alguns casos, levando à incapacidade permanente da prática esportiva.

Muitos são os fatores que favorecem a lesão no ombro dos nadadores. Como principais podemos citar a frouxidão articular, o número de repetições das braçadas, o aumento da amplitude de movimento, a fadiga muscular e os erros na técnica e no treinamento com volume e intensidade inadequados.

A frouxidão articular é uma característica do nadador. Os atletas apresentam boa flexibilidade, fator importante para uma natação eficiente, porém esta flexibilidade pode se tornar prejudicial quando é excessiva, sendo chamada então de instabilidade.

Estudos sugerem que o aumento da flexibilidade possibilita ao nadador alcançar uma maior amplitude de movimento durante as braçadas, gerando uma maior força durante a puxada na água e melhorando então seu desempenho esportivo. Infelizmente com o aumento dessa flexibilidade ocorre um aumento na instabilidade do ombro, fazendo com que a cabeça do úmero se torne instável em relação à glenoide.

O atleta que apresenta frouxidão articular como característica constitucional deve estar atento. Seu ombro pode tornar-se instável devido aos treinos de alongamentos realizados de forma incorreta e a falta de condicionamento da musculatura específica do ombro.

Movimentos realizados de forma inadequada geram fadiga muscular. Os atletas de natação realizam treinos intensos para aumentar a resistência muscular, porém durante esses treinos ocorre fadiga da musculatura periescapular e de manguito rotador e alteração do posicionamento da escápula durante o movimento de braçada, sobrecarregando os tendões e favorecendo a lesão destas estruturas. (SUMURAWA, 2008)

Muitas dessas lesões são causadas pela inadequada mecânica de realização do gesto esportivo. Entre as patologias mais prevalentes, conseqüentes de todos esses fatores já citados temos: bursites, tendinopatiase tenossinovites. Bolsas são pequenos sacos cheios de fluido com a função de reduzir a fricção, distribuir o estresse e proteger estruturas subjacentes. Podem ser encontradas entre ossos e tendões, ente dois tendões ou entre um osso ou tendão e a pele.

As tendinopatias englobam a inflamação e ou a degeneração dos tendões. A solicitação constante e excessiva do tendão leva a mudanças em sua estrutura, isto por sua vez provoca processo inflamatório repetitivo, determinando graves modificações estruturais, o que favorece as microrrupturas.

 O fisioterapeuta faz-se de grande importância no tratamento e prevenção dessas patologias melhorando o rendimento e preservando o atleta. É valoroso a criação de um programa fisioterapêutico preventivo, a fim de diminuir a incidência de dor através do equilíbrio muscular e, consequentemente melhorar o rendimento do nadador de elite brasileiro.

Em época de Copa do Mundo, cuidado com a entorse do tornozelo

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Torção do tornozelo: mais do que um incômodo

Copa do Mundo chegando e não há como evitar de falar em lesões. Com vários jogadores se lesionando, vamos falar da entorses do tornozelo, que é a lesão mais comum no futebol. Talvez você não tenha como evitar quea primeira delas ocorra, mas pode fazer muito para impediras seguintes.

Esse tipo de lesão geralmente segue um padrão típico. A maioria acontece quando a sola do pé gira para dentro, lesionando os ligamentos na parte exterior do tornozelo — por exemplo, ao pisar sobre uma superfície desnivelada no gramado ou sobre o pé de outro jogador durante a corrida ou na aterrissagem, após um salto. Uma situação típica no futebol acontece quando o adversário chega deslizando e acerta a parte inferior da sua perna por dentro, forçando o pé a torcer-se também para dentro.

Além disso, há fatores pessoais de risco, como a resistência do tornozelo, a amplitude de movimentos e a maneira como você controla os mesmos. Esses fatores podem ser controlados com exercícios específicos, como os que foram incluídos nos "11+".

Um fator importante de risco é uma lesão prévia na região. Tornozeleiras semirrígidas ou com bolsas de arajudam a prevenir novas entorses e devem ser usadas por vários meses. Além disso, é possível treinar o equilíbrio usando discos e pranchas instáveis para os tornozelos.

A maioria dos jogadores encara as torções de tornozelo como um incômodo, mas é preciso proteger a região para que ela não volte a se lesionar.

Sintomas e sinais:
• Inchaço (em poucos minutos ou gradualmente, ao longo de várias horas).
• Dor ao tentar mover o tornozelo ou ao caminhar.
• Rigidez e impossibilidade de colocar todo o peso sobre o pé

Primeiros socorros
Aplicar o protocolo PRICE (sigla em inglês para proteção, repouso, gelo, compressão e elevação) ao tornozelo lesionado.

Lesões mais frequentes na Ginástica Artística

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http://imguol.com/2012/07/30/kazuhito-tanaka-do-japao-cai-durante-serie-no-cavalo-na-competicao-por-equipes-de-ginastica-artistica-1343692776459_956x500.jpg

A ginástica artística é uma das modalidades que mais atrai atenção do público. A competição pode ser individual ou por equipes: aberta a mulheres que disputam quatro provas (salto, trave, paralelas e solo) ; e homens, que disputam seis provas ( salto, cavalo, argolas, barra fixa, paralelas e solo).

Para conseguir a melhor nota na avaliação dos juízes, que avaliam o grau de dificuldade dos movimentos e execução, o ginasta deve acrescentar outros elementos além dos obrigatórios.

Os praticantes da ginástica artística dedicam muito tempo ao treino. O expectador de uma apresentação não é capaz de dimensionar a quantidade de horas dispensadas pelos atletas no preparo e elaboração dos movimentos. Ginastas profissionais podem treinar até 50 horas por semana. A grande dificuldade enfrentada por quem busca a excelência, diferentemente do que se pensa, é equilibrar-se no limite máximo de seu corpo.

Ginastas estão habituados a conviver com a dor inerente a sua prática e, por isso, podem não perceber a hora de interromper as atividades. A repetição diária, aliada ao grau de dificuldade dos movimentos, propicia o surgimento de lesões que acabam tirando o atleta dos treinos e das competições.

Os casos de dores são mais freqüentes no punho - associadas à sua dorsiflexão, e na região lombar da coluna - provavelmente devido à constante hiperextensão exigida aos ginastas. Lesões por deslocamento e fraturas são mais atribuídas às articulações do cotovelo e joelho. O tornozelo é apontado por diversos autores como uma das articulações de traumas mais freqüentes.

Localização anatômica das lesões MCAULEY (1987)(1) afirma haver consenso sobre o fato de que a região de lesões mais freqüentes são os membros inferiores, com menores incidências nos membros superiores, tronco e coluna vertebral.

As regiões mais estudadas em termos de lesões foram o cotovelo, joelho, tornozelo, coluna vertebral, punho e ombro, com problemas desde dores até deslocamentos e fraturas.

Alguns fatores sugeridos como favorecedores das lesões a partir de estudos são:
- a duração das sessões de treinamento, progressivamente maior desde a iniciação até o alto nível (fato já observado nesse artigo);
- a falta de auxílio ou ajuda do técnico ou outra pessoa durante a execução;
- a não-utilização ou utilização não-adequada dos equipamentos de proteção;
- as saídas dos aparelhos, principalmente aquelas de elementos com piruetas (rotação em torno do eixo longitudinal do corpo) foram apontadas como uma grande causa de lesões no joelho;
- o aumento da dificuldade dos elementos e da competitividade;
- falta de concentração; e
- excesso de treinamento, com muitas sessões.

Ginástica Artística - percentuais de lesões por membro (3):

Segmentos Corpóreos %

  • Joelho 18,9
  • Tornozelo 17,9
  • Mão 17,4
  • Coxa 11,4
  • Ombro 8,1
  • Coluna 7,0
  • Pé 4,6
  • Cotovelo 3,4
  • Perna 2,8
  • Punho 2,8
  • Antebraço 2,6
  • Bacia 1,9
  • Braço 0,3
  • Outros 0,9

- Os tipos de lesões mais freqüentes:

      Tipo de Lesão %
  • Entorse 32,7
  • Rótula Muscular 8,0
  • Contusão 9,6
  • Menisco/ligamento/joelho 2,4
  • Mioentesite 3,7
  • Rótula sub-luxans 1,6
  • Fraturas 5,3
  • Coluna 14,0
  • Tendinite 5,9
  • Osteocondrite 5,1
  • Periostite (Canelite) 0,5
  • Neurite 1,6
  • Bursite 0,5
  • Luxação 2,4
  • Artrose 0
  • Outros 6,7

Na Ginástica Rítmica, por sua vez, há uma maior incidência de lesões articulares no joelho, no tornozelo e, alguns casos, lesões no punho podendo variar desde tendinite  ou tenossinovite até lesões mais sérias com rupturas ligamentares. Isso é observado na maioria das execuções da linha de ginástica de solo .

Fonte

Pliometria e a reabilitação de atletas

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http://www.runningnews.com.br/wp-content/uploads/2014/01/pliom%C3%A9trico.jpg

A maioria das atividades desportivas, como saltar e arremessar, utiliza uma alternância de contrações musculares, denominada de ciclo alongamento- encurtamento, ou seja, um mecanismo fisiológico cuja função é aumentar a eficiência mecânica dos movimentos, nos quais ocorre uma contração muscular excêntrica, seguida, imediatamente, por uma ação concêntrica [1] .

Pliometria é a denominação aplicada a exercícios que tem suas raízes na Europa, onde era originalmente conhecido como treinamento de pulos. Em 1975, o termo pliometria foi cunhado por um treinador de atletismo americano, chamado Fred Wilt.

Com base nas suas origens latinas, Plio + Metria é interpretado como "aumentos mensuráveis" . Os treinadores norte- americanos já usavam pular corda e saltos com bancos, porém não conheciam sua base fisiológica. Foi, então, o treinador soviético Yuri Verkhoshanski, durante o final da década de 60, quem começou a transformar o que eram apenas saltos aleatórios, em treinamento pliométrico organizado .

Komi, Bosco e Cavagna foram pesquisadores que publicaram informações que levaram a teoria do "estende-encurta", como meio auxiliar para aprimoramento do desempenho do atleta.

O exercício pliométrico é composto por um ciclo formado inicialmente por uma ação muscular excêntrica, seguida por uma ação isométrica também conhecida como fase de amortização e finalizada por uma ação concêntrica, analisando sempre o músculo agonista ao movimento realizado.

Um dos meios pelo qual se ativa o ciclo alongamento-encurtamento é a pliometria. Esse método é conhecido por desenvolver potência muscular em atletas. A potência representa o componente principal da boa forma física, que pode ser o parâmetro mais representativo do sucesso nos esportes que requerem força rápida e extrema.

O fundamento principal da pliometria é utilizar os componentes neurofisiológicos para combinar força e velocidade. .

O objetivo da fase final da reabilitação, quando o uso da pliometria é adequado, é a especificidade do treinamento, ou seja, movimento realizado pelo paciente no  tratamento deve corresponder o máximo possível aos movimentos praticados durante a competição, sem prejudicar o estado de saúde do paciente .

Os exercícios pliométricos, não só enfocam o desenvolvimento da capacidade de saltar mas também desenvolvem qualidades de movimento lateral e outros que melhoram a potência da parte superior do corpo, mesmo ela sendo tradicionalmente direcionada para o aperfeiçoamento da potência da parte inferior do corpo. A pliometria não tem sido apenas usada para obtenção de força e condicionamento da parte inferior, mas também como ferramenta de reabilitação e como programa de prevenção de lesões da parte superior do corpo. A pliometria é uma forma de treinamento que procura combinar velocidade de movimento e força e o define como um movimento rápido e vigoroso, que inclui pré-alongamento do músculo e a ativação do ciclo alongamento / encurtamento a fim de potencializar a contração concêntrica subsequente do alongamento, aproveitando-se desse ciclo para aumentar a potência muscular

O propósito dos exercícios de ciclo alongar-encurtar ou de contra movimento é melhorar a capacidade de reação do sistema neuromuscular e armazenar energia elástica durante o pré-alongamento, para que esta seja utilizada durante a fase concêntrica do movimento.

A repetição dessa atividade proporciona o treinamento muscular apropriado, capaz de aprimorar o desempenho de potência de músculos específicos. O uso da pliometria como me-todo de treinamento é baseado principalmente em duas qualidades dinâmicas fundamentais do tecido muscular : elasticidade e contratilidade. Atualmente, a pliometria se tornou essencial para qualquer atleta que salte, arremesse ou levante peso em mento da miofibrila.

Esses exercícios promovem a estimulação dos proprioceptores corporais para facilitar o aumento do recrutamento muscular numa mínima quantidade de tempo. Além da importante contribuição desta técnica para o ganho de potência,de auxílio na melhora do desempenho de controle neuromuscular, porém, somente há pouco a sua importância na prevenção e reabilitação de lesões está sendo discutida.

Cuidado com dores musculares após exercícios

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http://www.onofre.com.br/backoffice/uploads/Relacionamento/2013/mai/Combate_a_Dor/topo.jpg

A dor muscular após os treinos de musculação ocorrem devido ao micro rompimento de fibras musculares. Quando você treina, você literalmente rompe (micro rompimentos) o tecido muscular. O resultado disso é a ocorrência de microlesões musculares nos primeiros dias dos treinos musculares, pequenas rupturas do músculo causadas pelo excesso de esforço. 

Com alguns dias, o músculo começa a se reconstruir, por isso o repouso após os treinos é muito importante. Ocorre uma cicatrização das fibras musculares. Este processo de reconstrução torna os tecidos musculares mais fortes e maiores do que antes. Esse é o processo de hipertrofia muscular. A hipertrofia muscular é o desenvolvimento de mais fibras musculares, o que deixa os músculos maiores e mais fortes para suportarem levantar mais peso.

Acesse o blog sobre Treinamento Desportivo

A dor que você nota nos dias posteriores ao treino é diferente da dor (queimação e ardor) que você sente durante o treino e também é diferente de uma dor de lesão muscular. É essencial a conscientização das diferenças dessas dores, como a dor dos treinos, dor boa, que ocorre um dia ou dois depois do treino, e a dor de lesões, dores ruins, de lesões nas articulações e músculos. A dor boa, por mais forte que ela seja, ela não impede você de fazer outras atividades físicas, apesar da dor você consegue executar qualquer movimento com perfeição, diferente das dores de lesões, que causam muita dor ao movimentar as áreas afetadas e aparecem algumas horas depois do treino. 

A dor do dia seguinte geralmente é mais forte em pessoas que nunca treinaram antes. E só lembrar da época que você começou a treinar pela primeira vez e como ficou dolorido na primeira semana. Quanto mais o seu corpo se adapta ao treino, menos dor você sentirá. Se você insistir por muito tempo em apenas um tipo de treinamento, você para de ver resultados e a dor boa desaparece. Treinamento diferenciado e aumento progressivo de carga é a chave para gerar fissuras musculares, o que consequentemente aumenta a massa muscular. 

Porém, a dor boa em um alto grau não ocorre apenas em pessoas que nunca treinaram na vida. Você também sentirá dores maiores quando começar uma rotina nova. Toda vez que você der um choque em seus músculos, com um novo programa de treino, novos exercícios, quantidade de séries e repetições que o seu corpo não está mais acostumado, pode esperar grandes quantidades de dores. Vale lembrar que a hipertrofia ocorre não apenas quando há dor. 

Mesmo sem termos dores após os treinos, ou quando ela diminui, a hipertrofia continua acontecendo. A dor desaparece porque o músculo já está mais preparado para as atividades que serão desenvolvidas, e só volta a aparecer se uma carga ou treinos diferentes, exercícios novos e aumento da intensidade dos treinos. 

É importante darmos atenção a fase excêntrica (parte negativa do exercício), pois nessa fase recrutamos mais fibras musculares e lesionamos mais a mesma. Quando damos mais ênfase a parte negativa do exercício, obtemos mais fissuras nos tecidos musculares, consequentemente mais dores no dia seguinte e mais resultados a longo prazo. 

As dores devem ser controladas, a partir do momento em que impedem movimentos cotidianos é sinal que houve exagero. Um bom exemplo é o aluno não conseguir descer uma escada direito ou mesmo escovar os cabelos com facilidade. 

Escrito por Fernanda Andrade

Video: Sabendo mais sobre a Fisioterapia Desportiva

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O fisioterapeuta é capacitado a diagnosticar disfunções, avaliar, reavaliar, prescrever (tratamento fisioterapêutico), emitir, prognóstico, elaborar projetos de intervenção e decidir pela alta fisioterapêutica.

A atenção fisioterapêutica propicia o desenvolvimento de ações preventivas primárias, secundárias e terciárias. Mesmo antes da doença atingir o horizonte clínico, ou seja, de exibir sinais e sintomas, podem ser desenvolvidas intervenções preventivas.

Em indivíduos sob atenção do Fisioterapeuta para recuperação funcional de lesões e/ou disfunções
Atua diretamente nas atividades esportivas, na preparação, prevenção e recuperação de lesões no processo de reabilitação de atletas em clubes, times, academias, etc.

Alivie as dores causadas pelo excesso de esforço físico

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No meio do jogo, bem quando você ia chutar para o gol, sente a fisgada: a dor é insuportável e não dá sequer para raciocinar. Resultado? Primeiros-socorros feitos de qualquer jeito, que podem até agravar uma lesão simples. Na desconfiança de um problema mais sério, o jeito é mesmo procurar um médico. Mas, às vezes, basta usar uma bolsa de gelo ou de calor para resolver o machucado . A seguir, dica de como você faz para aliviar os problemas mais comuns.


mulher na esteira cor dor na perna - Foto Getty Images

"Fisgadas" nos músculos

Às vezes, movimentos rápidos sobre uma musculatura não alongada e não aquecida levam a lesões musculares, explica o ortopedista Ricardo. No frio, isso ainda mais comum os músculos ficam naturalmente mais contraídos. Na hora do desespero, apele a uma bolsa congelada ou enrole algumas pedras de gelo numa toalha. O gelo diminui a dor e o processo inflamatório no local, explica. 

Cãibras

A cãibra está associada a grandes esforços físicos e musculares. Qualquer atividade que exija muito dos seus músculos está incluída nesta categoria, desde percorrer quilômetros a pé até ficar horas sentado na mesma posição. O calor relaxa a fibra muscular e ainda tem propriedades anti-inflamatórias, resolvendo o problema facilmente, sugere o médico.  

Torcicolo 

Calma, seu pescoço travou porque a musculatura se contraiu e causou uma dor bem localizada. Essa contração aconteceu por má postura ou por ficar muito tempo numa posição sem movimento. Nesta situação o melhor é usar calor no local e um relaxante muscular. Se a dor for muito intensa, usar colar cervical de espuma e fazer fisioterapia após uma avaliação médica. 

Ombros tensos 

Para um acidente eventual, por esforço exagerado ou mesmo fadiga, a dica é fazer uma compressa quente no local e, aos poucos, alongar a área dolorida, ajudando a musculatura a se descontrair. Se a dor for repetitiva o melhor é procurar um ortopedista. 

Dores na lombar
Essas dores são normais. Depois de horas de má postura e muito esforço,a musculatura realmente fica mais contraída. É recomendavel aos pacientes que utilizem calor na lombar e ainda o uso de um relaxante muscular, para uma melhora mais eficaz. 

Dores musculares após fazer exercícios demais

Esse tipo de dor muscular é causada não só pelo esforço desmedido, mas principalmente pela falta de preparo físico. Neste caso deve ser feito um alongamento e, se a dor for intensa, é indicado usar um relaxante muscular. Um desconforto mais leve é resolvido apenas com alongamento e repouso são ideais. Nas duas situações, contudo, a aplicação do calor colabora para o alívio da dor. 

6 livros para fisioterapeutas que trabalham com esporte

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http://www.revistabula.com/wp/wp-content/uploads/2013/08/o-BOOKS-620x400.jpg

A área de Fisioterapia desportiva tem muitas nuances para o profissional. A atuação dele vai da área preventiva a área curativa, nas mais variadas modalidades. Separamos 6 livros de Fisioterapia Desportiva prorpiamente dita e assuntos que circundam essa especialidade.

Espia aí as dicas:

Fisioterapia é grande aliada dos corredores profissionais e amadores

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http://o2porminuto.ativo.com/wp-content/uploads/sites/2/2014/06/id2_n_e6500efa39fdfcd8911b8c1efa8454a2.jpg

Toda prática esportiva, seja ela profissional ou não, precisa de cuidados.  No caso das corridas de ruas, o atleta amador não deve provocar uma sobrecarga nos movimentos, com o risco de lesões físicas e problemas cardiorrespiratórios.

Com esse índice crescente novos atletas, a Fisioterapia Esportiva desponta como uma grande aliada, atuando na prevenção e reabilitação das lesões esportivas.  Atualmente, as pessoas estão investindo cada vez mais em saúde e qualidade de vida através das diferentes práticas esportivas. Nos últimos anos, houve um aumento significativo no número de pessoas que passaram a correr, procurando combater os males de um cotidiano estressante e sedentário.

Acesse o Faça Fisioterapia

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Porém, esse aumento na prática esportiva sem controle levou ao aumento no número de lesões, as chamadas lesões esportivas, que podem levar essas pessoas a ficarem afastadas de suas atividades esportivas e em alguns casos de suas atividades pessoais e profissionais até o tratamento final de uma determinada lesão.

Diversas são as lesões que podem acometer atletas de corridas, podemos destacar: cãibras, estiramentos musculares, entorses articulares, fasceite plantar, tendinopatias (tendinites), canelites, fratura por estresse, entre outras lesões que vamos abordar em nossa coluna.

Se você não tem problemas de coração, nem alguma pré-condição física que o proíba de fazer esforço, não há restrição para correr. Mas se for muito sedentário e, portanto, não tiver um bom condicionamento físico, recomendo que seja feito um trabalho de fortalecimento muscular anterior ao treino de corrida. Isso minimizará a chance de lesões, pois quanto melhor for a condição muscular, menor a chance de lesões, sejam musculares ou articulares.

A Fisioterapia Esportiva e seus especialistas (reconhecidos pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva – SONAFE e Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO), são profissionais habilitados e experientes para prover o correto tratamento de atletas amadores ou profissionais.

Dentre as funções do Fisioterapeuta Esportivo que atua com atletas de corrida, podemos destacar o auxílio durante a fase de preparação, quando o Fisioterapeuta, trabalha em conjunto com o preparador físico e treinador do atleta, realizando trabalhos de avaliação e correções posturais, avaliações quanto ao tipo de pisada do atleta e dessa forma sugerir mudanças e indicação do calçado mais adequado.

Através do conhecimento de Anatomia, Biomecânica, Cinesioterapia e Propriocepção são realizados trabalhos preventivos de reequilíbrio muscular e articular, a fim de, reduzir os riscos intrínsecos e fatores que podem pré-dispor as lesões esportivas.

Muitos corredores sabem a importância do trabalho Preventivo que a Fisioterapia pode realizar. Hoje, esses atletas quando querem novos objetivos e traçam junto com seus treinadores novas metas e conquistas, automaticamente procuram a Fisioterapia para inserção de programas de prevenção, evitando assim que toda periodização de treinamento e objetivos sejam perdidos em decorrência de uma lesão, que vai afastar o atleta de seus objetivos, uma lesão que poderia ser prevenida.

Correr é uma das atividades físicas mais completas, onde exercitamos o corpo, coração e a mente, trazendo excelentes benefícios para a saúde, prevenindo diversas doenças que podem nos acometer. Mas  prevenir sempre será a melhor solução.

Dr. Daniel Xavier

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